Jogando pesado e o canto dos cisnes

O rato tecnológico

O avanço da ciência e da técnica maravilha a todos, mas é uma arma de dois gumes. No caso da criminalidade, os modernos recursos de identificação, vigilância e investigação permitem combater o mal com maior taxa de solução, mas não se pode ignorar que os piores criminosos também abusam da tecnologia para cometer os crimes, ocultá-los e dificultar a ação policial.

No mesmo sentido, ocorre um jogo de gato e rato entre as autoridades ambientais e os piratas do garimpo. Enquanto os órgãos de fiscalização e ongs usam a Inteligência Artificial e imagens de satélite para monitorar o desmatamento e o garimpo ilegal, os criminosos têm internet rápida e chegam ao requinte de proteger a própria pele ao controlar aeronaves à distância.

O crime, no passado, até levou vantagem. A metralhadora, instrumento para matar pessoas, foi inventada bem antes que as mais importantes conquistas da medicina para salvar vidas, como o uso da penicilina. Multidões humanas já haviam sido destroçadas pelas balas rápidas antes que os melhores remédios começassem a salvar vidas.

No caso dos crimes ambientais favorecidos pela tecnologia, entretanto, o gato-Estado pode ser mais lento e pesado, mas para o rato da internet ligeira fica mais difícil apagar seus rastros. Como a cada ação cabe uma reação, importa que a reação da sociedade brasileira seja a mais eficaz e resolutiva.

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Jogando pesado

A candidata chapa-branca Mariana Carvalho (União Brasil) abriu sua campanha de rua com adesivaços, jogando pesado, já mostrando suas credenciais sobre seu projeto de vencer o pleito em turno único, sem deixar para resolver a peleja num imprevisível segundo turno, onde as forças oposicionistas unidas representam séria ameaça a sua postulação. Aliados políticos como o governador Marcos Rocha (União Brasil) e os expoentes do PL Marcos Rogério e Coronel Chisostomo –aquele que acusava Mariana de comunista – estiveram nas paradas governistas.

Pulando cirandinha

Aparentemente a coalizão com raiz governista mostrou coesão no lançamento de Mariana no Espaço Alternativo no final de semana. Lideranças com interesses dispares para as eleições de 2026, pularam cirandinha, animados, como crianças felizes ao receber bombons nas páscoas. O coronel Marcos Rocha, estampava um largo sorriso ao lado do prefeito Hildon Chaves, também transbordando felicidade e otimismo com relação a vitória de sua ungida. No resumo da opera as lideranças vitoriosas no pleito de 2022 estavam lá abraçadas com os derrotados adesistas.

Fala a oposição!

Os “contras” – assim são designados pelo prefeito Hildon Chaves seus oposicionistas – dizem que já esperavam a massa bruta dos chapas brancas. Entendem, no entanto, que os interesses de muitas lideranças envolvidas nesta campanha têm objetivos diferentes para as eleições 2026. Acreditam que o vice-governador Sergio Gonçalves e seu grupo político que assume o governo estadual para Marcos Rocha disputar o Senado não tem interesse que Mari prospere. Ele (Gonçalves) será candidato a reeleição e não deseja enfrentar um Hildão fortalecido com uma vitória de Mariana.

Caciques regionais

Jogam contra os interesses de Mariana e Hildão para 2026, todos os caciques políticos estaduais que vão disputar as eleições ao Senado e ao governo estadual. Alguns até fingem que ficarão neutros, mas se preparam para escolher um candidato da oposição para chamar de seu mais à frente no provável segundo turno. No segundo turno, estes caciques serão adversários ferozes de Mariana, embora alguns estejam encenando neutralidade

O canto dos cisnes

A chiadeira dos oposicionistas – classificada pelos chapas brancas como o “canto do cisne” – quando estas aves entoam canto de despedida desta vida terrena – tem a ver com o massacre governista manejando píx para todos os lados. Importantes lideranças foram cooptadas e candidaturas desmoralizadas com a transferência em massa de postulantes a vereança. Fortes correntes no âmbito governista sustentam a cooptação ocorrida como dos deputados federais Cristiane Lopes e Fernando Máximo –este era o grande favorito da peleja – vices de adversários foram molestados para desistir de candidatura, etc, etc.

Via Direta

***A campanha começou, mas ainda não existe um clima quente de eleição em Porto Velho. Acredita-se que com o horário gratuito a coisa deslanche *** Nos meios oposicionistas existe um campeonato para ver quem mais taca-lhe o pau em Mariana e em Hildão. O candidato do Novo Ricardo está com a língua bem afiada *** E haja pix rolando nas eleições na capital. Até onças e carapanãs estão sendo cooptadas pelos chapas- brancas *** As pesquisas dos políticos, as próprias de rua (não a dos institutos que se vendem para as missas encomendadas) vão determinar os punhais da traição desta temporada. Vamos ver quem decola e quem desaba.