Quinta-feira, 5 de maio de 2011 - 06h08
O governador Confúcio Moura vai ter que agir como o sábio Confúcio - o original, aquele que inspirou seu nome - no tocante as eleições municipais de Porto Velho. Ocorre que todos os partidos da sua base aliada têm pretendentes ao posto do prefeito Roberto Sobrinho. Como definir seu favorito, sem se queimar com os demais é o seu grande desafio.
Nos Escalões
Só nos escalões governamentais, Confúcio tem dois candidatos: o secretário de Obras Abelardo Castro Neto (PMDB) e David Chiquilito Erse (PC do B). No entanto, entre os partidos alinhados com o Palácio Presidente Vargas, existe o PSB de Mauro Nazif, o PT, que tem pelo menos uns três prefeituráveis, o PDT, além dos Democratas.
Clássicos regionais
Por falar em eleições municipais, os pólos regionais vão ferver em 2012. Em Ariquemes, o prefeito Márcio Raposo vai enfrentar Daniela Amorim; em Ouro Preto o prefeito Alex Testoni terá pela frente o deputado federal Carlos Magno, em Ji-Paraná, os caciques locais – José Bianco e Acir Gurgacz – já anunciaram: seus partidos terão candidaturas próprias.
Asas crescidas
Chama atenção as disputas em Cacoal, a pujante capital do café, aonde o padre Franco (PT) possivelmente terá pela frente a emergente deputada Glaucione Nery (PSDC) e na aprazível Vilhena, aonde o ex-prefeito Melki Donadon, renasceu das cinzas, já está de asas crescidas para cima do atual prefeito Zé Rover.
Raposão fora
Desinteressado, o ex-senador Odacir Soares, o raposão, que já foi um parlamentar de ponta no Congresso Nacional e hoje vivencia um período no ostracismo, deixou o PSL, que ele tinha tomado do clã Davis. Sem maiores interessados, foi apontado pra assumir a sigla o desconhecido Edney Lima. É o PSL caindo ladeira abaixo.
Troca de comando
O que mais impressiona na troca de comando dos partidos em Rondônia é que não existe eleição, é tudo feito de cima para baixo. Nem disfarçam falta de democracia. O PP anunciou Carlos Magno (Diretório Estadual) e Heitor Costa (Municipal), sem eleição. O PV entronizou Garçon e os Democratas estão empossando, hoje, Wagner Bocão. Tudo goela abaixo.
Como um polvo
Sem a senadora Fátima Cleide e o falecido deputado federal Eduardo Valverde no Congresso, o deputado federal padre Ton se vê obrigado a multiplicar seus tentáculos, como um polvo, para atender todas as bases petistas em Rondônia. Com isso, no entanto, vai ganhando espaço no PT para futuros embates estaduais.
“Aperte o rato e me envie o elo de seu sítio em linha pelo correio-eletrônico para que eu faça a descarga”.
Traduzindo: “Clique o mouse e me envie o link de seu site on-line pelo e-mail para que eu faça o download”. Assim ficou mais fácil para entender, não?
Como se todos os problemas do País já estivessem resolvidos, sempre que falta assunto os parlamentares federais, estaduais e municipais decidem mostrar seu lado “jacobino” (nacionalista) com projetos protegendo o idioma oficial do País: uma enorme coleção de estrangeirismos intitulada informalmente “Português do Brasil”.
Nação construída por estrangeiros que dizimaram os povos nativos, o Brasil sequer chega ao mínimo de dignidade existente no Paraguai, onde o idioma Guarani foi severamente esmagado por uma penca de ditadores, mas hoje é um dos dois idiomas oficiais, ao lado do Espanhol.
No Brasil, o esmagamento das línguas indígenas foi tão amplo e cabal que nem há mais como adotar o Tupi, que os jesuítas aprenderam com os índios, como segundo (na verdade, o primeiro) idioma brasileiro.
Tentar proteger o “Português Brasileiro” dos termos técnicos e anglicismos trazidos pela informática – deletar ou inicializar, por exemplo – enquanto se deixa o idioma indígena e sua cultura ao léu não parece muito coerente. Será muito difícil obrigar um jovem brasileiro a chamar o mouse de “rato”, download de “descarga”, site de “sítio” e on line de “em linha”, como se diz em Portugal.
Uma tentativa de entender o “Português Brasileiro” começou a ser desenvolvida como Projeto Caipira, coordenado pelo professor Ataliba Teixeira de Castilho, mobilizando pesquisadores de diversas instituições com o objetivo de resgatar a história da língua trazida pelos portugueses.
Do litoral paulista, a língua se espalhou pelo País por diversas vertentes. O projeto, que reúne mais de 200 pesquisadores, estuda os caminhos percorridos pelos falantes da língua portuguesa e sua transformação até chegar à língua falada hoje.
O início da pesquisa se deu em 1998, a partir de um dado histórico determinante: a implantação do idioma europeu no Brasil não começa em 1500, com o achamento do Brasil: durante 32 anos o território “descoberto” não foi colonizado ou ocupado, o que passou a ocorrer apenas em 1532, em São Vicente (SP).
Via Direta
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