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Beto Bertagna

Acreanas grávidas ainda estão desprotegidas contra a gripe H1N1


 
Balanço aponta que pouco mais de 33% dessa população procurou os postos de vacinação desde o dia 22 de março. Uma em cada três mortes neste ano está relacionada às gestantes

O Ministério da Saúde reforça o alerta para que as gestantes do Acre se vacinem. Até a manhã desta quarta-feira, apenas 33% delas haviam se vacinado contra a gripe H1N1 no Acre. A preocupação do governo se deve ao fato de elas estarem entre os grupos mais vulneráveis à doença. Dos índices relacionados à nova gripe neste ano, as gestantes representam uma em cada três mortes da nova gripe. No Estado, mais de 117 mil pessoas foram vacinadas. Até o dia 23, os postos receberão as gestantes, doentes crônicos, crianças de 6 meses a menos de 2 anos e jovens de 20 a 29 anos.

“O comparecimento das gestantes ao posto de vacinação é fundamental para a proteção dessa população. A doença tem demonstrado grande agressividade sobre as grávidas. A melhor forma de prevenção é tomar a vacina”, afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Ele ressalta que a vacina é segura, afinal mais de 300 milhões de pessoas receberam a imunização em todo o mundo sem relatos de efeitos adversos graves. Só no Brasil, mais de 20 milhões de doses foram aplicadas sem registro confirmado de reações fortes à vacina.

Além das gestantes, o segundo grupo que precisa de reforço é o de doentes crônicos. Do total estimado para o Acre, 34,6% procuraram os postos de vacinação.

O grupo que mais se vacinou no Estado foi o de profissionais de saúde envolvidos no atendimento a pacientes com sintomas de gripe: 100% do público-alvo, demonstrando a confiança na campanha de vacinação. As crianças também apresentam índices melhores, chegando próximo da metade dessa população (48,2%). A etapa de jovens de 20 a 29 anos teve início há apenas uma semana e obteve, até o momento, o índice de 20% dessa população vacinada.

Preocupa a possibilidade de muitas pessoas deixarem para a última hora. Isso porque a vacina garante imunidade somente 15 dias depois de aplicada, e deve ser tomada antes do período de maior transmissão da doença, que se inicia em maio. “A estratégia de vacinação tem o objetivo de dar proteção antes do período em que aumenta o número de casos de doenças respiratórias. Ou seja, para ter certeza de que não serão atingidas pela gripe H1N1, as grávidas devem procurar agora os postos de vacinação”, disse o ministro.

Em 2010, foram registrados 361 casos graves da gripe H1N1, até o dia 3 de abril. Desse total, um em cada cinco casos está relacionado às gestantes. A região Norte concentra o maior número de notificações, somando 203 casos. Em relação às mortes, um total de 50, as mulheres correspondem a 76% do total e as gestantes 32%. No ano passado, os 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a mortalidade foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total). E as crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência da doença no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes).

Ao todo, o Ministério da Saúde adquiriu 113 milhões de doses para vacinar 91 milhões de pessoas contra gripe H1N1. A meta é imunizar pelo menos 80% desse público-alvo. Os grupos prioritários são aqueles que têm o maior risco de desenvolver formas graves da doença e de morrer. Eles foram definidos pelo Ministério da Saúde em consenso com sociedades científicas, entidades de classe e representantes de estados e municípios. Serão vacinados trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças de seis meses a menos de dois anos e adultos de 20 a 29 anos e de 30 a 39 anos. 

SERVIÇO: 

1. GRÁVIDAS – Todas as grávidas, independentemente do período de gestação, devem tomar a vacina. As mulheres que engravidarem após o fim da terceira etapa poderão se imunizar nas fases seguintes. Não é necessário apresentar atestado médico para comprovar a gravidez.

2. CRIANÇAS – Na vacinação das crianças de 6 meses a menores de 2 anos, pais e responsáveis devem levar aos locais de imunização apenas os bebês de seis meses a menores de dois anos. É muito importante levar o cartão de vacinação das crianças. Elas receberão uma dose dividida em duas vezes. A segunda meia dose será administrada 30 dias após a primeira. Se a criança completar seis meses depois de 23 de abril, também poderá ser vacinada nas etapas seguintes.

3. DOENTES CRÔNICOS – Em relação aos doentes crônicos, devem procurar os postos de vacinação pessoas com menos de 60 anos que têm problemas crônicos de coração, pulmão, rins, fígado, diabéticos, pacientes em tratamento para aids e câncer ou os chamados grandes obesos (veja lista abaixo). Aqueles que serão vacinados devem levar aos postos um documento de identidade com foto e a carteira de vacinação do adulto, se possuírem. Também não é preciso levar atestado médico comprovando a doença crônica. 

Fonte: Beto Bertagna 24 horas 
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