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Carlos Sperança

Campeões de votos - Por Carlos Sperança


A política da industrialização

Sendo a industrialização um consenso entre as lideranças estaduais das unidades da Federação que integram a Amazônia, o governador Daniel Pereira tem mostrado interesse em legar um plano regional para o setor.

Não há como definir uma precisa política estadual de industrialização sem um planejamento nacional. O imediatismo engole os planos plurianuais e assim o Ministério do Planejamento, as secretarias estaduais e municipais se sujeitam a mudanças conjunturais, limitadas às políticas curtoprazistas de coalizão.

Há um trauma nacional com o planejamento que se consagrou na Coreia, Japão e China, onde cumprir planos e metas é questão de honra nacional. No Brasil ele já esteve no topo, mas sucumbiu a dois megafracassos: as metas de Juscelino Kubitschek se perderam na dívida e o “milagre” da ditadura se arruinou com a grave crise de 1980/81.

Apesar dos desastres, o Brasil precisa planejar como fugir à terrível armadilha da renda média e compensar o fim do bônus demográfico. Amarrado a um passado sem glórias e sonhando em ser o país do futuro, o Brasil tem a urgência de se fazer como a nação próspera e justa do presente. Mas sem planejamento continuará deitado eternamente em berço esplêndido.

 
Racha anunciado

Disputando votos num mesmo segmento – de perfil majoritariamente jovem - na peleja pela Câmara dos Deputados, Mariana Carvalho (PSDB) e Leo Moraes (Podemos) têm um lance de canibalismo extra nesta eleição de outubro. O outro é a previsível pulverização de votos com mais dois candidatos fortes na capital, que são Mauro Nazif (PSB) e Lindomar Garçon (PRB).

Campeões de votos?

Campeões de votos - Por Carlos Sperança - Gente de Opinião

Mas na verdade, com estes ingredientes, mesmo considerados prováveis campeões de votos nesta largada, Mariana e Leo Moraes vão ter que se espichar para se eleger. Contar apenas com o eleitorado da capital, embora aqui seja um baita colégio eleitoral, não será suficiente para tanto. Vão precisar amealhar votos também no interior do estado - onde o bairrismo é grande.


As surpresas

Numa eleição que sempre apresenta surpresas, a peleja à Câmara dos Deputados é um caso a parte. Mas ao Senado temos viradas sensacionais, como aquelas de Odacir Soares sobre Chagas Neto, de Amorim sobre Amir Lando, Fátima Cleide em cima de Expedito e quando já se tinha Raupp caindo nas tabelas, onde vicejava Ivo Cassol como favorito, foi o mais votado na eleição 2010.



Favoritismo

 Lá, atrás até Chiquilito Erse, ainda na década de 80 levou virada de Ronaldo Aragão e Olavo Pies ao Senado. Amir Lando virou sobre um  Odacir Soares favoritíssimo nos anos 90. No pleito 2018, largam na ponteira ao Senado os ex-governadores Confúcio Moura e Valdir Raupp, este a reeleição mas tendo no pé candidatos consistentes, como Jesualdo, Vidal, Marcos Rogério e Carlos Magno.


Efeito manada

Não havendo efeito manada de última hora, joga a favor de Confúcio e Raupp ao Senado, o canibalismo entre os candidatos na região central da BR, a pulverização de votos com tantos postulantes na capital. Mesmo assim não estão imunes a surpresas, pois estou cansado de ver favorito tombando por aqui. E o segundo voto deve fazer despencar pelo menos um destes dois medalhões.


Via Direta
*** Os cientistas já estão anunciando que os próximos quatro anos serão de muito calor no planeta *** Mais do que já temos visto? Porto Velho virou este ano numa sucursal do inferno *** Gostaria que os economistas explicassem: Rondônia bomba no agronegócio e sua capital, Porto Velho, patinam com um dos maiores índices de desemprego de sua história *** Por falar nisto, as “formiguinhas” estão ansiosas para faturar, mas os políticos estão com escorpião no bolso...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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