Quarta-feira, 7 de maio de 2025 - 08h10
A
constatação é triste, mas as lutas e campanhas encetadas entre os anos 1960 e
1980 pregando a salvação da Amazônia foram arruinadas pela ditadura até 1985 e
pela democradura daí por diante. Na atualidade, depois de perdas contínuas,
intensas e crescentes, o verbo não é mais “salvar”, mas “mitigar”.
A
COP30, como se pode notar por todos os anúncios de atividades programadas a se
realizar de 10 a 21 de novembro, tem como objetivos claros preservar o que
ainda for possível e mitigar os severos impactos que o aquecimento global já
registra em várias partes do mundo. Exemplo disso é o Plano de Mitigação dos
Impactos do Mercúrio no ambiente amazônico e em suas populações, uma iniciativa
estratégica e abrangente do Fundo Mundial para a Natureza (WWF-Brasil) voltada
para a proteção da saúde humana e ambiental.
Apontando
ações eficazes para minimizar a contaminação por mercúrio nas regiões
impactadas pela extração ilegal de ouro e de outras atividades econômicas, com alternativas
para conter piores condições em populações vulnerabilizadas na Amazônia, no
plano foi estruturado em três grandes eixos: Saúde, Segurança Alimentar e
Segurança Hídrica. Longe de abdicar das lutas para salvar o que for possível, o
novo plano tem um grande potencial de sugestão de atividades atuais muito
válidas para recuperar as antigas bandeiras, motivando quem já havia desistido.
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Não sai da moita
Ao
deputado federal Lucio Mosquini, com relação ao seu relacionamento com o MDB,
se atribui aquele velho adágio popular, de que ele não defeca e não sai da
moita. Ocorre que o empedernido bolsonarista tinha anunciado sua saída do
partido de Confúcio Moura e não conseguindo o objetivo de tomar goela abaixo
importantes legendas conservadoras, desistiu de pular fora. Como ele é presidente
estadual do MDB e com isto direciona os polpudos recursos do fundão eleitoral
da legenda, constatou que a saída já não era tão conveniente, já que tem
interesse em disputar uma cadeira ao Senado ou até o governo estadual.
Sinuca de bico
Bases
do MDB estão revoltadas com Mosquini, cria do senador Confúcio Moura, que deu
abrigo em seu governo e projetou o parlamentar a Câmara dos Deputados. Exigem a
sua expulsão. Isto não é fácil, e é mais fácil galinha criar dentes. Ocorre que
o rateio dos recursos do fundo eleitoral é feito de acordo com o número de
deputados federais no Congresso Nacional. Com isto, não é da conveniência do diretório
nacional do partido expulsar Mosquini facilitando suja saída e ingresso numa
legenda bolsonarista. Se Mosquini realmente quiser sair, vai aproveitar a
janela partidária em março do ano que vem, com ela ele pode pular do barco sem
perder o mandato.
Tem maioria
O prefeito Leo Moraes (Podemos)
mantém maioria na Câmara de Vereadores de Porto Velho, mas já enfrenta alguma
oposição, o que na gestão do seu antecessor não acontecia. Alguns vereadores
não querem passar por ovelhas, mas com mais alpiste (nomeações de parentes e apaniguados,
e negócios de agulha a avião) não ficarão constrangidos em ficar coleguinhas e
pular cirandinha com o atual alcaide. O jogo é este, Leo Lion disponibiliza
cargos e benesses aos edis, e aqueles que não obedecem sua cartilha – ou querem
mais do que o combinado- não serão bem
tratados. E aos desobedientes, pão e água.
Dança dos favoritos
Eu
sempre lembro o sortilégio que envolve os favoritos na disputa ao governo de
Rondônia. O retrospecto dos favoritos – exceto no caso de Ivo Cassol – é
enorme. Jeronimo Santana, virou sobre Odacir Soares (86), Oswaldo Piana
surpreendeu Valdir Raupp (90), Raupp derrotou um dos maiores favoritos de todos
os tempos, Chiquilito Erse em 1994 e foi derrotado de virada, por José Bianco
em 98. O que dizer de Confúcio Moura, que não era favorito em suas duas
disputas, ao Palácio Presidente Vargas e que foi eleito e reeleito? Mais
recentemente Marcos Rocha surpreendeu Expedito Junior e depois ganhou de virada
do favorito Marcos Rogério.
Todo cuidado
Com
todo este retrospecto de favoritos se ferrando, o atual favorito na peleja ao
governo de Rondônia em 2026, Marcos Rogério (PL) está agindo com toda prudência
para a próxima disputa no ano que vem. Deve lembrar que na eleição passada ganhou
todos os debates de Marcos Rocha, chegou a sapatear em cima do atual governador
e não adiantou nada, apresentar mais qualidade, mais competência. Passou ao
público uma imagem de arrogante (ou o público ficou penalizado com Rocha, todo
meigo nos debates?) e acabou levando a pior. É coisa de louco!
Na prefeitura
Também
nas pelejas a prefeitura de Porto Velho estamos cansados de ver favoritos
tombando e se lascando, tubulando gloriosamente. Na primeira eleição de Hildão
Chaves, Leo Lion era o grande favorito e acabou sendo derrotado, num dos pleitos
mais surpreendentes ocorridos até hoje. E vejam como são as cosias, na eleição
2024, a grande favorita era Mariana Carvalho, tanto é verdade que aplicou uma
sova em Leo no primeiro turno e no segundo turno aquela baita reviravolta, com
a brilhante vitória do atual alcaide, dando o troco na turma dos tucanos.
Via Direta
***Como o presidente dos Estados Unidos
Donald Trump anuncia a reabertura da celebre prisão de Alcatraz, em Rondônia
pode ser cogitada a reabertura do presídio da temida ilha de Santo Antônio ou
algo equivalente, já que o local daquela penitenciária deve estar bem alagado *** Brincadeiras à
parte, os Estados Unidos e a Rússia seguem fazendo a Ucrânia de gato e sapato,
com milhares de vítimas nesta guerra insana. A Ucrânia, que no passado teve
promessas de apoio destes dois países, pela entrega de seu legado nuclear, foi
traído miseravelmente e sofre as consequências *** Americanos e russos não são amigos de ninguém.
União Progressista tem uma opção para disputar o governo de Rondônia
Andorinha não faz verãoJá se sabe que as redes sociais foram usadas na Ucrânia para lançar as bases do atual desastre bélico vivido por esse país e
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