Sexta-feira, 27 de junho de 2025 - 08h15
Raramente
se fala em fortalecer o pacto federativo, expressão que para a maioria da
população é como falar no “reino dos céus”: algo que poucos sabem o que é,
embora muitos tenham certeza de que sabem. Basicamente, o PF é a união dos
estados, municípios e Distrito Federal em um Estado democrático de direito, com
autonomia para cada um e obrigações bem definidas para todos.
Não
é o presidente mandando nos estados e municípios nem o Executivo dando ordens
ao Congresso ou manipulando a Justiça. A Constituição explica bem que há
autonomia e não subordinação. A complementaridade e parcerias dependem da boa
política – e ela não é eleitoral, aliás. Quando se tem a consciência de que os
Estados não são controlados pelo presidente, os municípios não são pintinhos
pertencentes à galinha-Estado ou à granja-União se pode compreender melhor do
papel dos entes.
Depende
dessa consciência entender a importância do recente encontro nacional de
prefeitos pautado nos Planos de Desenvolvimento e Integração da Faixa de
Fronteira. Especificamente, a oficina Fronteiras da Amazônia – Arco Norte e
Rondônia apontou que os 97 municípios autônomos da fronteira, nos estados do
Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima, podem funcionar melhor integrando
as políticas que interessam às suas comunidades. A faixa de fronteira é onde o
Brasil melhor deve funcionar, afirmando a identidade nacional.
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Clãs em ação
Lideranças
de três clãs políticos regionais brigam pela hegemonia no Cone Sul rondoniense,
colonizado por migrantes sulistas, nas eleições do ano de que vem. De um lado,
um grupo liderado pelo ex-prefeito Melki Donadon, que terá o mano Natan na
peleja a Câmara dos Deputados e a cunhada Rosangela na busca novamente da Assembleia
Legislativa. Em ascensão, o segundo clã político é liderado pelo deputado estadual
Ezequiel Neiva de Carvalho, filho de um ex-prefeito de Cerejeiras, que terá seu
primogênito Wiveslando na disputa de uma vaga a deputado federal. O terceiro
grupo é liderado pelo deputado estadual Luizinho Goebel, já na sua quarta legislatura
com grande influência nas eleições dos prefeitos na região.
A inferioridade
Cacoal
e a região do Café tem um sentimento político de inferioridade a Ji-Paraná,
Ariquemes e Rolim de Moura, pois estes municípios já elegeram pelo voto direto,
governadores. Ji-Paraná com José Bianco, Ariquemes com Confúcio Moura (duas
vezes) e Rolim de Moura com Waldir Raupp e o poderoso Ivo Cassol, eleito e
reeleito, considerado um novo Teixeirão. Também tem o caso de Vilhena que teve
um governador indicado, caso do deputado estadual Ângelo Angelim em 1985. Com
isto, Cacoal e região estão se unindo para emplacar o prefeito Adailton Fúria –
o melhor de Rondônia na atualidade – como novo inquilino do Palácio Rio Madeira
em 2026.
Faro apurado
O
ex-senador Expedito Junior possui um faro incrível para eleger desconhecidos,
casos do ex-governador Ivo Cassol e do ex-prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves. Tão habilidoso que já instalou um sobrinho na administração do atual prefeito
Leo Moraes e algumas indicações na municipalidade. Voltando a Cacoal, vejo
razão de ser na aposta de Expedito que é o prefeito Adailton Fúria: é jovem,
bom administrador e com toda sua região unida no projeto de elege-lo
governador. Lembrando que quando Cacoal, a região do café e a Zona da Mata se
unem, elege um governador na certa.
Boas qualidades
Fúria tem grandes qualidades, já que não tem o
extremismo canino- bolsonarista de Marcos Rogério, tampouco a rejeição dos
evangélicos a Hildon Chaves, o desgaste do lulopetismo-emedebista de Confúcio,
e muito menos o cipoal de rabos amarrados de Sergio Gonçalves. Um nome promissor
na política rondoniense. Mas ao meu ver, na capital, onde estão concentrados dois
terços do eleitorado de Rondônia, o problema para Fúria decolar é justamente o
seu mentor, o ex-senador Expedito Junior. Por aqui seu apoio não é nem um pouco
palatável e por esta condição foi escondido em campanhas de Ivo Cassol e Hildon
Chaves que o abandonaram miseravelmente. Será que Fúria será obrigado a esconder
o apoio de Expedito na capital também?
Sem extremismos
O
ex-governador Confúcio Moura, atualmente destacado senador do MDB no cenário
nacional, se posiciona como político de centro e se manifesta contra
extremismos, seja de esquerda ou de direita. Se posicionando como uma alternativa
de centro, quer ficar de fora do mar de lama que vem por aí envolvendo renhidas
disputas entre as forças bolsonaristas, que de um lado terá Sergio Gonçalves
disputando o governo estadual e de outro o combativo senador Marcos Rogério,
oposição declarada ao Centro Político e Administrativo de Rondônia.
Cenário se definindo
Com
o senador Marcos Rogério já assegurando a bandeira bolsonarista, o senador Confúcio
Moura hasteando a bandeira lulopetista, mas procurando se firmar como uma candidatura
de centro, teremos aí uma provável polarização no pleito 2026. Sergio Gonçalves
(UB), Hildon Chaves (PSDB) e Adailton Fúria (PSD) estão sem padrinhos ilustres,
todos órfãos. Se Ivo Cassol vier, o que não se acredita mais, por suas
pendencias na justiça, não terá problema de padrinhos, ele se garante como a liderança
mais conservadora do estado e não precisa de tutelamento. Confúcio rema contra
a maré com o alinhamento com Lula, Marcos Rogério é favorito com o mito, mas o
cemitério está repleto de favoritos, como diz o técnico do Botafogo Renato
Paiva. E favorito em Rondônia só se lasca!
Via Direta
***Já livre das pendengas com a justiça,
sendo absolvido em todos os níveis, o ex-prefeito de Porto Velho Roberto
Sobrinho vai se animando para as eleições de 2026. Acredita-se que deverá disputar
uma cadeira a Câmara dos Deputados pela frente formada pela Caravana Esperança *** O vice-governador
Sergio Gonçalves está mais perdido do que surdo em bingo, depois do pito recebido
do governador Marcos Rocha na sua volta de Israel onde teria travado uma baita e corajosa luta com os misseis iranianos
escondido num abrigo subterrâneo ***
Nosso governo estadual está se afundando para as eleições do ano que vem e está
difícil de colar todos os cacos desta implosão.
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