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Carlos Sperança

Coluna sem papas na língua 01/07/11


Nossos caciques

Os caciques estão decididos a influenciar na eleição em Porto Velho no ano que vem. O senador Ivo Cassol quer emplacar Ivan da Saga (PP), o prefeito Roberto Sobrinho, o vereador Cláudio Carvalho (PT), o ex-governador e atual prefeito de Ji-Paraná José Bianco o empresário Barafaldi, o senador Valdir Raupp, Zequinha ou Abelardo (PMDB).

Transferência de votos

O interessante, é que mesmo sendo importantes lideranças regionais, nem Ivo, tampouco Sobrinho são bons na transferência de votos para seus ungidos. São reconhecidamente ótimos nos embates pessoais, mas quando se trata de apoiar outros candidatos, geralmente não se dão bem. Vamos ver se na jornada 2012 as coisas mudam de figura.

Ponta do Abunã

A população da Ponta do Abunã, que luta pela emancipação desde os anos 80, quando foi elaborado o primeiro projeto de lei para dar autonomia a Extrema, começa a ficar exasperada com os obstáculos criados para que o novo município seja devidamente instalado. A coisa depende ainda de regulamentação federal.

Cargos regionais

As lideranças políticas de Rondônia mal conseguem esperar o sinal verde da presidente Dilma Roussef para emplacar aliados em cargos federais no estado. Os partidos da base aliada da presidente em Rondônia, como o PMDB, o PR e o PP trabalham para angariar espaço em cima de territórios petistas. Mas os petistas resistem em entregar a rapadura, principalmente na Eletrobrás.

Unidade em Jipa

Ao contrário de Porto Velho, o município de Ji-Paraná consegue a unidade dos seus políticos em torno das bandeiras comuns, e mesmo havendo divergências partidárias, todos sabem separar as coisas. Com isso, seja na prefeitura com Bianco, no Senado com Acir Gurgacz, ou na Assembléia Legislativa com Jesualdo Pires e Euclides Maciel, os benefícios e melhorias estão sendo angariados para a capital da BR.

Sob medida

A Comissão de Comissão e Justiça do Senado, aprovou uma regra elaborada sob medida para prejudicar a criação do PSD, aquele partido criado recentemente pelo prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Conforme a medida, os políticos não poderão trocar de partidos ou mesmo ingressar em novas agremiações, sob pena de perder o mandato.

Em Rondônia

Em Rondônia, onde o PSD que nasce sob a coordenação do deputado federal Moreira Mendes a sigla já não tinha força para ser de ponta e agora se vê ameaçada de desandar de vez. No plano nacional, partidos como o DEM, PSDB e PPS, que lutavam na justiça contra a criação da nova sigla festejam a nova situação.

Com preocupação

Tanto em Brasília, como em outros estados onde os sociais democráticos se instalaram, suas lideranças estão alvoroçadas, já se constatando uma grande preocupação, já que o tempo urge e a nova legenda precisa estar regulamentada até 7 de outubro de 2011, sob pena de não poder disputar as eleições municipais do ano que vem.

Do Cotidiano

A dívida astronômica

Nenhum país em crise teria a coragem de bancar as próximas grandes e caríssimas competições mundiais: a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas. É o Brasil que vai dar a um mundo em ruínas essas duas festas esportivas. São as tristezas do povo brasileiro, no entanto, que já custeiam toda essa alegria.

O Brasil marcha para fechar o ano devendo a soma astronômica de dois trilhões de reais. Só em primeiro de julho venceram contas no montante de quase R$ 120 bilhões, equivalentes ao custo de quatro usinas similares à de Belo Monte e três vezes o valor anual necessário para resolver os problemas de infraestrutura no País.

Com um déficit habitacional ao redor de sete milhões de moradias, hospitais e escolas públicas em más condições há uma enorme dívida social a resgatar e ela deveria ser a prioridade

No entanto, o turismo é o negócio da hora. Quando o medo do terrorismo aéreo se desvanecer de vez, apagando as últimas lembranças das tragédias do 11 de setembro de 2001 nos EUA, a circulação aérea terá recuperado plenamente o espaço perdido.

A necessidade de promover de imediato a infraestrutura para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas joga forte nesse aspecto, já que as obras aeroportuárias vindas na esteira dessas grandes promoções esportivas vão perdurar.

Se isso deve ser posto na conta positiva, entretanto, não podemos ignorar que as rodovias são responsáveis por 61% do transporte no País, de acordo com estudo feito pela Confederação Nacional de Transporte.

Note-se que do total de 1,7 milhão de quilômetros de estradas existentes no Brasil, apenas 12% dela são pavimentadas. O frete brasileiro seria 28% mais barato se todas as vias nacionais tivessem condições ideais de pavimentação.

Estima-se que o Brasil vai gastar com as obras da Copa o triplo de todos os recursos previstos para aplicar na melhoria das condições rodoviárias brasileiras nos próximos cinco anos. Mas a verdade é que ninguém, em sã consciência, pode afirmar com certeza quanto o Brasil vai gastar com a Copa do Mundo.

O que se sabe com certeza, porém, é que o povo brasileiro sofre para marcar consultas, exames e cirurgias, a educação vai mal e a qualificação profissional anda longe de suprir as necessidades.

Via Direta

*** Foz do Iguaçu (PR), Ponta Porã (MS) e Guajará Mirim (RO), já são apontados como grandes corredores de drogas pelos levantamentos da Polícia Federal *** São regiões com as fronteiras praticamente desguarnecidas *** Repercute em Rondônia e Acre, as comemorações alusivas aos 50 anos de sacerdócio do arcebispo D. Moacir Grecchi.


 

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Fonte: Carlos Sperança - csperanca@enter-net.com.br
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