Segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021 - 10h40
A
volta do Centrão ao plano principal do poder no Brasil, depois de vencido nas
eleições de 2018, coincidiu com o fim da Operação Lava Jato, principal
mobilização anticorrupção ocorrida no país, e também com a exclusão do
vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, das reuniões
ministeriais.
Logo
depois ele comunicava que em abril também terá fim a Operação Verde-Brasil 2,
ação das Forças Armadas contra o desmatamento. O que essas coincidências
significam ainda não é possível avaliar em toda a sua dimensão.
Um
fato sempre gera novos fatos que só poderão fazer sentido mais adiante, mas cada
cabeça tende a buscar de imediato indicações de eventos futuros e as bolhas
“ideológicas” radicais os amoldarão aos respectivos discursos, mas uma síntese
possível dos fatos recentes aponta que a derrota de Donald Trump nos EUA produziu
uma nova realidade mundial.
Obrigou
o governo a recuar, evitando uma possível derrota em 2022 ao unir a nação
compondo uma base com o Congresso. Com ela será possível chegar ao bicentenário
da Independência com o governo reciclado à luz dos novos fatos mundiais, a
vacinação terá produzido efeitos benéficos na economia e as eleições gerais se
desenrolarão em clima de concórdia.
Essa
é a projeção positiva dos eventos. Os radicais e apocalípticos, é óbvio,
pensarão em algo pior.
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As grilagens
O
Ministério Público Federal-MPF tem obtido seguidas vitórias na justiça contra a
grilagem de terras nas áreas indígenas e parques nacionais. Não fosse isto, a situação
estaria muito pior, já que novos invasores se juntam – desde madeireiros,
grileiros, fazendeiros e garimpeiros – para a prática que tem causado sérios prejuízos
ambientais para o estado de Rondônia nas últimas décadas. São poucos recursos
para a fiscalização e as invasões infelizmente são estimuladas por políticos
conhecidos no estado.
Eleições 2022
Com
vistas às eleições 2022 temos uma precipitação de articulações tanto no âmbito
federal como no cenário estadual. Se constata uma acomodação de deputados
federais e senadores, muitos trocando de partido para a peleja do ano que vem.
Com sobra de candidatos ao Senado e ao governo, o PSDB pode rachar também em
Rondônia, como já ocorreu na esfera nacional, onde o governador João Dória trava
embate pelo controle da legenda com o
deputado federal Aécio Neves, antigo cacique da legenda.
As queimadas
Com Porto Velho inserido entre os três
municípios que mais desmatam no País, podemos esperar uma temporada de
queimadas das mais rigorosas no verão amazônico que começa em maio. Não passa
de junho e já estaremos asfixiados por grossas camadas de fumaça Ainda mais que a Operação Verde Brasil
já está retirando seus batalhões de militares que estavam cuidando da
vigilância nas queimadas na região Norte. Uma temporada de lascar, torcida
brasileira.
A restauração
Todo ano a BR-364, que corta nosso estado de
Nova Califórnia a Vilhena, precisa ser restaurada depois do inverno amazônico. As empreiteiras contratadas para a
pavimentação em Rondônia precisam ser melhor fiscalizadas pelos órgãos de
controle, pois temos serviços de
péssima qualidade e o que se vê em nosso estado é omissão na fiscalização de
engenharia e com isto temos um verdadeiro rombo nos cofres do erário público
por omissão das autoridades federais responsáveis pelas obras de asfaltamento.
Um apagão
Mesmo
com os graves prejuízos causados pela pandemia a economia rondoniense e, ainda,
um desemprego galopante em alguns segmentos, se vê um apagão na mão de obra para
o setor de construção civil. As imobiliárias não conseguem sequer pedreiros,
carpinteiros e telhadeiros para a recuperação
dos seus imóveis administrados, nesta época de chuvas. Enquanto alguns setores
patinam, o segmento de construção segue uma boa trajetória na capital. Muitas
obras públicas (municipais) e civis em pleno inverno amazônico.
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*** Já está dando até medo de conferir as
mídias sociais pelas manhãs. Todo dia gente conhecida morrendo pela covid 19 em
Porto Velho e aos montes *** Vários colegas de trabalho tombaram no final de 2020 e
no início deste ano e a tragédia continua com vários jornalistas intubados e
suas famílias passando sérios apuros ***
Com mecânicos, pedreiros – e até profissionais da saúde - metendo a faca nas costas dos clientes na capital rondoniense, já existe uma procura
acentuada de mão de obra no mercado do
interior *** Profissionais de Ariquemes sendo muito requisitados neste início
de 2021 e com isto o covid se espalha mais ainda por lá também. É coisa de
louco. Aonde vamos parar?
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