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Carlos Sperança

O MDB rachou de vez com vistas às eleições de 2026


O MDB rachou de vez com vistas às eleições de 2026 - Gente de Opinião

Superar as previsões

O “profeta” Joseph Rutherford previu, em 1918, que o mundo acabaria em 1925. Muitos outros pretensos adivinhos fixaram datas para a destruição do mundo. Todos fracassaram e o mundo sempre se manteve mais ou menos inteiro, com a sociedade humana sempre se desenvolvendo, apesar dos problemas agravados por ilusões políticas e crenças limitantes.

A certeza de que a vida vai seguir, apesar das dificuldades, dá raízes ao pensamento negacionista que estimula criminosos ambientais a extrair da terra o que conseguem, apesar de afrontar as leis, envenenar o meio ambiente e do desequilíbrio causado.

Por mais que a natureza ache regulação para impactos de fatores externos, a ciência identificou na ação humana o ritmo mais veloz do aquecimento global. Assim, enquanto os negacionistas negam, à espera da próxima regeneração natural, os catastrofistas anunciam o fim do mundo para variadas datas no futuro.

Isaac Newton previu o fim do mundo em 2060. Mais pessimista, Heinz von Foerster o projetou para novembro de 2026. Intérpretes de Nostradamus indicam que o fim do mundo começou em 2021 e estamos em pleno processo de destruição rumo ao fim. Entretanto, o avanço da ciência e a consciência crescente de que as ações humanas corretivas fazem a diferença trazem a confiança em que não haverá nenhum fim, mas sempre um novo recomeço após as tragédias. A maior ousadia é cada qual fazer o seu melhor.

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Racha no MDB

O MDB rachou de vez com vistas às eleições de 2026. O ex-senador Valdir Raupp e a ex-deputada federal Marinha Raupp não perdoam o senador Confúcio Moura pela brigarada ocorrida no partido na década passada e estão solapando o partido, talvez até deixando a legenda e levando outros quadros do MDB para outros partidos. As lideranças ligadas ao ex-governador Raupp e ao deputado federal Lucio Mosquini não se fizeram presentes ao recente encontro da caravana esperança na capital. Também já deixou a legenda a juíza Euma Tourinho, que está virando a casada para outro partido, talvez ao Podemos, de Leo Moraes.

As chances

Tão preciso nas suas avaliações e nas suas pesquisas eleitorais, o ex-governador Valdir Raupp, está deixando as mágoas antigas prejudicar sua ressurreição política. Sua chance de voltar com sucesso na política em Rondônia é através do MDB e numa conciliação com o senador Confúcio Moura, mesmo ele tendo sido seu algoz na campanha fracassada da sua reeleição. Raupp fora desta aliança e num MDB rachado não terá boas chances de ressurgir politicamente. Nem virando bolsonarista, onde o espaço já está muito ocupado pelos representantes dos partidos conservadores.

Proposta de isolamento

Se constata uma proposta de isolamento com relação a candidatura do ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) ao governo do estado nas eleições do ano que vem. As outras postulações também estão mais bem adiantadas, com grupos políticos se consolidando, casos das chapas de Sergio Gonçalves (União Progressista), Marcos Rogério (PL), Confúcio Moura (MDB e Frente de Esquerda) e Adailton Fúria (PSD). De Hildon Chaves não se vê movimentos mais efetivos, enquanto os outros adversários já tão correndo trecho. Nem convidado para a mesa negociações Hildão tem sido chamado.

Cabeça de chapa

Talvez o isolamento do ex-prefeito Hildon Chaves de Porto Velho seja para ele amolecer as negociações quanto a seus candidatos a vice-governador e as duas cadeiras ao Senado. Também é cotada a sua mudança de partido. Outro entrave para os entendimentos é que Hildao se sente o rei da cocada preta, com 90 por cento de popularidade, o que nem Jesus Cristo teve. Acreditando-se tão popular assim ele não aceita entendimentos e quando alguém insinua para ele ser vice, vira a cara e dá patadas nos interlocutores. No mais Hildon tem grande aprovação em Porto Velho, mas se chegar a 60 por cento disto é muito e não significa o mesmo em percentual de votos. Se contar com a metade dos eleitores numa votação na capital para o CPA já seria muita coisa.

Remediando

Esta história do ex-presidente Jair Bolsonaro apoiar a candidatura ao Senado do deputado federal Fernando Máximo em Rondônia é conversa fiada. Em Rondônia os dois nomes cotados para este apoio as duas cadeiras ao Senado são do pecuarista Bruno Schdeit e do governador Marcos Rocha. O mito está “apoiando” todo mundo que posa para foto com ele nos encontros nacionais do PL. É capaz de Bolsonaro “apoiar” todos os candidatos bolsonaristas ao Senado – até Silvia Cristina se for tirar foto com ele -, mas pedir votos mesmo é só para seu amiguinho Bruno Schmidt, o poderoso e endinheirado do agronegócio rondoniense.

Via Direta

***Aumenta o número de drogados espalhados por Porto Velho com pequenas cracolândias perturbando população em vários pontos da cidade, do porto cai N’Agua a Zona Leste da capital rondoniense *** Imigrantes rondonienses estão sendo expulsos de Portugal. Alguns já voltaram como andorinhas com as asas quebradas e cheias de dor. A onda de expulsão de brasileiros segue com rigor pelas autoridades lusitanas *** Por falar em imigração ilegal, Rondônia está entre os três estados que mais exportaram imigrantes para os estados Unidos nos últimos anos. O estado campeão é Minas Gerais, que assiste um triste retorno deles com seguidos voos de deportação.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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