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Carlos Sperança

Virar o jogo + Colégios eleitorais + Grande favoritismo + Bancada evangélica


Virar o jogo + Colégios eleitorais + Grande favoritismo + Bancada evangélica - Gente de Opinião

Virar o jogo

Sendo o futuro sempre incerto, simultaneamente céu de alegrias e poço de tristezas, a sabedoria aconselha ouvir especialistas sobre o que o amanhã nos reserva. Em geral, porém, os especialistas, cautelosos, traçam cenários complexos. Isso favorece às escandalosas “profecias” de mortes e tragédias ocupar o cenário, prometendo desastres que o aquecimento global deixou fácil prever e o destino fatal apressado pelas variantes da Covid para os que sucumbirão em 2022.

O pessimismo, apoiado pela crise econômica e doenças a galope, leva carradas de vantagem sobre o otimismo. Diante disso, a melhor saída é apostar, antes que vire década, na interrupção do ciclo de anos desastrosos, detonados pelos gastos imensos e amargas decepções da Copa do Mundo de 2014.

A interrupção do ciclo negativo, considerando que desmatamento zero não é mais uma escolha possível em um leque, mas uma obrigação imposta pela dura realidade climática, poderá se dar com o impulso ao Plano de Recuperação Verde.

Construção coletiva do Consórcio de Governadores da Amazônia Legal, formado pelos estados de Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins, o sucesso do PRV significará muito para o Brasil: deixará de ser considerado inimigo do mundo para ser reconhecido como sua salvação. Será uma bela virada de jogo.

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Colégios eleitorais

A campanha ao governo de Rondônia com vistas às eleições em outubro deve se concentrar principalmente nos principais colégios eleitorais de Rondônia que são Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena e Cacoal, onde temos mais de 600 mil eleitores inscritos. A curiosidade em torno destes colégios eleitorais, é o fato de Porto Velho reunir algo em torno de um terço do eleitorado rondoniense, mais do que Ji-Paraná, Ariquemes Vilhena e Cacoal juntos. Por conseguinte, a batalha de Porto Velho será decisiva para os destinos do próximo inquilino do Palácio Rio Madeira.

A hegemonia

Outra curiosidade do pleito de 2022 em nosso estado é sobre o município de Rolim de Moura, sexto maior colégio eleitoral do estado, maior berço de governadores e senadores de Rondônia. Rolim conta com o favorito para ganhar o governo estadual, e neste caso Ivo Cassol seria eleito pela terceira vez e dois grandes nomes para o Senado, que são os ex-senadores Valdir Raupp e Expedito Junior. Com isto, a capital da Zona da Mata Rondoniense tem chances de emplacar os cargos de governador e senador que estarão em disputa no pleito deste ano. É a mágica Rolim, terra de migrantes sulistas mostrando sua força.

Grande favoritismo

Tirando os atuais deputados federais que vão concorrer à reeleição – são pelo menos seis – alguns nomes regionais despontam, com grande favoritismo para se eleger a Câmara dos Deputados neste ano. Vejam alguns nomes: Cristiane Lopes e Ieda Chaves (Porto Velho), Jesualdo Pires (Ji-Paraná), Thiago Flores (Ariquemes), Evandro Padovani (Vilhena), Maurão de Carvalho (Cacoal) se forem eleitos já estará cravada a renovação de mais da metade das cadeiras para o Congresso e, pessoalmente considero que são nomes bem qualificados para representar Rondônia em Brasília.

Bancada evangélica

A bancada evangélica rondoniense na Assembleia Legislativa de Rondônia conta com cinco parlamentares raiz e poderá ampliar ainda mais sua representatividade com a eleição de outros concorrentes puxadores de votos no interior.  No caso de Maurão de Carvalho (MDB) os candidatos do partido estão interessados que ele dispute o cargo de vice-governador, uma cadeira a Câmara dos Deputados ou até o Senado, para se livrar da concorrência. Ao Senado seria uma fria enfrentar Raupp, Expedito, Bagatolli e Leo Moraes, para a ALE uma certeza e a Câmara dos Deputados uma grande chance devido a sua liderança na Região do Café e Zona da Mata.

Os ameaçados

Sem voduzar ninguém, entendo que os deputados federais rondonienses mais vulneráveis contra os predadores atuais nesta temporada são Mauro Nazif (PSB-PVH), Coronel Crisóstomo (União Brasil-PVH) e Jaqueline Cassol (PP-Cacoal). Explico: Nazif está com a saúde debilitada pelas recentes cirurgias e foi um dos federais menos votados em 2018. É alvo de uma verdadeira carrada de concorrentes na capital, pulverizando o eleitorado. O Coronel Crisostomo pela queda vertiginosa do bolsonarismo no estado e Jaqueline Cassol, com votação irrisória em 2018 vai ter no seu pé na Região do Café e Zona da Mata, Maurão e Luiz Claudio, além da esposa do raposão Nilton Capixaba, além de Expedito Neto rachando o eleitorado por lá.  

Via Direta

*** Os agrupamentos políticos rondonienses vão se formando para disputar o CPA na eleição de outubro. Existem planos A, B e C entre os postulantes *** No caso do ex-governador Ivo Cassol ficar impedido de concorrer, lançará seu afilhado político, o deputado federal Leo Moraes para a peleja *** No MDB, se Confúcio Moura farejar risco de derrota optará por aliança, indicando um vice *** No caso do senador Marcos Rogério desistir de disputar ao governo estadual, o nome mais viável da sua aliança seria o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves *** No Palácio Rio Madeira só tem um Plano A, o coronel Marcos Rocha para a reeleição. Os nomes das dobradinhas a vice e ao Senado estão guardados a sete chaves. É Rocha catimbando o jogo *** No PT, só Plano A, com Anselmo de Jesus é o nome de Lula em Rondônia. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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