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Carlos Sperança

Guerra e paz + Os supersalários + Arestas aparadas + Crise leiteira


Guerra e paz + Os supersalários + Arestas aparadas + Crise leiteira - Gente de Opinião

Guerra e paz

Um ano antes que o novo coronavírus fosse descoberto, em debate na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara Federal sobre os 40 anos da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, a professora Nazaré Imbiriba propôs um “esforço de guerra” para enfrentar os desafios existentes. “Essa região é estratégica; e a situação, calamitosa”, disse ela.

Algum esforço houve, inclusive militar, como se viu com a Garantia da Lei e da Ordem de 6 de maio de 2020, sem conseguir resolver o problema da má fama que o Brasil tem lá fora, acusado de não proteger a Amazônia como devia. Por conta disso a intervenção militar via GLO foi prorrogada até este abril.

Nesse interim, o Conselho da Amazônia foi criado e de suas deliberações surgiram elementos que permitem supor que realmente é necessário um “esforço de guerra” contra o crime organizado internacional, mas depois da pandemia também um esforço de paz para priorizar políticas públicas permanentes para educação, saúde e meio ambiente, “além de respeito aos saberes ancestrais andino-amazônicos”, no dizer da professora Nazaré.

A Covid é um inimigo a ser combatido com estratégia e força, mas se o Brasil não superar egos eleitorais e melindres ideológicos será difícil conseguir a união necessária para o esforço de paz, o melhor que pode haver depois de uma guerra.

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Os supersalários

Conforme os articulistas da grande imprensa, o projeto que acaba com os supersalários do serviço público está a 600 dias aguardando que a Câmara dos Deputados vote sua urgência. A matéria repousa nas comissões técnicas da casa de leis desde agosto de 2012. Nada surpreendente já que outras propostas visando combater a impunidade, a redução de cadeiras no Congresso Nacional, entre tantos assuntos considerados indigestos em Brasília, também estão sendo catimbados pelos congressistas.

Arestas aparadas

O presidente Jair Bolsonaro vem aparando as arestas com o PSL, com quem teve encrenca feia no início do seu mandato que culminou com sua saída do partido. Com Bolsonaro, sinalizando através do avanço dos entendimentos uma volta ao PSL os seus governadores de confiança, como Marcos Rocha em Rondônia também tratam de fazer as pazes com o partido. Sendo assim a chapa do PSL em Rondônia para enfrentar a oposição seria Marcos Rocha ao Governo e Bagatolli ao Senado. As articulações avançam pelo interior do estado.

Uma decisão

Mais a frente o clã Carvalho que tem o controle do PSDB vai ter que tomar uma decisão. Ou ficará ao lado do prefeito Hildon Chaves disputando o governo de Rondônia na eleição do ano que vem ou se alinhará a candidatura ao governo do senador Marcos Rogério (Democratas) que tem como seu nome ao Senado Expedito Junior. Lembrando que a deputada federal Mariana Carvalho, presidente estadual do PSDB é cotada para a vice na chapa de Marcos Rogério. Vamos as apostas!

Crise leiteira

A crise provocada pela manipulação que redundou na queda do preço no leite e a acusação dos produtores da formalização de cartéis para prejudicar os pecuaristas foi exaustivamente debatida na Assembleia Legislativa nas últimas semanas. Desde o deputado Lazinho da Fetagro (PT-Jaru), ao democrata Adelino Follador (Ariquemes), o deputado Laerte Gomes (Ji-Paraná), Luizinho Goebel (Vilhena), ao próprio presidente da Casa de Leis leis Alex Redano (Ariquemes) trataram do drama vivenciado pela classe leiteira.

Revoada tucana

Circula nos meios políticos que se o ex-senador Expedito Junior deixar o PSDB levará com ele o deputado estadual Laerte Gomes, ex-presidente da Assembleia Legislativa e lideranças municipais importantes da Zona da Mata, Cone Sul de Rondônia e região do café. O destino do ex-senador seria o PSD, que tem na presidência seu filho Expedito Neto, onde não teria entraves para disputar uma cadeira ao Senado, já que no PSDB ele já não tem mais garantia de nada, perdeu o comando para a deputada federal Mariana Carvalho.

Via Direta

*** Na janela partidária que vem aí –aquela que permite a troca de partidos sem  a punição de perda do mandato – vem por ai uma das maiores rasteiras políticas das últimas temporadas *** Vale lembrar os bons tempos quando Claudionor Roriz deixou o MDB em Ji-Paraná, quando Paulo Mazola (Vilhena) levou quase todo MDB local para os braços de Teixeirão *** Como se sabe o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves e o governador Marcos Rocha prometeram vacinas para abril, que ainda não terminou *** Chaves já percebeu que foi uma precipitação o anuncio e passou a condução da compra para Marcelo Tomé, já Rocha ainda não achou alguém para transferir a incumbência e assumir o desgaste *** A nova promessa é da chegada das vacinas em maio. Tá que nem obras federais em Rondônia, mudando de data a toda hora.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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