Quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019 - 14h14

“Nômades do rio / Nômades da rua /
Ai! Este povo em fuga”. Os versos doloridos do manauara Aldísio Filgueiras, um
dos mais orgânicos poetas da Amazônia, remetem ao sempre desafiador problema do
êxodo na região em que a paz da floresta contrasta com o clima de guerra
cultivado por poderosos interesses. O sentimento de empatia que os versos
despertam se traduz em ação concreta na Operação Acolhida, coordenada pela
Força-Tarefa Logística Humanitária, iniciativa que reúne vários órgãos
públicos.
O governo brasileiro errou ao
abandonar o Pacto Mundial para Migração, supondo que “a imigração não deve ser
tratada como questão global, mas sim de acordo com a realidade e a soberania de
cada país”, no dizer do ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Não é
o que sentem na pelos venezuelanos que deixam seu país e felizmente contam com
a acolhida dos brasileiros. Também sentem que se trata de problema global os cerca de 2 milhões de
brasileiros que vivem no exterior.
Aliás, 62% dos brasileiros entre
16 e 24 anos gostariam de sair do país, segundo o instituto Datafolha. Só em
2018, oficialmente, foram 21,2 mil pessoas a dar adeus ao Brasil. O mundo civilizado
deve uma “pátria amada, mãe gentil” a muitos que no desespero são ou se sentem
expulsos da terra natal.
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Os entendimentos
Os projetos do interesse do estado
estão chegando na Assembléia Legislativa para análise das comissões técnicas – todas
já formadas – e ainda não se sabe se o governador Marcos Rocha (PSL) terá maioria
suficiente no parlamento estadual para aprovação. Sabe-se que seguem entendimentos, mas só na votação das matérias
se saberá se fluiu um acordo – que, espera-se republicano.
Estamos fritos
Bem que a bancada federal de
Rondônia – e a do Acre também – tentou abolir o brutal reajuste da tarifa de
energia elétrica perante a Aneel e demais instâncias em Brasília. No entanto, o
pleito das lideranças rondonienses não foi atendido. Mas a mobilização
continua, seja da classe política, como também dos segmentos empresariais,
funcionalismo, comerciários, etc.
Fogo amigo
No cenário nacional, o presidente
Jair Bolsonaro, a exemplo do nosso governador Marcos Rocha, falha na articulação
política. Por falta de diálogo sofre fogo amigo do seu próprio partido, o PSL,
que detém uma das maiores bancadas no Congresso Nacional. Projetos importantes
desembarcam na Câmara dos Deputados e já nas primeiras votações vai se saber
como será a relação entre os poderes Executivo e Legislativo.
Distrito Industrial
Elogiável a atitude do prefeito
Hildon Chaves (PSDB) de unir forças com o governador do estado Marcos Rocha
(PSL) para reavivar o Distrito Industrial. Porto Velho padece com elevado índice de desemprego nos últimos anos e a estruturação da área industrial era
uma prioridade que não foi atribuída pelos prefeitos e governadores antecessores.
Urge que a obra siga seu curso com a inalação de novas empresas.
Prestigio mantido
Buscando a mobilização das classes políticas e empresariais do estado para reavivar a feira exposição a agropecuária de Rolim de Moura o ex-governador Ivo Cassol (PP) foi muito bem recebido em Porto Velho no meio da semana.Ivo mantém o prestígio de sempre e não esconde o sonho de voltar a governar Rondônia daqui há quatro anos caso não surjam novas pendências na justiça eleitoral.
Via Direta
*** Precatórios vencidos têm prejudicado municípios no recebimento de
verbas federais por falta de certidões negativas *** Ao contrário de 2014 quando as tragédias
bolivianas se estenderam a Porto Velho, neste ano mesmo com os temporais e
alagações na região do Beni as coisas até agora não se complicaram por aqui *** Com tanto aumento na tarifa da energia,
a inadimplência e os “gatos” pode aumentar na periferia, nas casas de
políticos e empresários *** A classe
média é que vai pagar o pato.
Terça-feira, 16 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
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