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Beto Bertagna

Livros imprescindíveis para entender Rondônia 'A Ferrovia do Diabo'


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No final do século XIX e início do século XX, construiruma estrada de ferro noBrasil já era um desafio. Construí-la em meio à selva amazônica era uma verdadeira epopéia. A Estrada de Ferro Madeira—Mamoré foi um projeto ambicioso que consumiu uma soma de dinheiro equivalente a 28 toneladas de ouro e centenas de vidas humanas.

Embora muito noticiada na época, a trágica história de sua construção ficou praticamente esquecida até 1957, quando o jornalista e historiador Manoel Rodrigues Ferreira se deparou com cerca de 200 negativos da ferrovia tirados na época da construção pelo fotógrafo americano Dana Merrill, que havia sido contratado para registrar todas as etapas daobra. De posse das fotos e com grande espírito investigativo, Manoel iniciou uma profunda e minuciosa pesquisa, analisando, durante anos, diversos documentos históricos que mais tarde se perderam ou foram destruídos pelo regime militar.
A Ferrovia do Diabo, omais completo e respeitado livro sobre a E. F. Madeira— Mamoré, nos revela todos osdetalhes desse grandioso empreendimento,desde as primeiras tentativas de colonização da região, passandó pela conturbada construção da ferrovia, até o seu sucateamento e a reativação de pequenos trechos para fins turísticos.

O jornalista, historiador e sertanista Manoel Rodrigues Ferreira reconstrói a epopéia de uma das mais ambiciosas e trágicas obras de engenharia realizadas no Brasil: a construção da The Madeira and Mamoré Railway Company. Contornar o trecho não navegável dos rios Madeira e Mamoré era a alternativa mais viável para o escoamento dos produtos brasileiros e bolivianos para o Atlântico. Com isso, projeto da ferrovia atraiu o interesse de investidores do mundo inteiro, e trabalhadores de mais 40 nacionalidades vieram se aventurar nos confins da selva amazônica, no atual Estado de Rondônia. Poucos retornariam: entre 1872 e 1912, mais de 1.500 trabalhadores faleceram tentando vencer a selva. Cercada de desastres, ataques de índios e animais ferozes, epidemias, problemas financeiros e muitas lendas, a história da construção da Madeira – Mamoré correu o mundo, e, até hoje, a ferrovia é conhecida como a mais trágica da América.

Após anos de abandono, a velha ferrovia e seu parque em Porto Velho, tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional, ganham um projeto de revitalização, que inclui a restauração dos seus galpões e oficinas, um novo museu , a completa restauração de 2 locomotivas a vapor e a volta do passeio turístico até Santo Antônio.

Fonte: Blog do Beto Bertagna

 

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