Sexta-feira, 2 de agosto de 2024 - 07h57
“Desigualdade
socioespacial” na Amazônia foi um dos assuntos discutidos na 76ª Reunião Anual
da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Desigualdade,
sabe-se bem, é a condição estrutural da sociedade que facilita o enriquecimento
dos ricos e o empobrecimento dos pobres. Para amenizá-la, os muito pobres
ganham algumas compensações do Estado e eventualmente a caridade popular, em
casos de tragédias.
Mais
difícil de entender é o conceito de “socioespacial”. Não se trata de algum
clube lunar ou marciano, mas de compreender como as vítimas das desigualdades
se distribuem nos espaços urbanos. A dificuldade em compreender exatamente o
que isso significa também alcançou os cientistas do espaço – os geógrafos. Um
deles, o professor Marcelo Lopes de Souza, procurou descomplicar a questão:
escreve-se socioespacial ou sócio-espacial? São duas coisas? Se forem, o que
significam?
Para
Souza, “socioespacial” se refere só ao espaço social, enquanto “sócio-espacial”
diz respeito às relações sociais e ao espaço, simultaneamente. É difícil para
quem não se especializou no assunto distinguir claramente o conceito simples (sem
hífen) da palavra composta (com hífen). De qualquer forma, o debate na SBPC
tratou de como os pobres amazônicos se ajeitam no espaço social enquanto lutam
para sobreviver. De certo vão preferir um prato de comida a discutir hífen,
vírgula ou verbete no dicionário.
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Os 112 anos
A
Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, ligando Porto Velho a Guajará Mirim, completou
112 anos de sua inauguração. Depois de sua paralisação até se tentou uma restauração
para fins turísticos com o governador Teixeirão e sua exploração turística
através do governo Valdir Raupp. Nada prosperou.Com sua restauração com recursos
da Usina de Santo Antônio é administrada atualmente pela empresa Amazon Fort,
aquela que teve problemas com a justiça em Santa Catarina e no Acre. A obra funciona
meia boca com preços extorsivos cobrados pela empresa para aluguel de pontos
para os comerciantes. É coisa de louco!
Falta pix?
Acompanhando
alguns deputados estaduais descendo a lenha em alguns secretários de estado,
como o da Justiça, Marcos Rito, só posso concluir que está faltando pix
palaciano. Em casos assim a articulação governista age rápido para normalizar
as coisas liberando alpiste para os passarinhos não ficarem tão revoltados, já
que não é da natureza dos políticos rondonienses ficarem contra os governadores
de plantão. Isto prejudica nomeações de amigos, compadres e parentes, demora na
liberação de emendas e outros entraves. Parlamentar que nem lêem matérias do
executivo para aprovar, brigando com a esfera estadual é algo raro por aqui.
Os esforços
Elogiáveis
os esforços do prefeito Hildon Chaves (PSDB) e do governador Marcos Rocha
(União Brasil) em fomentar o turismo. No entanto, suas iniciativas são
prejudicadas pela falta de voos para os turistas para Porto Velho, o despreparo
no atendimento nos estabelecimentos comerciais, de lojas de roupas aos restaurantes,
de bares as casas de shows. Estamos a anos luz de cidades estruturadas no setor
como Fortaleza, Rio de Janeiro, Foz do Iguaçu, Gramado, Salvador. Porto Seguro.
Florianópolis e Camboriú no atendimento aos turistas. Estamos, infelizmente,
muito atrasados na exploração da indústria do turismo
O enfrentamento
Já
se sabia no ano passado, que 2024 seria bem mais abrasivo em termos de seca e
estiagem nos estados do Acre, Rondônia e Amazonas, mas tanto as autoridades
estaduais como as federais não se prepararam a contento para o enfrentamento e
mais uma grave crise hídrica. A dragagem dos principais rios da região amazônica
ficou pela metade e as consequências desta omissão estão chegando com dezenas
de comunidades ribeirinhas prejudicadas pelo desabastecimento de água e de
gêneros alimentícios. Falhou-se na dragagem e no planejamento e de como tratar
o fenômeno das terras caídas, com ameaças de desmoronamentos de barrancos em
centros urbanos, coo é o caso de Rio Branco.
Nazif com Leo
O
ex-prefeito Mauro Nazif, a principal liderança do PSB em Rondônia está levando
a maioria da legenda a se alinhar com a candidatura do ex-deputado federal Leo
Moraes (Podemos) a prefeitura de Porto Velho. É uma porção da centro-esquerda
se manifestando desde o primeiro turno em favor das propostas de Leo Moraes, a
destacar a criação de uma guarda municipal para auxiliar na questão da
segurança, construção de creches para as mulheres trabalhadoras, melhorias na
saúde, educação, regularização fundiária, mobilidade urbana, fomento ao cinturão
verde visando o barateamento das hortifrutigranjeiros, etc.
Via Direta
*** Pelo movimento, a exploração do
garimpo de prainha na região de Jaci-Paraná deve estar proporcionando bons resultados
para os garimpeiros que até recentemente estavam revoltados com a fiscalização
dos organismos ambientais *** Se os prefeitos e os governadores pelo menos tivessem o trabalho de acompanhar pela internet o
comportamento das empreiteiras contratadas por aqui teriam menos dissabores nos
contratos firmados *** Temos obras
inacabadas aos montes de Porto Velho a
Vilhena, creches, escolas, casas populares. Algumas empresas recebem,
fazem rachadinha com os políticos e somem do mapa.
As obras em fase de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho
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