Terça-feira, 19 de agosto de 2025 - 08h15

Não
é educado dizer palavrões, mas a realidade amazônica, tendo em vista o melhor
aproveitamento de suas riquezas, exige que se leve em conta duas palavronas:
bioeconomia, se a intenção é abarcar o sentido amplo das formas de exploração
econômica dos recursos naturais vivos da floresta; e sociobioeconomia, se a
intenção é direcionar o enriquecimento também às camadas sociais injustiçadas e
historicamente sem acesso aos modernos meios de produção e comércio.
O
meteorologista Carlos Nobre descreve a sociobioeconomia como “uma abordagem
emergente e interdisciplinar que coloca o bem-estar das pessoas e a conservação
da natureza no centro da economia, acima do lucro e do crescimento monetário”.
É uma descrição correta, mas nem é preciso colocar a felicidade humana e a
preservação do ambiente natural acima dos ganhos econômicos – é perfeitamente
possível emparelhar tudo sem dar margem a gritarias “ideológicas”.
Por
não entender nem valorizar as duas palavronas como se deve, o Brasil, dono da
maior biodiversidade do mundo, não consegue sequer 0,5% do PIB explorando todas
as suas possibilidades já definidas com rentáveis. Enquanto as bolhas se
insultam e paralisam o Brasil, como na ridícula imagem do senador se acorrentando
para impedir o país de funcionar, bilhões de reais nos escapam. Um pouco de bom
senso ajudará muito.
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A pulverização
É
uma tradição, desde as primeiras eleições gerais em 1982 – exceto para
govenador –Porto Velho emplacar de sete a oito deputados estaduais. No pleito
do ano que vem a capital terá dificuldades em repetir uma bancada tão
representativa. Ocorre que quase 20 dos 23 vereadores da capital entram na
disputa. Além disto, ex-deputados estaduais que foram derrotados em eleições
passadas voltam a ativa e armados até os dentes para voltar ao legislativo
estadual. Com tantas postulações, a pulverização de votos será enorme, fato que
favorece os postulantes do interior do estado.
Cassação difícil
A
cassação do mandato do governador de Roraima Antônio Denariun (PP) está mais difícil
do que foi o afastamento do deputado federal rondoniense Eurípedes Lebrão de Rondônia
no Congresso, que só deixou o mandato recentemente. Denarium já foi cassado
quatro vezes do cargo e vai se mantendo no poleiro. Agora foi marcado mais um
julgamento para sua cassação, para o dia 26 de agosto pelo Tribunal Superior
Eleitoral-TSE. Do jeito que vão indo as coisas, o mandatário roraimense vai se
manter até o final do mandato no governo estadual, diante da morosidade da
justiça com relação a cassação de governadores.
Redano não cogita?
Cogitado
como uma solução durante a crise vivenciada pelo atual governador Marcos Rocha
(União Brasil) e seu vice Sergio Gonçalves o deputado estadual Alex Redano, presidente
da Assembleia Legislativa, disse ao programa Conexão do Rondônia ao Vivo, do
jornalista Ivan Frazão que jamais considerou a alternativa. Disse que jamais
aceitaria assumir o cargo sem um acordão entre todas as forças políticas e a
aprovação do povo de Rondônia. Mas assessores e aliados trabalharam nesta via e
ainda não descartam a possibilidade.
O jogo dos Fúrias
O
ex-governador Valdir Raupp fez história na política rondoniense. Primeiro
porque foi o único prefeito de Rondônia, pelo MDB a derrotar um candidato
apoiado pelo mito Teixeirão no início dos anos 80 em Rolim de Moura, depois em
virtude daquela reviravolta sensacional em cima de Chiquilito ao governo
estadual e elegendo sua esposa Marinha a Câmara dos Deputados em 1994. Agora o
prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD) quer imitar Raupp, tentando conquistar
o CPA Rio Madeira e eleger sua esposa Joliane a deputada federal. Iniciativa
semelhante também pode partir do ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves
(PSDB) que pode eleger sua esposa, Ieda na disputa por uma cadeira a federal.
Caindo do cavalo
Por
falar no ex-governador Valdir Raupp (MDB), que venceu a tudo e a todos e não
tem necessidade mais de provar nada a ninguém, ele só caiu do cavalo mesmo no
MDB naquele celebre confronto com El Carecon que queria disputar uma cadeira ao
Senado e numa convenção tumultuada onde Confúcio levou a melhor depois de aprontar
uma confusão dos infernos. Confúcio venceu o barbudo queixada de virada. Raupp
estava em vantagem, mas ao final as contas, perdeu a parada. Fala-se que Raupp
estaria deixando o MDB, ainda magoado com El Carecon.
Gana de Confúcio
Outro
político que tem gana de torcer o pescoço do ex-governador, atualmente exercendo
o mandato de senador, Confúcio Moura, é o ex-governador Ivo Cassol, que era
considerado um invencível e achava que elegia até poste ao antigo Palácio
Presidente Vargas, como fazia Texeirão. Ele lançou seu vice João Cahula para se
manter no poder com seu aliado e acabou se dando mal. Tudo para dizer que Confúcio
tem sido um político de viradas e todas as suas vitórias foram de virada, sejam
as de prefeito, deputado federal, governador e senador. É coisa de louco. Vamos
ver como será seu confronto com os bolsonaristas nas eleições do ano que vem.
Via Direta
*** Mesmo apupado por lideranças
catarinenses que exigem sua expulsão do território barriga verde, o intruso Carlos Bolsonaro, vereador carioca,
já está se mudando de mala e cuia para a região de Florianópolis para disputar
uma cadeira ao Senado *** Santa Catarina é o estado mais conservador do Brasil,
consegue ser mais fanático que Rondônia, Acre e Roraima, mas os conservadores
de lá não querem perder espaço para o
filho do mito *** Trocando de
saco para mala: Em Rondônia, alguns políticos que mudaram de domicílios se
deram bem: o ex-prefeito de Colorado Melki Donadon foi eleito e reeleito em Vilhena,
o ex-prefeito de Alvorada Laerte Gomes foi eleito deputado estadual em
Ji-Paraná *** Mas Garçon, de Candeias e Amorim de Ariquemes tentaram se
eleger prefeitos em Porto Velho e caíram do cavalo.
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