Vladimir Herzog, numa cela do DOI-CODI em São Paulo. 25/10/1975
Vlado Herzog, que assinava Vladimir por considerar seu nome muito exótico para estas bandas brasileiras era um jornalista, fotógrafo, professor e dramaturgo nascido na Croácia e naturalizado brasileiro. Com o golpe de 64, foi com a familia morar em Londres. De volta ao Brasil, foi convidado pelo Secretário de Cultura de São Paulo, José Mindlin para assumir o jornalismo da TV Cultura. Na noite do dia 24 de outubro de 1975, o jornalista foi intimado e apresentou-se espontâneamente na sede do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações/ Centro de Operações de Defesa Interna) para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). No dia seguinte, foi morto aos 38 anos. A morte de Herzog foi um marco na ditadura militar (1964 – 1985) provocando reações imediatas da sociedade civil.
As redações de todos os jornais, rádios, televisões e revistas de São Paulo pararam. Os donos dos veículos de comunicação fizeram um acordo com os jornalistas para que estes trabalhassem apenas uma hora afim de que os jornais circulassem e os rádios e tvs não interrompessem as programações.
Vlado integrava a Expedição Ford (
Caravana Ford) , a primeira a percorrer a BR 29, como correspondente do “Estado de São Paulo” .
A construção da BR 29, hoje BR 364 na década de 60 interrompeu o isolamento do Território de Rondônia e é um capítulo importante na história da ocupação amazônica.
O Presidente
Juscelino Kubitschek derrubou, simbólicamente, a última árvore que obstruía a BR 29, em Vilhena, no dia 6 de julho de 1960. A foto , histórica, de JK caminhando em cima da árvore foi feita por Manuel Rodrigues Ferreira, autor do consagrado livro “A Ferrovia do Diabo” .
Fonte: Blog Beto Bertagna a 24 quadros
Sexta-feira, 26 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)