Terça-feira, 24 de junho de 2025 - 08h20
Em
1929, ano da crise que abalou o mundo, o filósofo Antônio Gramsci sacudiu as
certezas então existentes afirmando: “O velho morre e o novo não pode nascer”.
O “velho” era o capitalismo do vale tudo, de levar vantagem impune sobre as
desgraças alheias, sem pensar nos pobres, e o novo acabou sendo a
social-democracia, que por longo tempo harmonizou as sociedades, mas acabou sucumbindo
ao neoliberalismo no fim do século passado.
Hoje
não há mais uma disputa entre “esquerda” e “direita”, mas entre o
conservadorismo e o liberalismo, que no Brasil são misturados e cuja mistura se
espalha pelo governo, Congresso, Justiça e até na imprensa, onde o noticiário nacional
expõe sem muita clareza a disputa entre os que pretendem conservar o espírito
da Constituição de 1988 e os que tentam arrombá-la a pretexto de um “liberou
geral” que favorece os mais poderosos.
Na
Amazônia, por exemplo, conservadores e liberais propagam notícias mistas ora de
que o desmatamento aumenta e não tem volta, ora de que vai caindo e há salvação.
Com a mistura entre os dois, o que salta à vista é a noção de que o
desmatamento está mais controlado, mas a degradação florestal aumenta. Parece
contraditório, mas como novamente vivemos uma crise mundial em que o velho
sistema morre e um novo ainda não nasceu para substitui-lo, a contradição não é
mais a exceção, mas a regra. Logo, há menos desmatamento e mais degradação.
Nada de novo.
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Baita desafio
Nos
últimos dias o noticiário regional tem destacado a volta as lides políticas de
lideranças tradicionais, derrotadas nos últimos pleitos ou reabilitadas perante
a justiça eleitoral em Rondônia. Elas têm um grande desafio nas eleições de
2026 no enfrentamento com lideranças regionais mais novas, que nos últimos
pleitos tem levado a melhor, emplacando políticos mais jovens. Isto decorre de
um eleitorado mais jovem no estado e está renovação tem sido constatada
nas câmaras de vereadores e Assembleia Legislativa onde a grande maioria das
cadeiras tem sido trocadas majoritariamente.
Nomes de destaque
Nomes
rondonienses que já foram destaques nacionais estão de volta para as pelejas eleitorais
no ano que vem em Rondônia. Desde o ex-ministro da Previdência Amir Lando
(Porto Velho), que também já foi deputado estadual e senador, ao ex-governaorWaldir
Raupp (Rolim de Moura), que foi senador destacado, ao também ex-senador Ernandes
Amorim (Ariquemes), todos já septuagenários. Mas a lista é grande, já que o
ex-deputado federal Natan Donadon (Vilhena), a ex-deputada estadual Rosária
Helena (Ouro Preto do Oeste), o ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, o
ex-prefeito de Jaru Amauri dos Muletas e tantos outros nomes relevantes também
cogitados.
Mais experiência
Se
constatou nos últimos pleitos na disputa das oito cadeiras a Câmara dos Deputados
e nas vagas ao Senado a falta de experiência da maioria de nossos parlamentares
eleitos, engolidos pelas bancadas federais mais experientes, verdadeiros
macacos velhos, do Acre, Amazonas e do Pará. Esta falta de experiência resulta
em graves prejuízos ao estado, pois a falta de traquejo destas lideranças inexperientes,
ocasiona que não conseguem acesso ao ministério para a liberação de recursos. E
quando não, estes recursos se perdem pela falta de acompanhamento nos ministérios
ou na falta de projetos das prefeituras municipais.
Caravana esperança
Lideranças
da chamada Caravana Esperança tem se reunido para marcar novos encontros regionais,
cuja temporada foi inaugurada com um grande conclave na capital. Os integrantes
desta grande coalizão que reúne oito partidos, entre eles o MDB, PT, PSB, PDT,
PSOL, Rede, Partido Verde e PC do B. Os próximos encontros vão ocorrer nos
polos regionais do estado, como Ji-Paraná, Cacoal, Ariquemes, Rolim de Moura e
Guajará Mirim. Esta frente de partidos deverá contar com o senador Confúcio
Moura como candidato ao governo estadual e o ex-senador Acir Gurgacz ao Senado.
Lembrando que esta aliança já foi bem-sucedida em pleitos anteriores, com Confúcio
eleito e reeleito.
Estado escolhido
O
ex-presidente Jair Bolsonaro já anunciou a candidatura do seu filho Carlos Bolsonaro,
atualmente vereador no Rio de Janeiro, para disputar uma cadeira ao Senado num
dos estados mais bolsonaristas. O primeiro estado escolhido foi Santa Catarina,
mas as lideranças locais se rebelaram e escorraçaram o filho do ex-presidente.
Agora o clã Bolsonaro está escolhendo um outro estado para a postulação. Não
será no Paraná, já que lá também não tem espaço perante lideranças, mais
tradicionais. Estão sendo especulados então, os estados de Mato Grosso,
Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima. Onde se instalar dará confusão pois as
lideranças locais, embora caninamente atreladas ao mito, não aceitam interferências
nos seus currais eleitorais.
Via Direta
*** O fenômeno das terras caídas, que
são desbarrancamentos as margens dos rios, voltou a ocorrer em Porto Velho nas
proximidades da Estrada do Belmont e as consequências serão ainda mais graves
se o desastre natural interromper o funcionamento da estrada *** O governo de Rondônia
retomou as ações do programa Tchau Poeira, no bairro Três Marias em Porto
Velho, uma região sempre prejudicada pelas alagações nos invernos amazônicos *** O programa é desenvolvido pelo governo
do estado, mas tradicionalmente os prefeitos da capital incluem como obras suas
quando apresentam suas estatísticas de final
do ano *** A coisa não é muito diferente quanto aos prefeitos do interior.
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