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Carlos Sperança

Linhas paralelas e na aba de Bolsonaro


Linhas paralelas e na aba de Bolsonaro - Gente de Opinião

Linhas paralelas

Todo evento focando a Amazônia no plano interno brasileiro tende a se tornar parte do processo de estruturação da bioeconomia, ainda embrionário. Eventos externos pelo mundo afora, por sua vez, requerem o apoio do governo e da sociedade brasileira para obter o máximo de repercussão. Quando o evento externo tem como cenário e palco a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York, é preciso colaboração geral para que renda o máximo em resultados.

Digno de nota é o Amazon Day, sob o tema Ciência para a Amazônia, que na verdade não será só um dia. Seguirá até o fim do mês de setembro, programação agregada à 78ª Assembleia Geral da ONU. Como o tema sugere, trata-se de avaliar de que forma os avanços científicos e tecnológicos devem ser utilizados para alcançar os objetivos do desenvolvimento sustentável.

Já estão operando importantes recursos científicos em benefício da floresta, como satélites e métodos de análise geoespacial. No entanto, ainda se faz necessário garantir meios mais avançados e perfeitos para que os serviços ambientais sejam remunerados à altura para erradicar a pobreza, injustificável em região de tantas riquezas em potencial. O foco deve ser o paralelismo entre preservar a floresta e elevar a renda dos seus povos. Só preservar é pouco, só enriquecer alguns é insuficiente. As duas linhas andando juntas podem traçar uma prévia do melhor dos mundos.

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Na largada

Temos uma discreta largada para as eleições de 2026 em Rondônia para a sucessão do atual governador Marcos Rocha (União Brasil) que deverá disputar uma das duas cadeiras ao Senado. De um lado, com apoio do presidente Jair Bolsonaro, o extremista da direita Jayme Bagatoli (PL-RO), de outro lado, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (União Brasil). Ambos com estratégias distintas: Hildão tentando se interiorizar, se popularizar no interior, Bagatolli começando a alicerçar suas paliçadas na capital, que conta com 30 por cento do eleitorado do estado.

Aba de Bolsonaro

De um lado o capitalista selvagem de extrema direita Bagatolli, com grande apelo no agronegócio e se refugiando na aba do ex-presidente Bolsonaro, que segue muito forte em Rondônia. De um outro lado, Hildão, um novo Chiquilito em termos administrativos e de popularidade, também (discretamente) bolsonarista e numa forte aliança com o atual governador Marcos Rocha, amigo de caserna de Bolsonaro e que poderá até neutralizar o mito na campanha em favor de Bagatolli. O que se vê é uma campanha com tendência de polarização entre estas duas lideranças desde já.

Façam as contas

De tão fanaticamente bolsonarista Rondônia é, que os dois candidatos ao governo do estado na eleição de 2022, Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL), foram ao segundo turno. Levou a melhor o nome mais prestigiado pelo mito. Na peleja pela única vaga ao Senado, a mesma coisa, os dois nomes de ponteira, bolsonaristas, Bagatoli e Mariana, decidiram a cadeira, com Bagatolli, levando a melhor pela proximidade com o “capetão”. Se Jair Messias seguir com toda esta força nos próximos anos, emplaca em 2026 o governador e as duas cadeiras ao Senado.

Pires na mão

A grande maioria dos prefeitos rondonienses, acreanos e amazonenses estão de pires na mão e buscando alternativas para pagar as contas de final de ano, diante da queda de arrecadação agravada pela crise da pandemia e pela recente contagem censitária que mostrou enorme número de municipalidades com perdas populacionais. Em Rondônia, por exemplo, 60 por cento dos municípios foram prejudicados com o censo do IBGE e consequentemente com recuo de repasses do Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Ministro Andreazza está entre os municípios que mais foram atingidos pela migração, perdeu 38 por cento dos seus habitantes.

O comportamento

Empresa aérea decente cumpre com suas obrigações, cobra um valor justo das tarifas, respeita os horários programados e quando não, proporcionam hotel e refeições para sus passageiros, etc., etc. Em Rondônia, empresas como a Azul atrasam demasiadamente nos seus horários, não respeitam seus passageiros e quando acionadas na justiça fazem jogo de cena para reduzir as centenas de processos que foram alvo nos últimos anos. Infelizmente a situação só está piorando, seja em atendimento, ou no quesito preço das passagens aéreas. Os rondonienses estão sendo terrivelmente maltratados pelas aéreas.

Via Direta

*** Começam os primeiros movimentos em torno das eleições municipais do ano que vem no estado de Rondônia *** Em Porto Velho, com Mariana Carvalho, Fernando Máximo e Leo Moraes na dianteira. Em Candeias do Jamari com o ex-deputado federal Lindomar Garçom em ritmo de favoritismo, em Ariquemes a prefeita Carla Redano sustentando seu projeto de reeleição *** Já, em Ji-Paraná, com o afastamento do atual prefeito Esaú Fonseca, a tendência é Jesualdo Pires brilhando nas urnas, em Cacoal Fúria é o cara *** E muitos deputados estaduais estão cotados para disputar as eleições municipais, tanto em Porto Velho, como em Ariquemes e Ji-Paraná.   

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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