Quarta-feira, 21 de outubro de 2020 - 09h56

Existe
a “nova política”? A julgar pelas operações policiais que apanham malfeitores
ligados tanto à “velha” quanto à “nova”, ficou difícil distinguir entre elas. Em
2018, na campanha eleitoral, supunha-se que a velha seria sinônimo de
corrupção. A nova iria castigar os corruptos e instaurar a moralidade, mas já
se viu que a corrupção não tem a ver com a idade da política: vem das más ações
dos eleitos em qualquer data.
Achava-se
que a velha política gerava corrupção porque presidentes, governadores e
prefeitos formavam coalizões oferecendo favores em troca de governabilidade. O
novo seria não formar coalizões com caciques partidários, governando com
bancadas temáticas (bíblia, bala, boi), mas isso não funcionou.
A
realidade, para desilusão de quem acreditava em um tempo de moralidade
vitoriosa, é a continuidade das más práticas. Uma enxurrada de dinheiro em
cuecas, armários e transações em dinheiro vivo mostra a razão das tentativas de
liquidar a democracia, acabar com a Operação Lava Jato e fechar o STF: eram manobras
para deixar campo aberto aos malfeitos.
Por
ora, venceram os princípios embutidos na Constituição, com o sistema de pesos e
contrapesos que poda os excessos de cada poder, excelente vacina contra o vírus
que leva poderosos a querer muito mais, emparedando, engavetando ou vestindo
dinheiro como se fossem complementos de roupas íntimas.
.........................................................
Cenário no estado
A
coluna dedica nesta edição ao cenário das eleições municipais 2020 em alguns dos
principais municípios rondonienses, no aguardo de pesquisas mais recentes em
Ji-Paraná, onde as melancias ainda estão se acomodando no caminhão, depois da
substituição do candidato Marcito Pinto (PDT). Na capital e principal polo regional
do estado, Hildon Chaves (PSDB) e Vinicius Miguel (Cidadania) caminham para um
possível segundo turno, tendo no seu rastro Cristiane Lopes (PP) e Lindomar Garçon
(Progressistas).
A polarização
Em
Ariquemes, o terceiro maior colégio eleitoral do estado, o prefeito Thiago Flores
desistiu do seu projeto de reeleição e a coisa começou embolada entre o
ex-deputado estadual Tziu Jidaias (Solidariedade), a vereadora Claudia Redano
(Progressistas) e o vice prefeito Lucas Folador (DEM). Interessante a campanha
por lá, porque ainda não se firmou uma polarização, existe um equilíbrio de
forças até agora entre as três postulações.
Em pé de guerra
Bravo
como onças do Vale do Guaporé, o empresário Jayme Bagatoli –aquele que quase tirou
a cadeira ao Senado de Confúcio no pleito de 2018 ao Senado – entrou em pé de
guerra com o prefeito de Vilhena Eduardo Japonês (PV) e já trabalha para chutá-lo
do poleiro da sede do governo municipal. O capo dos postos Catarinense e do
agronegócio começa a demarcar território no Cone Sul visando as eleições 2022.
Ao governo? Ao Senado?
De braçadas
Depois
da prisão da prefeita de Cacoal Glaucioni (MDB) e do seu marido Daniel Nery, o
deputado estadual Fúria está nadando de braçadas para a conquista do Palácio do
Café, sede do governo municipal de Cacoal. Amigos da mandatária enjaulada queriam
ela disputando a reeleição mesmo presa, mas a justiça não permitiu. Na verdade
ela e seu bando queriam negociar acordos de apoio a algum outro candidato. Não
querem largar o osso.
O Bolsonarismo
Com
uma das maiores aprovações nas capitais ao presidente Jair Bolsonaro, fica
difícil explicar porque os candidatos a prefeitura de Porto Velho na sua aba
não deslancharam ainda. A explicação até agora é da existência de um racha do
segmento, pois existem muitos militares postulantes com a bandeira do presidente.
Talvez mais adiante o presidente e seus filhos abracem alguma candidatura por
aqui. Vamos ver se a onda Bolsonaro garante algum afilhado no segundo turno.
Via Direta
*** O aumento do IPTU em Vilhena deu o
que falar neste ano e entra como tema de campanha dos oposicionistas ao prefeito
Eduardo Japonês ***
Com seguidos vendavais em Porto Velho as casas de materiais de construção se
locupletaram, assim como os estabelecimentos que comercializam calhas nos
telhados *** Os recursos do fundo eleitoral
tem sido objeto de divergências entre os candidatos a prefeito e a vereança na
capital rondoniense *** Ocorre que alguns postulantes majoritários só
pensam no próprio umbigo, abandonando suas chapas a vereança *** Por este motivo e falta de decolagem
dos seus candidatos a prefeitura de Porto
Velho, muitos postulantes a vereança estão virando a casaca, buscando respaldo
de outros candidatos majoritários ***
E haja confusão torcida brasileira.
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