Quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022 - 08h16

Não
há surpresa na conclusão central do estudo “Caderno Técnico Setorial –
Agropecuária de baixa emissão”, feito pela Agência de
Desenvolvimento de Porto Velho. Válido para todos os estados
amazônicos e além, o estudo demonstra para quem souber ler os dados técnicos e
também as entrelinhas que a pecuária se instalou na região Norte para ficar.
Apenas gritar que os gases do boi aquecem o clima e causam uma cadeia de
desgraças nunca assustou o consumidor ávido por um bom bife. 
Há
meio século os ambientalistas repetem isso todo dia e a pecuária só se expandiu.
Felizmente atendendo a muitos avisos que nos últimos 30 anos levaram a pecuária
de corte a aumentar a produtividade em cerca de 150%. Ninguém parou de comprar
geladeiras quando os cientistas provaram que elas soltavam gases terríveis,
responsáveis por abrir um buracão na camada de ozônio, causando o terrível efeito
estufa. O jeito foi produzir geladeiras mais adequadas à proteção ambiental. 
Esta
é, na base, a ideia do estudo da Agência de Desenvolvimento de PV: desenvolver uma
pecuária superior, aplicando cuidados para poupar milhões de hectares que
seriam devastados por uma pecuária de baixa inteligência, aumentando a
produtividade com o baixo carbono em áreas já exploradas anteriormente. Em
termos animais, equivale à geladeira se aperfeiçoando. Mais carne na mesa e
menos peso na consciência.
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A neutralidade
O
governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) confirmou em suas últimas entrevistas
que o presidente Jair Bolsonaro (PL) manterá neutralidade nas eleições em
Rondônia, disse que respeita este posicionamento e sua fidelidade não será
prejudicada. Ocorre que o bolsonarismo tinha três prováveis postulantes ao
governo estadual. Além de Rocha, Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Ivo Cassol
(PP-Rolim de Moura). Provavelmente, no entanto, tudo se encaminha no segmento
bolsonarista para uma única candidatura. Cassol com problemas de elegibilidade,
Marcos Rogério assumindo um Ministério.
Prefeitos cassados
Na
semana passada tivemos mais um prefeito cassado em Rondônia. No caso, o alcaide
Eduardo Japonês (PV) de Vilhena, cuja gestão tem sido até eficiente. É uma cidade
limpa, organizada e bem estruturada se comparada com as cidades rondonienses e
tem um dos melhores índices de crescimento demográfico. Se cometeu infrações
deve ser punido na forma de lei, mas dificilmente prefeito cassado deixa o
cargo. Ele recorre, recorre e recorre e permanece na função geralmente até o
final do mandato. Assim toca a banda na justiça, só com condenação em última
instância – e olhe lá! – o prefeito pilantroso é afastado.
Só compinchas
Outra
dificuldade existente na política são os partidos se manifestar sobre os
malfeitos de seus prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais etc.
Como são quase todos compinchas – dirigentes e políticos com cargos eletivos -,
existe um cipoal de rabos amarrados entre os diretórios municipais, estaduais e
federais com seus vereadores e parlamentares. Ninguém pune ninguém, quando pune
tem uma longa exaustiva negociação, para livrar os políticos infratores da cassação
e da cadeia. Isto tem sido uma tradição no Brasil.
Tem que implorar!
Acompanhei
alguns casos de cassação que foram de amargar. A Comissão de Ética, neste caso,
teve que negociar vantagens aos cassados, porque senão eles denunciariam as
patifarias de outros e a coisa ia se descontrolar de vez pela casa de leis
toda. Para aceitarem as punições, os políticos denunciados receberam cargos em
contrapartida e recursos de emendas parlamentares. Então ressarcidos, eles
aceitavam a punição, não abriam o bico, a casa de leis dava uma resposta a sociedade.
Hoje em dia nem isto, os cassados impõem sua presença ameaçando abrir o bico.
Nem suspensão amena mais aceitam!
Ano de eleições
Como
2022 é ano de eleições muitos políticos pilantras concorrem a reeleição e,
portanto, ficará mais difícil ainda as punições porque isto redundaria em graves
prejuízos ao candidato que busca mais um mandato. Se aposta no esquecimento do eleitorado,
na tradição rondoniense de eleger parentes de políticos corruptos, etc, etc. Só
teremos afastamento de parlamentares cassados pelor aqui  Brasil afora só com a intervenção da justiça,
pois se depender de vereadores e deputados a coisa será catimbada eternamente. Infelizmente
o cenário é este.
Via Direta
*** Com Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) inelegível,
Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) desistindo, Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná)
assumindo um Ministério, o governador Marcos Rocha toca seu projeto de
reeleição apenas contra o petista Anselmo de Jesus (Ji-Paraná) por enquanto *** No entanto novos
candidatos devem entrar na parada tendo em vista as desistências verificadas e
demais arrumações partidárias, entre eles a possibilidade do prefeito de  Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) ou o deputado
federal Leo Moraes (Podemos) *** Pelo
menos um deles deve entrar na peleja até as convenções do meio do ano ***
Por enquanto o quadro  ao CPA rondoniense
vai se desdenhando favoravelmente para o projeto de reeleição do governador
Marcos Rocha (União Brasil). Só boas notícias para ele até agora. E os
favoritos ficando pelo caminho.
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