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Carlos Sperança

Jogos de guerra + Orçamento 2021 para Porto Velho + Embalando o pé


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Jogos de guerra

Há pouco, o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignácio Ybañez, disse que aguarda uma “declaração política” de combate ao desmatamento pelo governo Bolsonaro para retomar as negociações com o Mercosul. Não lhe cabe se intrometer na política interna brasileira, até porque ele mesmo reconhece que o Brasil já deu garantias de que vai proteger o meio ambiente.

Se não proteger, declaração alguma fará diferença, pois a regra geral é não cumprir promessas nem ser punido por isso, a não ser a cada dois ou quatro anos, nas urnas, depois do estrago feito.

Desde a humilhante espionagem exercida pelos EUA sobre o Brasil, que o então vice-presidente Joe Biden considerou justa, o governo não é capaz de refrear os abusos de estrangeiros que se metem a fazer estripulias em solo brasileiro, pisoteando a Carta Magna, que no espírito mais elevado das leis mundiais impõe solução pacífica e não-intervenção em assuntos de outras nações.

Antes de Ybañez, o Ministério das Relações Exteriores permitiu a lambança do secretário de Estado trumpeano Mike Pompeo, que em território brasileiro disse cobras e lagartos sobre a Venezuela, sem respeitar a Constituição do Brasil. Aves de rapina adorariam transformar a Amazônia em zona de guerra para servir de brinquedinho às superpotências, mas o Brasil tem leis que não autorizam tais aventuras sangrentas. Já o Acordo do Mercosul é assunto para negociação, não para ultimatos.

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Orçamento 2021

Mesmo com um orçamento estimado em R$ 1,595 bilhão para 2021, o município de Porto Velho vai ter que se virar para atender as necessidades locais existentes, como as demandas de saúde, educação, transporte escolar, infraestrutura urbana, estradas rurais. É quase o mesmo orçamento de 2020, mas as carências só têm aumentado com a criação de novos bairros periféricos, sobretudo com as invasões as margens da BR 319, depois da ponte do Rio Madeira. E o novo plano diretor precisa ordenar o plano de expansão.

Os novatos

Como se sabe, Porto Velho vai ganhar dois novos representantes na Assembleia Legislativa em 2021, que são o atual vereador Alan Queiroz (PSDB) e o ex-deputado estadual Ribamar Araújo (PR). Queiroz vai substituir o deputado Fúria (Cacoal) e Ribamar Aélcio da TV (Porto Velho). E devem iniciar o mandato já pensando numa dura peleja a reeleição com mais oito parlamentares da capital e meia dúzia de vereadores de asas crescidas depois das eleições municipais. A parada vai ser dura.

Boa estreia

A Novalar, loja de eletrodomésticos com forte atuação no interior do estado de Rondônia, com sede em Ariquemes estreou bem em Porto Velho, com a inauguração da sua primeira unidade na capital, sem medo de ser feliz. Instalou uma grande loja, ao lado da Gazin pela Av.  Pedro II e defronte a Bemol, pela Av. Marechal Deodoro. É um grupo genuinamente rondoniense, enfrentando cadeias de lojas importantes de Manaus e de rede nacionais como a Gazin, do Paraná.

Embalando o pé

Os indícios dando conta de que o prefeito tucano Hildon Chaves de Porto Velho entra na peleja pelo Palácio Rio Madeira em 2022 são cada vez maiores. Tomou gosto pela política e está embalando o pé para o confronto contra o atual governador Marcos Rocha (ainda sem partido) e Marcos Rogério (Democratas-Ji-Paraná) e Lucio Mosquini (MDB-Ouro Preto do Oeste). Chaves trabalha forte em pleno inverno amazônico, prepara uma nova gestão suprapartidária e está colocando seu bloco na rua desde já.

Santo Remédio

Os empresários amazonenses estão chegando com força em Porto Velho. A cadeia de farmácias Santo Remédio, com sede em Manaus, depois de inaugurar duas unidades agora prepara sua maior loja na Avenida Jorge Teixeira com Abunã (antiga Farmabem), enfrentando a concorrência de duas grandes redes instaladas na sua vizinhança, uma delas ao lado. Como se vê, não tem medo de concorrência e cara feia e desembarca já ganhando um naco do mercado na capital rondoniense.

Via Direta

*** Com embaraços na justiça, a construção da Usina hidrelétrica de Tabajara, em Machadinho do Oeste deve atrasar mais uma vez. Acreditava-se que o início das obras seria ainda em 2012 *** Com a pandemia atrapalhando, a justiça federal embargou até as audiências públicas virtuais sobre a obra *** O coronavirus  também acabou provocando o adiamento do encontro dos prefeitos rondonienses programado pela AROM-Associação Rondoniense de Municípios *** Os trabalhos nas casas legislativas vão encerrando e o noticiário político, por conseguinte, ficando mais mixuruca *** Tudo mundo já pensando nas festividades natalinas e ano novo, mesmo com as restrições sanitárias impostas pelas autoridades da saúde.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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