Quinta-feira, 12 de setembro de 2024 - 13h10
A combinação
de rigores climáticos com o descuido histórico que produziu os fenômenos do
desmatamento impune e das queimadas descontroladas representa na atualidade a
pior ameaça à economia e à sociedade amazônicas. O cenário que só os profetas
do Apocalipse visualizavam – chamas infernais e seres humanos entre clamores e
lágrimas – não é mais uma ameaça de punição futura, mas um castigo presente.
Como
tudo tem origem, é impossível ignorar fatos recentes como a destruição geral
que varreu o Rio Grande do Sul na forma de enchentes implacáveis. O apocalipse
das águas no Sul resultou claramente do descuido com a proteção ambiental e não
há como fingir que os sinais dramáticos da seca fora do comum que atinge o
Norte do país não tiveram a mesma origem.
Nesta
época de eleições por todo o mundo, debates repletos de insultos revelam que os
políticos encarnam o caos reinante: suas línguas maliciosas são os reflexos
malucos das tragédias, o que pode resultar em governos ainda piores, com nações
chefiadas por loucos ansiosos por guerras de domínio.
Infelizmente,
eleições não têm resolvido problemas, servindo mais para desunir e alimentar a
discórdia. Só a sociedade, por suas organizações permanentes, pode fazer um
contraponto saudável às loucuras ambientais, climáticas e políticas que ameaçam
a economia e, com ela, a vida e a natureza.
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Fundo eleitoral
O
ex-conselheiro Benedito Alves (Solidariedade), candidato a prefeito em Porto Velho
é um dos raros políticos brasileiros que rejeitou recursos do Fundo Eleitoral,
desenvolvendo sua campanha com parcas doações e alguns rocados do seu próprio
bolso. Condição elogiável, nota 10 em termos de integridade, mas uma conduta
ingênua no campo político, onde se compra votos adoidado. Bom exemplo, como
este proporcionado por Benê é considerado na classe política coisa de trouxa.
Por aqui prefeito que não enche os bolsos, como foi José Guedes é considerado
trouxa, deputado que não fica rico como Hermínio, um otário. Infelizmente.
Bode de bicheira
Na
política a figura do bode de bicheira, significa um sujeito impopular, uma
política rejeitada. Na região amazônica, a defensora do meio ambiente Marina
Silva é considerada culpada pelos políticos pelas fracassadas tentativas de
pavimentação da BR 319, que conecta a metrópole das selvas, Manaus, com a
capital de Rondônia, Porto Velho, numa extensão de 900 quilômetros, mas com 500
kms já recuperados. Marina sofre a mesma rejeição em Rondônia, povoada
significativamente por grileiros e invasores que desmatam e queimam áreas
públicas para a revenda.
Nova promessa
Assim
como ex-presidentes Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, o presidente
Lula assumiu o compromisso de pavimentação da BR 319. Como se sabe. De um trecho de 900 quilômetros,
quase a metade já está recuperada, faltando o chamado meião de 450 quilômetros
para complementar a obra, aliás, uma situação difícil, já que será necessário
altear boa parte deste percurso tomado pelas aguas no período do inverno
amazônico, com cheias tornando a estrada um verdadeiro atoleiro. As empreiteiras
farão uma festa todo ano com novos contratos para reparos.
A força de Xandão
Estou
para ver se haverá mesmo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, o
Xandão, solicitado recentemente por um bando de parlamentes extremistas, muitos
mais sujos do que poleiro. Ocorre que até hoje é só Xandão bater o pé e um
monte deles some com o rabo entre as pernas. Até o ex-presidente Jair Bolsonaro
evita confronto direto, no entanto estimula apoiadores a brigarem e se
lascarem. Acredita-se que o pedido de impeachment de Xandão é para negociar
alguma coisa, talvez a elegibilidade de Bolsonaro para 2026. Será?
Votos na roça
Dos
cerca de 360 mil eleitores do município de Porto Velho, pelo menos 40 mil estão
sediados nos distritos e localidades ao longo da BR 364, que liga a capital rondoniense
ao Acre e na zona ribeirinha. Por este motivo a maioria dos candidatos já percorreram
distritos como Jacy-Paraná, União Bandeirantes, Vista Alegre, Extrema, Nova Califórnia
e Fortaleza do Abunã. Também as localidades ribeirinhas não foram esquecidas,
principalmente as mais populosas como Calama e São Carlos, que padecem com a
estiagem severa e a falta de água potável. Muita chiadeira nos distritos.
Via Direta
***Caras-pálidas do sul do maravilha
reclamando da exportação de fumaça pelos aldeões do Amazonas, Pará, Rondônia e
Mato Grosso ***
Mas esquecem que eles próprios também estão produzindo sua própria fumaceira,
como é o caso de São Paulo, com queimadas até no entorno de cidades como Ribeirão
Preto *** Trocando de saco para mala:
temos um final emocionante em Ji-Paraná na peleja entre o prefeito Esaú Fonseca
(União Brasil) com o deputado estadual Afonso da Mabel (PL) *** Na reta
final de campanha na capital, os
oposicionistas tacam-lhe o pau no lombo da favorita Mariana Carvalho e do
prefeito Hildon Chaves na capital rondoniense *** Tudo já era esperado pelos
chapas brancas.
Debate enfadonho e jogo de estratégia
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