Quarta-feira, 9 de outubro de 2019 - 11h46
Desde
que os primeiros europeus com cronistas a bordo se deslumbraram com o que
encontraram na Amazônia e registraram seu assombro para o mundo da época e do
futuro, a Amazônia nunca foi problema – é e sempre foi uma solução.
É o
descaso com a natureza e os povos da região que cria os problemas, como as
descuidadas primeiras experiências ferroviárias e a cópia de modelos de outras
regiões, caso da Fordlândia. A solução que a Amazônia é e sempre foi virou
problema pela “polarização”, que intoxica o diálogo e o transforma em cenário
de negatividade.
A recusa
a centenas de milhões de dólares, as ações criminosas na floresta, os embaraços
aos cientistas e outras distorções criam problema onde deveria haver a solução:
um esforço mais dedicado das autoridades em combater os crimes, dos
investidores em evitar o viés polarizado e da imprensa em salientar as ações
positivas de governos, povos, ongs e cientistas.
O
clima de guerra prejudica o agronegócio e chegou ao fundo do poço quando o
governador do Amapá, Waldez Góes, pronto para falar na Cúpula do Clima, em Nova
York, foi barrado em manobra atribuída ao governo federal. Negar verbas a filmes
ou peças de teatro até pode ser economia de recursos públicos, mas calar um
governador amazônico em evento no qual a Amazônia era protagonista, mais que polarização,
é um absurdo.
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Uma ameaça
A
ameaça de uma nova surpresa, daquelas zebras listradas caprichadas na eleição a
prefeito da capital, apavora os nomes considerados de ponteira, como o deputado
federal Leo Moraes (Solidariedade), o prefeito Hilton Chaves (PSDB), o deputado
federal Mauro Nazif (PSB) e o ex-novo Vinicius Miguel. Ocorre que de última
hora, como ocorreu nos últimos pleitos, surge alguém que tira o pão da boca dos
favoritos.
Zebra feminina
Nas
primeiras sondagens a respeito de projeções de zebras em Porto Velho esta uma
política do sexo femenino. Não é “macaca velha”, tampouco ocupa cargos eletivos
importantes. Se for a zebra da temporada, pela primeira vez a capital
rondoniense será governada por uma mulher, algo que já é muito comum em Cacoal
e Pimenta Bueno, onde o matriarcado político tem forte presença há décadas.
Inverno decisivo
O
colunista consultou, durante o início da semana alguns postulantes da oposição
a respeito da sucessão em Porto Velho. Na maioria, eles entendem que o
desempenho do prefeito Hildon Chaves (PSDB) durante o inverno (nossa estação das
chuvas) será decisivo para ele criar pernas para se reeleger. Caso contrário,
terá dificuldades em obter o segundo mandato, quiça galgar uma chegada no
segundo turno como ocorreu com seu antecessor.
Contra todos
Na
verdade, mesmo pilotando uma coalizão de forças com uma duzia de partidos, a
reeleição do prefeito tucano não interessa também aos caciques da política
rondoniense que miram a disputa do governo estadual em 2022. Ocorre que a
reeleição de Hildon Chaves colocaria o prefeito em condições favoráveis para peleja
estadual e por isso aliados importantes podem se fazer de “gatos mortos” na
campanha de 2020.
As promoções
A Energisa, a empresa concessicionária que
substituiu a Ceron em Rondônia tem um plano especial para os devedores com entrada
e até 60 parcelas para acertar os atrasados, garantir a religação e ficar em
dia com o Serasa. Também os contribuintes da prefeitura de Porto Velho estão
recebendo beneficios com descontos e parcelamento dos impostos. Aproveitem,
cara-palidas! É a hora caloteiros empedernidos!
Via Direta
*** O
presidente do Diretório Municipal do PDT Ruy Motta esta promovendo as primeiras
reuniões do partido com vistas às eleições municipais do ano que vem *** A
disputa pela indicação de vice do prefeito Hildon Chaves no seu projeto de
reeleição começa a se acirrar nos bastidores *** Depois do racha no PSL, já se propala numa reforma do secretariado
do governo Marcos Rocha para janeiro com algumas substituições. Será verdade? ***
O Grupo Gonçalves ultima os peparativos para a inauguração do novo shopping de
Porto Velho, localizado na Zona Leste, região mais populosa da capital *** O Rio Madeira começa a recompor o seu
leito. A praia do arroto, defronte o complexo da estrada da Madeira Mamoré já
sumiu de vez *** Agora veranear no meio do rio só no verão do ano que vem
macacada! *** Começa o inverno
amazônico: pobres mãezinhas dos prefeitos e do governador na estação das
chuvas...
Na política, virar a casaca – passar para o lado dos adversários
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