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Carlos Sperança

Brasil abalado e o quadro político ainda nublado em Porto Velho


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Brasil abalado

O Brasil começou o ano com vários abalos. O sísmico ocorrido há pouco na Amazônia foi o maior já registrado no Brasil, o que faz lembrar também a recente mãe de todas as secas. O abalo do déficit, que seria suave se limitado a 1%, subiu a 2,1% do PIB em 2023, embora seja correto tirar do total o impacto dos precatórios.

Só para ficar nos grandes abalos, há também o terremoto da desarticulação entre os três poderes. A causa primária desse problema é político: o governo ainda não conseguiu (ou não quis) unir a Nação em torno de uma agenda mínima.

A causa secundária é o Centrão, bloco oportunista que domina o Congresso e ameaça paralisar a administração se o governo não ceder às suas exigências. Por fim, governo e Congresso despejam seus melindres e teimosias sobre a Justiça, está perdendo popularidade a cada penduricalho que infla astronomicamente os ganhos da magistratura. O remédio para isso poderia ser um composto de Constituição e bom senso tomado de hora em hora.

Dos três abalos, só um cabe à natureza. Se as camadas tectônicas se acomodarem, o Brasil não sofrerá um tremor ainda pior. Reduzir o déficit e evitar a paralisia do país dependerão da boa vontade dos patriotas de unir a Nação e enterrar as bolhas “ideológicas” que se agridem sem proveito. Em sentido positivo, o Ministério da Defesa dá curso a um trabalho de pacificação admirável. Se os aloprados não atrapalharem será um sucesso.

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Eleições 2024

Passadas as Folias de Momo, começa efetivamente a jornada das eleições municipais no Estado. Na capital, os blocos estão em formação, mas com o quadro político ainda nublado, com muitas candidaturas ainda concentradas na base aliada do governador Marcos Rocha. Da base do governador são considerados pré-candidatos em definição Fernando Máximo (União Brasil), Leo Moraes (Podemos), Marcelo Cruz (Patriota) e Cristiane Lopes (União Brasil). Da base do prefeito Hildon Chaves (PSDB), a ex-deputada federal Mariana Carvalho (Republicanos).

Os entendimentos

Do bloco que se opõe aos candidatos bolsonaristas acima, formado pelo MDB/PT e que pode ser estendido ao PSB, as opções são Wilians Pimentel (MDB), ex-senadora Fatima Cleide (PT) e Vinicius Miguel (PSB). Também existe a possibilidade de algum postulante preterido pelos partidos bolsonaristas ganhando convite para pilotar uma candidatura à prefeitura de Porto Velho por outro partido, afinal o grupo do governador vai se unir em torno de uma única postulação. Vai sobrar muita gente revoltada com o andamento das conversações, incluindo Mariana Carvalho se for preterida pelo governador.

Na história

Depois de um longo período com prefeitos nomeados, em 1985 o município de Porto Velho voltou com eleições diretas ao antigo Paço Municipal. O então ex-deputado federal Jeronimo Santana, foi eleito naquele ano, o ex-deputado federal Chiquilito Erse, em 1988, ex-deputado federal José Guedes em 1992, Chiquilito Erse voltou a ser eleito em 96, o ex-deputado federal Carlinhos Camurça (que foi vice de Chiquilito e concluiu seu mandato) em 2000. O ano de 2004 foi marcado por uma grande surpresa, a eleição de Roberto Sobrinho (PT), que foi reeleito em 2008. Em 2012 subiu ao pódio o ex-deputado Mauro Nazif, em 2016 o fenômeno Hildon Chaves (PSDB), reeleito em 2020.

As trajetórias

No retrospecto das eleições municipais de Porto Velho, se vê que os deputados federais predominaram. Jeronimo, Chiquilito, José Guedes e Camurça. Na disputa 2024, temos a ex-deputada federal Mariana, o ex-deputado federal Leo Moraes, os atuais deputados federais Fernando Máximo e Cristiane. Dos estaduais até hoje apenas Tomas Correia virou prefeito com a renúncia de Jeronimo Santana para disputar o governo estadual em 1996. Dos atuais estaduais com chances, apenas Marcelo Cruz, liderança emergente e com forte apoio do meio evangélico, desponta com chances de sucesso.

Em evidência

Nas últimas sondagens do ano passado, estavam em evidencia para chegar a um possível segundo turno –isto e previsível em vista do fracionamento do eleitorado com tantas candidaturas – os nomes de Mariana Carvalho, Fernando Máximo, Leo Moraes, Marcelo Cruz e Cristiane Lopes. Os nomes do bloco formado pelo PT/MDB/PSB, que são Fatima Cleide, Willians Pimentel, e Vinicius Miguel começam a jornada ainda distantes do primeiro pelotão, mas a tradição em Porto Velho é de zebraças, de grandes surpresas ao final dos pleitos, por conseguinte na capital rondoniense tudo é possível.

 

Via Direta

*** O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves esta recapeando boa parte da malha viária urbana. Se vê esta atividade em vários bairros da capital em ruas e avenidas estratégicas importantes para o escoamento do trafego *** Ao mesmo tempo em vários bairros de Porto Velho segue o tradicional problema das alagações ocasionados pela falta de drenagem. São ruas se transformando em igarapés da noite para o dia como todo ano acontece *** Ainda temos muito garimpo clandestinos nas proximidades do Rio Madeira entre Porto Velho e Humaitá *** Tudo com o combo do ouro ilegal e tráfico de cocaína com a utilização dos piratas do Madeira, que tem saqueado embarcações na região.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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