Terça-feira, 27 de maio de 2025 - 08h20
Projeto do deputado Lucio Mosquini
(MDB-RO) instituindo lei que vai permitir ao produtor rural usar créditos de
carbono para pagar tributos teve uma excelente acolhida em todo o país. Não é surpresa,
nesse caso, que já tenha sido aprovado recentemente na Comissão de Agricultura
da Câmara dos Deputados.
Como se fosse a feliz pedrada que disparada
no espelho d’água bate em três lugares em sequência, via empuxo, o projeto faz
do reconhecimento do valor econômico da floresta em pé e a sua necessária monetização
uma forma de aliviar o peso fiscal do setor agropecuário, via regra acusado de
grande responsável por emissões de gases de efeito estufa no país.
Ao incentivar a rápida monetização
(1) para aliviar a carga tributária (2) mantendo a floresta em pé (3)
acrescente-se uma quarta batida da pedra: quanto mais expressiva for a
aquisição dos créditos de carbono, menor será a parcela dos acusados de
contribuir com o aquecimento global, história muito maior e mais complexa que
simplesmente apontar arrogantemente o indicador acusatório para os produtores.
A exploração da terra em padrões
antigos é de fato a grande vilã das emissões brutas de carbono, mas as ações de
modernização farão as correções. Quando se tirar de cena a polarização entre
catastrofistas ambientais e destruidores da floresta será possível ver que o
aquecimento global são outras 500 pedradas.
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Racha bolsonarista
O racha no meio bolsonarista em
Rondônia trará grandes prejuízos a parlamentares fieis ao mito. Em Ji-Paraná e
na região central na disputa ao Senado, a deputada federal Silvia Cristina (PP)
será a grande prejudicada pelo anuncio do ex-presidente a candidatura do pecuarista
Bruno Sheid. Ambos podem naufragar com este divisionismo político na BR e o
novo contexto poderá mudar os planos da parlamentar se voltando a reeleição,
num quadro bem mais favorável para seu projeto político. No estado, o também
bolsonarista Fernando Máximo (União Brasil) seria outro nome sacrificado na disputa
ao Senado por Bolsonaro.
Presidio na Amazônia
A construção de um monumental presidio
na Amazônia, pela Guiana Francesa será mais um presente de grego para a região amazônica.
Com ele virão familiares e amigos da nata dos criminosos europeus para a região,
já infestada de terroristas, de contrabandistas, de garimpeiros ilegais, de
narcotraficantes. Faz lembrar o governo brasileiro que instalou em Porto Velho
em meados dos anos 2000, a penitenciária federal de Rondônia. A criminalidade
então multiplicou-se logo em seguida e de lá para cá nenhum governador
conseguiu refrear a criminalidade instalada aqui com tantos bandidos importados
dos grandes centros.
Cobrança antecipada
As lideranças políticas de
Rondônia protestaram e cobraram da União uma solução para a cobrança do pedágio
antecipado na concessão da BR 364. A duplicação inicialmente terá apenas 180 quilômetros
pavimentados, mas os pedágios serão cobrados em toda rodovia. Me parece tudo
encaminhado para favorecer a empreiteira que venceu a licitação que queria
instalar até primeira praça de pedágio em Candeias do Jamari, cidade dormitório
de Porto Velho, medida que foi abolida pela pressão da bancada federal e
lideranças rondonienses. Agora já se fala em cobrar pedágio até no Rio Madeira.
Imagine, o caro aldeão pescar em Nazaré e pagar pedágio na ida e na volta. É coisa
de louco!
Vocação conservadora
Muita gente busca explicação para
a vocação conservadora de Rondônia na escolha dos seus governantes, o que vem
ocorrendo desde a criação do estado. Isto vem da década de 80, quando o então presidente
Figueiredo e o ministro o interior Mário Andreazza jorravam recursos maciços
para estruturar o estado, na gestão do governador nomeado Jorge Teixeira de
Oliveira, com atuação excepcional como prefeito de Manaus também. Grandes obras
foram realizadas nesta aliança da esfera estadual com a federal. Nem as gestões
de Lula 1 e Dilma 1, injetando também milhões em Rondônia, mudaram esta
situação. O perfil conservador é amplificado com o comportamento conservador
dos evangélicos, 35 por cento do eleitorado rondoniense.
A antecipação
Não é da conveniência do
vice-governador Sergio Gonçalves, candidato declarado ao governo estadual no
ano que vem, antecipar a corrida eleitoral 2026. Também deveria ser evitado o
mesmo comportamento para o governador Marcos Rocha, declaradamente postulante a
uma cadeira ao Senado. O resultado desta articulação de antecipar o processo
eleitoral é levar mais cacete da oposição, se multiplicarem as conspirações da
classe política e, como consequência uma campanha mais cara para os dois. Os
políticos mais experientes estão procrastinando suas campanhas para 2026.
Via Direta
*** É prudente as mulheres trancarem melhor suas portas e janelas nas
suas casas na periferia de Porto Velho. Temos casos de estupros e feminicidios
que já vem de algum tempo. Todo cuidado é pouco *** O ex-presidente Jair Bolsonaro já escolheu seus
candidatos ao Senado em Rondônia e no Amazonas: em Rondônia, o pecuarista Bruno
Sheidt, no Amazonas o capitão Alberto Neto ***
Na medida em que vai se caracterizando mesmo a inelegibilidade do ex-presidente
Jair Bolsonaro, os governadores e lideranças a direita vão se juntando a
candidatura presidenciável do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas,
aquele que foi ministro de Dilma Rousseff e hoje é um devoto do bolsonarismo ***
Temos muitos petistas que se tornaram bolsonaristas.
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