Segunda-feira, 26 de agosto de 2024 - 07h45
Dentre
as ondas que viralizam na internet, a teoria da conspiração baseada em “wokes”
se destacou nos últimos meses. Woke tem o sentido de despertar para uma
realidade não percebida antes. Já quem se incomoda com a fúria com que os
“acordados” bradam pelas verdades descobertas acha que os wokes fazem barulho e
incomodam muita gente, mas depois silenciam repentinamente sem mudar nada. Na
briga entre acordados e quem quer dormir criou-se uma teoria da conspiração: falar
em woke ou antiwoke é jogar para baixo do tapete os problemas dos pobres e
desempregados pela tecnologia.
Como
a confirmar a ideia conservadora de que os wokes fazem muito barulho e depois
silenciam sem que os problemas sejam resolvidos, a jornalista Berenice Leite,
do canal Fator Político BR, destacou que a Amazônia está sofrendo o maior
número de incêndios desde 2005 e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
registrou 22.634 focos de queimada desde o início do ano, mas as celebridades e
ativistas estão em silêncio.
No
governo Bolsonaro, aproveitando-se de que o chefe de governo preferia uma boa
encrenca a uma pacificadora diplomacia, o ator Mark Ruffalo (Hulk, no cinema),
engalfinhou-se em duelo verbal com o presidente por conta dos incêndios na
Amazônia. Depois de tanto barulho, hoje a floresta queima sob o silêncio dos
antigos wokes, que parecem ter recaído no sono.
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Multidão de indecisos
Acompanhei
durante a semana as atividades de um instituto de pesquisas nas suas aferições
pela sua equipe de pesquisadores e foi concluído que temos uma eleição em
aberto, que existe ainda uma multidão de indecisos para o pleito em Porto Velho
em 6 de outubro. Também foi constatado o número elevado de eleitores que
declararam que não vão comparecer às urnas para votar, optando por pagar a multa
imposta pelo TRE, mostrando total descrédito com a classe política. Isto, caros
aldeões, projeta uma baita abstenção em 2024. Todo cuidado é pouco com a
revolta do povão com os políticos.
Os prejudicados
Acredito
que nesta onda de abstenções os principais prejudicados são os postulantes
Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos). Mari teria mais
prejuízos nas zonas Leste (Tancredo, JKs, Mariana, São Francisco, Ulysses,
Marcos Freire) e Leo nos bairros centrais (Olaria, Liberdade, São Cristóvão,
São João Bosco, Pedrinhas, Areal). E importante salientar que as regiões mais
populosas da capital estão localizadas nas Zonas Sul e Zona Leste, desbravadas
em meados dos anos 80 por lideranças populares, como Raquel Cândido (Zona Sul)
e Ernandes Indio que liderou as invasões na região do Esperança da Comunidade,
na Zona Leste.
Batendo cabeça
Com
tudo isto, os institutos de pesquisas estão batendo cabeça em Porto Velho para
uma aferição mais segura. Porto Velho é uma miscelânea só. Temos comunidades
aqui bem povoadas com influências oriundas de Ji-Paraná, Rolim de Moura, Guajará
Mirim, Humaitá (AM), Vilhena, Rio Branco (AC). A Zona Sul, baseada em aldeões
com mais tradições rondonienses, amazônicas (muitos paraenses) e nordestinas, a
Zona Leste infestada de migrantes caras-pálidas paranaenses, mineiros,
capixabas, gaúchos, catarinenses, mato-grossenses. Isso sem contar que a colonização
de Porto Velho conta com 79 etnias diferentes e cada uma delas puxa a brasa
para sua sardinha.
Grandes surpresas
Com características tão
heterogêneas, o eleitorado local tem causado dores de cabeças aos institutos de
pesquisas, que até conseguem prospectar o momento dos candidatos nas campanhas
eleitorais, jamais projetar os resultados mais a frente. Foi assim que tivemos
as duas das maiores zebras da história política da capital rondoniense, que
saíram do zero para se tornar prefeitos eleitos e reeleitos, casos de Roberto Sobrinho
(PT) e o atual alcaide Hildon Chaves (PSDB). Não bastasse, também tivemos
viradas causando choro e ranger de dentes, protagonizadas por Carlinhos Camurça
e Mauro Nazif.
Baitas implosões
A
história política de Porto Velho também mostra implosões de fantásticas
coalizões, de grandes favoritos. Não querendo voduzar, mas já voduzando com
estes retalhos da história política, quem, afinal, pilota a maior coalizão top
das galáxias na capital neste momento? Quem é a grande favorita no pedaço? Quem
está colocando no mesmo balaio, digo no mesmo palanque, o governador Marcos
Rocha, o prefeito Hildon Chaves, o presidente da Assembleia Legislativa Marcelo
Cruz, os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagatolli, o ex-senador Expedito Junior,
e mais o clã Bolsonaro? Mariana é a
grande favorita, se perder será o maior vexame político de todos os tempos...
Via Direta
*** A direção nacional do IBGE reconhece
que no Rio de Janeiro e em Rondônia cometeu seus maiores equívocos no censo
2022, mas que estes erros são comuns no mundo inteiro, etc, etc *** Vamos ver se estas burradas
que tanto causaram prejuízos aos nossos
município serão revisados e oficialmente divulgados para reparar o que ocorreu *** A briga na cidade onde mais se elege prefeitos
corruptos da história, que é em Candeias do Jamari, está muito feia. As
encrencas se sucedem todo dia *** Numa cidade tão dividida politicamente, a
educação e a saúde não funcionam e a coleta do lixo é um fiasco *** Temos eleições quentes também em
Vilhena e Guajará-Mirim, cidades conturbadas politicamente.
As obras em fase de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho
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