Segunda-feira, 2 de setembro de 2024 - 07h55
Duas
das questões que mais preocupam ligadas ao mau (e até criminoso) aproveitamento
dos potenciais da Amazônia são o destino das áreas já desflorestadas e como
distinguir o que é criminoso do que, embora irregular, é fruto da ignorância. No
primeiro caso vale destacar o projeto TerraClass, mapeamentos sobre o uso de áreas
desflorestadas na Amazônia e Cerrado. Criado em 2010 para observar o desmatamento,
suas informações são usadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Por
ele se sabe que a agricultura tem se expandido nessas áreas, com aproveitamento
de até duas safras ao ano. Tão importante quanto o melhor uso da terra é o fato
de que o avanço agrícola se dá sobretudo em áreas já antes desmatadas para
formar pastagens. De onde se pode concluir, positivamente, que o projeto
funciona, mostrando a realidade e assim favorecendo análises e correções.
O
crime do mal, ou seja, organizado e internacional e o crime da ignorância,
decorrente de práticas errôneas resultantes da pobreza e da desorientação,
devem ser igualmente combatidos com rigor. A diferença é que o crime da
ignorância se combate com ensino técnico e informação e o das quadrilhas
transnacionais requer combate em alto nível. Para isso, foi criado há pouco o Centro
de Cooperação Policial Internacional, que pode ser a primeira resposta
realmente efetiva nesse rumo.
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Péssimo exemplo
Na
falta de debates em Porto Velho, acompanhei no domingo o confronto entre os postulantes
a prefeitura em São Paulo transmitido pela TV Gazeta para todo País. Um debate
repleto de molecagens, mentiras, de problemas pessoais entre os candidatos,
baixarias com troca de insultos entre Guilherme Boulos, Datena, Ricardo Nunes e
Pablo Marçal, salvando-se apenas uma andorinha para fazer verão nas discussões,
a candidata do PSB Tabata Amaral que centrou suas atenções em propostas. Rogo
aos céus que no período dos debates na capital rondoniense não haja tanta selvageria.
Índice de indecisos
Com
o índice de indecisos cravando em mais de 70 por cento do eleitorado em Porto
Velho com relação as eleições de outubro, nada pode surpreender os aldeões. A
largada de Mariana Carvalho (União Brasil) polarizada com Leo Moraes (Podemos),
pode ser revertida, mais ainda, uma eleição que pode virar de cabeça para baixo
de uma hora para outra. Os concorrentes apostam nesta toada e vão à luta, casos
de Célio Lopes, da Frente Democrática, de Euma Tourinho (MDB), Benedito Alves
(Solidariedade), Samuel Costa (Rede) e Ricardo Frota (Novo). Cada um
naturalmente com sua estratégia de campanha.
As estratégias
Na
disputa em andamento na capital, a favorita do pedaço Mariana Carvalho (UB)
aposta em acelerar sua campanha para ganhar o pleito em turno púnico, evitar os
debates, caso seja possível e atrair para o seu palanque o maior número de
lideranças políticas. Já existe fartura neste sentido: o governador Marcos
Rocha (UB), o prefeito Hildon Chaves (PSDB), os senadores Marcos Rogério e
Jaime Bagatolli (PL), o ex-senador Expedito Junior (PSD), o presidente da Assembleia
Legislativa Marcelo Cruz (PRTB), além de deputados estaduais e federais expressivos.
Se todos quiserem subir no palanque ao mesmo tempo nos comícios a estrutura despenca.
Todo cuidado
Já,
o segundo colocado nas pesquisas, que subiria ao segundo turno se o pleito
fosse hoje, Leo Moraes (Podemos) se lança na campanha com todo o cuidado
possível para não ferir as suscetibilidades dos concorrentes oposicionistas.
Ocorrendo segundo turno, vai precisar de todos alinhados com ele e por isto,
nos debates poderá receber muitas bordoadas, mas reagir com prudência e caldo
de galinha. Bocudo como é, será uma tarefa difícil para o representante do
Podermos, um sacrifício até. Está acostumado a embates calorosos desde os tempos
de liderança universitária em Curitiba.
Esquerda dividida
Unir
a esquerda para avançar ao segundo turno é o grande desafio do pedetista Célio
Lopes. Sendo unida e pacificada, a esquerda poderá concorrer com chances a uma
vaga no turno seguinte, se for rachada, facilitará os projetos dos concorrentes
mais diretos, Leo Moraes e Euma Tourinho (MDB). Neste momento Samuel Costa (Rede)
arrasta uma fatia da esquerda, Leo Moraes é beneficiado pela adesão do ex-prefeito
Mauro Nazif recebendo adesões da centro esquerda. Ele tem a militância
pedetista, do PT, Partido Verde e PC do B nas ruas como cartas na manga, além
de boa parte do PSB de Vinicius Miguel como grandes referenciais para seguir em
frente.
Euma nas paradas
Com
até sua imagem pessoal repaginada, a ex-juíza Euma Tourinho (MDB) pode ser a grande
surpresa desta eleição. Tem discurso afiado e um programa de governo eficiente.
Está apta para enfrentar a concorrência, uma favorita para os debates que
começam em breve. Com Mariana possivelmente fujona dos debates, que Leo Moraes
prepare o lombo. Os oposicionistas precisam ter todo cuidado com o que fazem: necessitam
evitar desgastes entre si e se unir para conseguir a realização de um ameaçado
pleito em dos turnos. Casos pratiquem atos de canibalismo jogarão contra seus
próprios interesses.
Via Direta
***
A licitação da duplicação da BR-364 foi chutada para o ano que vem. Denominada
na sua pavimentação em 1984 como rodovia Marechal Rondon será conhecida como
Agro-Norte pelo governo petista ***
Também, o início da ponte binacional em Guajará Mirim sofrerá atrasos, em virtude
dos reparos exigidos no seu edital de licitação *** E assim caminha a humanidade, já que também a Usina Hidrelétrica de
Tabajara, igualmente padece com atrasos no seu cronograma de obras *** Se
no plano federal teremos obras atrasadas o mesmo ocorre em Rondônia. Várias delas
prometidas pelo governo estadual foram para as cucuias. Nem prazo para serem iniciadas tem sido estipulado.
As obras em fase de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho
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