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Carlos Sperança

Rondônia está perdendo feio a guerra contra o crime, contra a violência, contra o narcotráfico.


Rondônia está perdendo feio a guerra contra o crime, contra a violência, contra o narcotráfico. - Gente de Opinião

A quem serviu?

Em 12 magníficos ensaios, 32 autores, cada qual com percepções que em diversos pontos se tocam, tecem avaliações dignas de atenção sobre temas decisivos da atualidade. Eles compõem o livro “Bioeconomia para Quem? - Bases para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia”, lançado pela editora ComArte, da USP (leia em https://x.gd/g1L53).

Até pessoas bem-informadas sobre as múltiplas questões que envolvem a Amazônia e o potencial da bioeconomia na região encontrarão novos dados e elementos valiosos para aprimorar a necessária visão de conjunto que se deve ter sobre um universo tão imenso, com muito mais futuro que passado.

Considerando que a bioeconomia só pode ser considerada a partir do rápido desenvolvimento das ciências no último quarto de século, com a alavanca da tecnologia e a sustentação da democracia, o passado, como dizia Belchior, “é uma roupa que não nos serve mais”. É o presente, desafiador, que obriga todos os atores com responsabilidade a estruturar as bases da atividade.

A pergunta que intitula o livro foi sugerida pelo contraste entre a maravilhosa riqueza da floresta, que pode ser explorada sem derrubar nada em benefício dos brasileiros e do mundo, e a triste realidade das populações ribeirinhas, ainda distantes de um padrão sequer médio de bem-estar. Depois de mais de 80 milhões de hectares desmatados eles ainda continuam pobres.

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Perdendo a guerra

Rondônia está perdendo feio a guerra contra o crime, contra a violência, contra o narcotráfico. O tráfico de drogas se expandiu pelas rodovias federais, pelos rios e espaço aéreo. A guerra das facções se estendeu da periferia, para os centros das cidades rondonienses. As execuções de facionados chegaram a região central de Porto Velho, a capital rondoniense. Somos campeões nacionais de feminicidios. Os conjuntos habitacionais mais populosos se tornaram escritórios do crime organizado, casos do Orgulho do Madeira, Morar Melhor, Porto Madero e Cristal da Calama.

No controle

 O estado de Rondônia ponteia os casos de feminicidios no País. Os piratas do Madeira tomaram conta do pedaço, chegando poderosos e até expulsando adeptos de outras organizações de  suas tocas para se instalar na capital rondoniense. O crime organizado, que já controla muitos políticos, se infiltrou nos negócios mais rendosos como dos combustíveis, as garagens de venda de veículos, a construção civil e ao garimpo para lavagem de dinheiro. Uma situação horrível. Os organismos de segurança não conseguem sequer refrear o roubo de cabos e fiação elétrica nas residência, ruas e avenidas. Falta ação, falta planejamento, falta segurança pública.

Enxugando gelo

A polícia só prende ladrões em flagrante. Se chegar meia hora depois do roubo de uma residência, com o próprio ladrão confessando o roubo na frente dos presentes, a Policia Militar não prende. Testemunhei um caso destes ocorrido no bairro Cuniã. Os moradores cercaram um ladrão na rua Estácio de Sá, próximo ao Colégio Padrão e exibindo fotos dos atos do meliante aos policiais, armas brancas usadas nos delitos, a viatura se recusou a prender o facínora. Quando presos os ladrões são soltos quase que imediatamente. As forças policiais estão enxugando gelo diariamente.

Fora da disputa

Por um motivo ou outro, nomes favoritos para as eleições municipais em Rondônia estão fora das disputas em 2024. Na capital, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) que foi objeto de uma rasteira da coalizão chapa branca, revoltado no início do seu desmonte se aproximou de seus algozes, talvez motivado por pix e mais pix. Em Ji-Paraná, o grande favorito, o ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB), optou por se preservar da peleja, que acabou polarizada entre o atual prefeito Esaú Fonseca (União Brasil) e Afonso Cândido (PL).  Lá temos uma disputa plenamente bolsonarista.

Jogo de trouxas

Imaginem um jogo de estratégia de trouxas numa eleição? É o que acontece com os candidatos oposicionistas, alguns se estraçalhando entre sí em Porto Velho. Não entenderam a conjuntura desta eleição. Primeiramente eles precisam dos demais postulantes oposicionistas para atingir a meta de alcançar uma eleição em dois turnos. Depois vão precisar daqueles que ficaram fora da jogada, para unidos terem alguma chance no segundo turno contra a favorita Mariana Carvalho. Não bastasse o pix dos chapas brancas, Mari esta poderosa e cheia de tentáculos, ainda tem ao seu lado jogo de estratégia de trouxas para se dividir. É coisa de louco!

Via Direta

*** Os políticos ampliam suas atividades com clinicas e laboratórios de saúde na capital rondoniense. Os negócios já se espalham pelo interior do estado também *** O prefeito Alex Textoni, de Ouro Preto do Oeste, é o candidato a reeleição mais rico do estado, conforme atesta o TRE. Não é novidade, já se sabia disto desde quando foi deputado estadual *** Em Candeias do Jamari a campanha está muito disputada. Taca-lhe o pau no prefeito Lindomar Garçom, um estadista às avessas *** Receiosos com o poderio dos chapas brancas em Porto Velho, os “Contras” receiam que os governistas terão uma candidatura auxiliar, de escuderia nesta campanha em Porto Velho. Será?  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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