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Carlos Henrique

Vaga do TCE: Defesa de Hermínio tenta desacreditar Marcelo Bessa. Juscelino luta pela indicação


Esse pessoal não aprende que não se deve “obrar” sobre a inteligência das pessoas, mesmo levando uma pancadaria histórica. Alguns expoentes da defesa de Hermínio Coelho – aquele grupo de zagueiros que só “joga contra o patrimônio” (inclusive literalmente) -, tentaram plantar ontem uma conversa enviesada: Marcelo Bessa teria os 24 deputados “na mão” para exigir a vaga do governo ao TCE. Ou seja: a zagueirada está convencida de que o secretário da Sesdec é total e irremediavelmente um asno. Pois não perdem por esperar. O melhor ainda está por vir e está chegando.
 
Tamanha preocupação em desmoralizar o secretário fez com que passassem batidas as insistentes visitas de veneráveis representantes da maçonaria aos gabinetes dos deputados. Mesmo antes do fim do recesso estavam por lá, na manhã de hoje, os integrantes da comissão de frente da Glomaron, cujo grão-mestre, Juscelino Moraes do Amaral quer porque quer seduzir os deputados para que lhe destinem a vaga aberta no TCE, mesmo sabendo que a indicação compete ao governador Confúcio Moura. É claro que vão negar e, se necessário, jurar que estavam ali fazendo seu venerável trabalho. Mas a verdade é que não visitaram os gabinetes para discutir o pagamento de precatórios, por exemplo.
 
De volta a Marcelo Bessa, alguém pode imaginar que um sujeito que conquistou o respeito da população rondoniense pelo desmantelamento de uma das melhor articuladas quadrilhas da história. Uma pessoa que representa hoje a resposta do governo Confúcio Moura aos anseios do público, especialmente o facebooquiano, por moralidade e combate à corrupção.  Um policial que personifica a verdadeira resposta às questões reivindicadas nas manifestações. Um sujeito assim estaria hoje mais credenciado a pleitear uma cadeira no Senado do que uma vaga de conselheiro.
 
Absurdo? Pode ser. Mas, guardadas as proporções, reverberam por aqui exatamente as mesmas condições que levaram à indicação do nome de Joaquim Barbosa para concorrer à Presidência: o anseio pela moralização, pelo combate à corrupção e às drogas, pelo desmantelamento de quadrilhas de traficantes que têm transformado em verdadeiro inferno a vida de tantas famílias obrigadas a conviver com um viciado.  Será que Marcelo Bessa trocaria tudo isso por um cargo no TCE? Jogaria fora todo esse prestígio e reconhecimento da sociedade, um verdadeiro poderio eleitoral naturalmente conquistado, mesmo contra a sua vontade, em decorrência de um trabalho sério contra inimigos poderosíssimos, cuja estatura, porém, não resiste a um rápido exame de seu enriquecimento ostensivamente exibido?  
 
Vale observar que todo o mundo conhece e comenta sobre estas pessoas. Que ninguém se iluda. Porto Velho é uma cidade pequena. Todo o mundo conhece todo o mundo. São recorrentes os casos de encontros altamente constrangedores às portarias dos motéis. Quem é que não tem uma história a respeito, até do que aconteceu lá dentro. Trocou de carro? Melhorou de vida? Vacilou? Todo o mundo fica sabendo. Será que realmente acreditam que Marcelo Bessa seria suficientemente imbecil para trocar todo o respeito que conquistou em Rondônia em troca de uma vaga no TCE e, claro, da confissão pública e total desmoralização por admitir que quem estava certo era Hermínio Coelho? Não ofendam assim, por favor, a inteligência do secretário. Poupem, se possível, a nossa. Por Favor.
 
Paz e amor – Enquanto isso, o ainda deputado Hermínio Coelho anuncia nova estratégia de ação para quando voltar à Assembleia. Vai parar de distribuir acusações e ficar quieto. Ele disse ontem para vários interlocutores que não se sente obrigado a renunciar, conforme prometeu que faria caso fosse apresentada alguma prova contra seu nome. A montanha de documentos encontrada em sua casa não prova coisa alguma, em sua opinião. O deputado parece ter incorporado a letra do samba “A semente” de Bezerra da Silva: “Não sei, nunca vi, isso nasceu aí...”
 
A letra do samba também diz que na hora do sapeca aiaá o safado contou: não precisa me bater que eu dou de bandeja tudo pro senhor. Olha aí, eu conheço aquele mato, chefia, e também sei quem plantou”. Parece selar o destino de Ana da Oito e Adriano Boiadeiro.

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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