Medos invencíveis + Jogo de estratégia + Olho no prazo das compras de vacinas + Terras caídas

Medos invencíveis

Os cultores do “politicamente correto”, perdidos em contradições que os fazem discriminar quem discrimina, esbarram nos transgressores morais, que perdem amigos e são malvistos por muitos mas não sofrem necessariamente prejuízos econômicos por não seguir as regras morais.

Mas os transgressores dos princípios ambientalmente corretos não têm a mesma sorte, como já percebeu a gigante rede de supermercados Casino, acossada por uma ruidosa ação movida na França por várias comunidades indígenas amazônicas.

O risco de perdas está no horizonte de empresas que antes lavavam as mãos diante dos crimes ambientais cometidos nos países nos quais fazem negócios. O Grupo Casino é acusado de não orientar suas filiais no Brasil e na Colômbia a combater o desmatamento, negociando com fornecedores responsáveis por transgressões ambientais e violações aos direitos humanos.

Os dois maiores medos que assolam hoje a humanidade são a Covid, com suas incompreensíveis mutações, e o Apocalipse climático. Por mais que os negacionistas desdenhem de vacinas, máscaras e se aglomerem, os cuidados com pandemias vão perdurar por longo tempo. Nele, muitos que hoje negam serão enterrados. Já as pressões sobre quem se omite frente ao perigo climático vieram para durar ainda mais, à luz das normas de ESG (preocupações ambientais, sociais e de governança).

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Jogo de estratégia

Como foi só terem cogitado o senador Confúcio Moura (MDB) disputando mais uma vez o governo do estado e o pau cantou, até sendo reavivados processos antigos, quase prescritos, a opção do político veterano foi adotar aquele velho jogo de estratégia: se fazer de gato morto, anunciar que não será candidato em 2022 e enquanto isto o deputado federal Lucio Mosquini vai encenando que é o ungido do MDB para a disputa. E na hora certa, aos 45 minutos do segundo tempo, El Carecon entra no jogo, mudando todo o cenário da peleja!

Olho no prazo!

Na capital o anuncio da compra de 40 mil doses de vacinas contra o coronavirus teve toda a força midiática idealizada pelos magos palacianos. O problema é que se a vacina não aparecer no prazo prometido – são trinta dias – o feitiço poderá se voltar contra o feiticeiro. Sendo cumprido o objetivo, Hildon será nosso herói, não cumprindo ficará em apuros. E tem prefeito que comprou no mês passado e até agora não recebeu nadica de nada. E tem casos de laboratórios pilantras vendendo o imunizante para prefeitos “patos” em vários países e seus representantes depois sumindo do pedaço.

Terras caídas

Com o início da vazante no Rio Madeira, começa a rolar o efeito das terras caídas, ou seja, os desmoronamentos dos barrancos que podem causar acidentes nos bairros ribeirinhos de Porto Velho e nas localidades mais atingidas ao longo do tempo que são Calama, São Carlos e Nazaré, no Baixo Madeira. Como até agora o compromisso da classe política em montar barreiras de contenção na orla do Madeira não ocorreu, vamos a mais uma temporada propensa aos desbarrancamentos. Moradores as margens do madeirão que se cuidem a partir de agora.

As polarizações

Com a atual configuração estadual e nacional, temos cenários iniciais de polarização para 2022. Em Rondônia, com o ex-governador Ivo Cassol (PP) e o atual senador Confúcio Moura (MDB) – que encena desistência - na disputa pelo governo de Rondônia. No plano nacional, com “Lula livre”, o petista em polarização com o presidente Jair Bolsonaro (ainda sem partido). Como estamos ainda longe do pleito do ano que vem outras forças políticas poderão emergir para desfazer o atual quadro, principalmente se algum postulante seja ao governo estadual ou a presidente, se enrascar com a justiça.

Terceira via

Os democratas do ex-ministro Mandetta e o PSDB de João Dória já admitem não lançar candidaturas próprias a presidência buscando a construção de uma terceira via contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula que se considera elegível e já está fazendo barulho. O PSOL também já admite seguir Lula na jornada presidencial de 2022. No entanto, lideranças expressivas querem Lula fora do jogo, como é o caso de Ciro Gomes, o presidenciável do PDT. São as primeiras articulações em andamento para o ano que vem.

Via Direta

*** Nos primeiros dias do lockdow meia boca de Porto Velho se viu muita desobediência as restrições impostas pelas autoridades sanitárias *** O problema não é local, em muitas capitais brasileiras que foram penalizadas com fechamentos a fiscalização foi frouxa e assim não se tem como impedir o avanço da pandemia do coronavirus *** Por falar na peste do covid o prolongamento da doença deve retardar o início das contratações de operários em Machadinho do Oeste para a usina hidrelétrica de Tabajara *** O pessoal estava bastante animado com a obra no Vale do Jamari, migração chegando e agora mais esta *** E mesmo com a desgraceira toda da pandemia o agronegócio vai garantindo a rapadura rondoniense, mantendo a arrecadação e o pagamento do funcionalismo em dia.