Sábado, 20 de dezembro de 2025 - 08h02

Uma
grande conquista é o mínimo que se pode dizer da criação da primeira
registradora nacional de créditos de carbono do Brasil, apresentada pelo Centro
de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa. Registrar, ou seja, medir
e quantificar os créditos de carbono, exige combinar vários fatores. A
importância dessa conquista está em que o crédito não existe sem registro: nem para quem precisa cumprir metas de
descarbonização, nem para quem deseja vender seus resultados ambientais.
No
caso dos Cacos brasileiros, era preciso haver uma registradora capaz de
combinar as exigências globais com as condições locais. Ao preencher essas
condições e exigências, a registradora brasileira se alinha aos padrões internacionais
e se enquadra no modelo Clima, Comunidade, Biodiversidade, Ciência & Social,
que manda dirigir parte dos créditos a um fundo exclusivo para financiar
pesquisas científicas e projetos socioambientais.
Segundo
o Centro de Pesquisa, a registradora valida, emite e acompanha cada crédito de
carbono, garantindo que seja único, verificável e rastreável. O ciclo envolve
cinco atores principais: proponente e desenvolvedor do projeto, verificador
independente (auditoria), registradora (validação, registro e rastreabilidade)
e os compradores e vendedores. Uma colcha de retalhos que só o desenvolvimento
científico foi capaz de juntar em um modelo coerente e à prova de
questionamentos.
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A força dos migrantes
Desde
as eleições gerais de 1982 –menos de governador que continuava nomeado pelo presidente
da República – os migrantes mostravam sua força em Rondônia. Ao Senado, o mais
votado, Odacir Soares, oriundo do Acre, mas já morando há um certo tempo em
Rondônia. O deputado estadual mais votado, José Bianco, que futuramente seria
eleito govenador, tinha desembarcado do Paraná ao final da década de 70. O
deputado federal mais votado, o empresário Mucio Athayde, oriundo do Rio de
Janeiro. Dos 24 deputados estaduais e oito federais, a maioria foi constituída
por migrantes paranaenses, gaúchos, nordestinos, mineiros, goianos,
catarinenses e capixabas.
Os governadores
Também
no pleito de 1986, os migrantes demonstrariam sua supremacia sobre os candidatos
“minhocas”, aqueles nascidos no antigo território federal. O primeiro governador
eleito pelo voto direto foi Jeronimo Santana, com perfil esquerdista, filiado
ao MDB, oriundo de Goiás. Rondônia elegeria um governador minhoca em 1990, o
deputado estadual Oswaldo Piana Filho, que também tinha sido presidente da Assembleia Legislativa, nascido
em Porto Velho. Em 1994, Rondônia levaria ao então Palácio Presidente Vargas, o
catarinense Valdir Raupp de Matos. Este foi sucedido pelo paranaense José
Bianco, que já tinha sido presidente da ALE e prefeito de Ji-Paraná, nas eleições
de 1998.
Os reeleitos
Nos
anos 2000 despontariam os governadores reeleitos. Primeiramente, em 2002, o
catarinense Ivo Narciso Cassol, com uma gestão aprovada pela população. Ivo
também foi reeleito em 2006 tendo em sua sucessão o goiano Confúcio Moura
(também reeleito), e chegamos ao carioca Marcos Rocha, eleito em 2018 e também
reeleito em 2022. No rastro dos governadores migrantes ainda tivemos nos
primórdios na condição de estado, o gaúcho Teixeirão (82-85) e Ângelo Angelim
(85/86), um paulista. Chegaremos ao pleito do ano que vem com vários candidatos
já formados com liderança local, já residindo há décadas no estado.
Marca rondoniense
Outra
marca rondoniense em eleições, além da supremacia dos migrantes contra
minhocas, foram as grandes viradas. Elas já aconteceram na primeira eleição em
1982 – só para o Senado – quando o favorito Jeronimo Santana (MDB) foi batido
por Odacir Soares, o mais votado. Em 1986 eles teriam um novo confronto, com
vitória de Jeronimo Santana, o Bengala, sobre o raposão na peleja pelo governo
estadual. Mas uma das viradas mais relevantes foi a do prefeito de Rolim de
Moura Valdir Raupp (MDB), sobre Chiquilito Erse (PFL) em 1994. Outra
curiosidade é que Confúcio Moura não era favorito em nenhuma das eleições ao
governo de Rondônia e levou a melhor. Igualmente o coronel Marcos Rocha ganhou
de virada suas duas eleições.
Favorito em 2026
Chegamos
com vistas às eleições de 2026, tendo como grande favorito para conquistar o
Palácio Rio madeira, atual sede do governo estadual, o senador Marcos Rogério
(PL), do mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro. Num pleito onde os conservadores
estão muito rachados e inconciliáveis. Rogério e seu grupo político tem feito
oposição ao atual governador Marcos Rocha desde as eleições de 2022. Possivelmente
que num eventual segundo turno, a coalizão do governador, tome ouros rumos. Os
prejuízos para o favorito de plantão podem começar por aí.
Via Direta
*** Idealizada e construída pelos
militares durante a ditadura, a rodovia transamazônica completa 50 anos ainda
inacabada. Forte e influente no Nordeste, mas ainda com muito a fazer na região
amazônica. A estrada tem em seu percurso um total de 4.260km *** Assim como a BR-319,
a Transamazônica foi planejada para povoar a região Norte e integrar o país***Nem mesmo começou a campanha das
eleições 2026 as rivalidades tribais já estão afloradas na disputa por espaço
político. Também prosperam pesquisas fajutas, como ocorreu em campanhas
passadas ***A direita se divide quanto a candidatura presidencial de Flavio
Bolsonaro. E vários governadores rebelados querem disputar a sucessão de Lula.
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