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Carlos Sperança

Insulto é inútil + O favoritismo + Apoio direto + Corrida de recuperação


Insulto é inútil + O favoritismo + Apoio direto + Corrida de recuperação - Gente de Opinião

Insulto é inútil

A imagem do Brasil no exterior piora a cada dia. Quando se acreditava que não poderia piorar ainda mais, depois das anunciadas providências para reduzir queimadas e desmatamento, uma enxurrada de novas más notícias sobre o país circula pelo mundo. A estratégia correta dos diplomatas, de privilegiar a informação profissional qualificada, é anulada pela gritaria contra a imprensa, como se agredir o mensageiro dissolvesse por magia o conteúdo incômodo da mensagem.

Por um efeito corporativista que a diplomacia conhece mas os reativos ignoram, agredir mensageiros gera solidariedade na categoria e aumenta o fluxo de más notícias. O Efeito Dom Phillips comprovou isso com sobras. Diante dos prejuízos que o Brasil sofre perde investimentos e clientes, assusta turistas e atrai antipatias –, como conter a catarata de más notícias?

Primeiro, privilegiando a atitude correta da diplomacia de compreender o papel da informação profissional, sem confrontar o mensageiro com resultados opostos ao pretendido. Segundo, respondendo com informações precisas e fundamentadas, sem a crença maluca de que ofender alguém vai atrair simpatia. Terceiro, quem grita insultos perde o tempo em que poderia destacar, por exemplo, pesquisas científicas com itens da biodiversidade amazônica com potencial para combater o câncer. Daria mais resultados que palavrões raivosos.

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O favoritismo

Será que os favoritos para as eleições 2022 em Rondônia vão ratificar esta condição nas urnas? Nem sempre isto acontece e grandes favoritos tombaram ao longo dos pleitos já realizados na terrinha. Nesta temporada os favoritos para galgarem o segundo turno são o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o senador Marcos Rogério (Ji-Paraná). Nos últimos dias Daniel Pereira, da Frente Democrática e Leo Moraes do Podemos mostraram alguma reação, mas para reverter esta situação, só com um efeito manada bem caprichado. Tem novas pesquisas na semana medindo a popularidade dos candidatos.

Frente animada

A recente visita do ex-governador de São Paulo e vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin animou a militância da Frente Democrática Brasil Esperança em Rondônia. Alckmin é bico doce e cativou, além do empresariado, também os petistas e os comunistas que integram a composição que tem como postulante ao governo de Rondônia o ex-governador Daniel Pereira. Alckmin manteve bons contatos na região buscando melhorar a aceitação de Lula em Rondônia, estado onde predominam as lideranças do agronegócio favoráveis ao mandato e projeto de reeleição do atual presidente Jair Messias Bolsonaro.

Apoio direto

Em desvantagem contra os demais candidatos bolsonaristas no estado na peleja ao Senado, o empresário Jayme Bagatolli que financiou a primeira campanha do atual presidente em Rondônia obteve uma graça do mito. Jair Messias gravou para o horário eleitoral pedindo votos para ele. Se a estratégia der certo os outros postulantes do segmento, casos de Mariana Carvalho (Porto Velho) e Jaqueline Cassol (Progressistas -Rolim de Moura) podem contabilizar prejuízos na campanha. As próximas pesquisas podem auscultar se o prestigio obtido de Bagatolli valeu alguma cosia.

Corrida de recuperação

Depois de alguns percalços na campanha que foram vencidos com vitorias nas instâncias da justiça para garantir o registro da sua candidatura, espaço no horário eleitoral, recursos do fundo eleitoral e sua elegibilidade, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) faz uma corrida de recuperação. O comando de campanha prioriza neste momento duas regiões com eleitorados expressivos, que são Porto Velho, o maior colégio eleitoral do estado e o Vale do Jamari onde recebeu adesões importantes nos últimos dias. Manter a supremacia na região de Ji-Paraná foi um ponto de partida para seu projeto de reeleição se expandir para a região do Café e Zona da Mata.

A força de Suruí

Se depender de prestigio internacional, o cacique Almir Suruí (PDT-Cacoal), candidato a Câmara dos Deputados, deverá ser um dos mais votados em Rondônia nas eleições 2022. Ele tem gravações de apoio desde o Rei Charles III da Inglaterra, ao ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, coisa de empalidecer o apoio que Bagatolli obteve com a gravação de apoio de uma única personalidade de expressão, qual seja a do presidente Jair Bolsonaro. Suruí é um ativista da causa indígena e do meio ambiente em todo o planeta e muito respeitado no âmbito da militância de esquerda nos grandes centros.

Via Direta

*** Mesmo com expressiva oferta de empregos em Porto Velho muitos jovens estão optando por trabalhar nos estados do sul do País ou se transferir para os Estados Unidos, Portugal e Espanha *** A questão de falta de segurança deve influenciar muito as opções dos jovens rondonienses já que as facções criminosas tomaram conta das periferias nos polos regionais *** Mesmo sob fogo cerrado dos adversários, o governador Marcos Rocha vai mantendo a pole-position na peleja da reeleição beneficiado pela roda da economia  que funciona  bem e a pratica um bolsonarismo moderado, sem o fanatismo dos Bagatollis, Eyders, Jonhys e Crisóstomos da vida *** Em alta, a candidata a Assembleia Legislativa Ieda Chaves, taxada de “patricinha da terceira idade” pelos adversários, está levando bordoadas na reta final. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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