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Carlos Sperança

As obras em fase de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho


As obras em fase de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho  - Gente de Opinião

Reinos divididos

É cinismo haver políticos se dizendo cristãos e se agredindo, em traição a um princípio religioso elementar: “Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado”. Com o Brasil tomado pela polarização e a ONU sem saber como resolver os graves problemas das guerras, do clima e dos ataques à democracia, parece natural que o presidente Lula tenha pronunciado a palavra “fracasso” em seu pronunciamento na Cúpula do Futuro.

Evento organizado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para recolher compromissos dos governos nas áreas sensíveis de clima, inteligência artificial e governança global, Lula aproveitou para criticar a ONU, no caso do clima, da mesma forma que muitos criticam seu próprio governo. Casa dividida que não consegue dar conta de suas responsabilidades, para o líder brasileiro reformar a ONU seria a solução, ideia que também ocorre aos críticos do governo brasileiro.

O problema do Brasil é que o Centrão domina o Congresso e o governo é seu refém, por mais que habilidosos ministros, caso de Fernando Haddad, tentem soluções salomônicas que contentem os diversos atores. No caso da ONU, o problema é quem vai pôr sininhos nos pescoços de três gatos, pois se ninguém ceder, a tentativa de harmonizar os interesses de EUA, China e Rússia continuará um fracasso, impedindo uma solução rápida para as guerras, a democracia sob ataque e o clima em pandarecos.

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Falam as urnas!

As urnas se pronunciam neste domingo, dia 6, sobre a escolha do próximo prefeito (a) de Porto Velho, vice e de 23 vereadores da próxima legislatura. Grande chances de reviravoltas, com um efeito manada já em andamento. A campanha tem sido polarizada desde o início por Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos), mas já é possível considerar que um deles pode cair do cavalo, por conta do voto útil e do efeito manada. Mas quem vai cair do cavalo, caros aldeões? Com a palavra, o amigo cara pálida eleitor, o dono da bola!

As narrativas

De um lado a narrativa oposicionista de que Porto Velho é a pior capital do Brasil e em alguns quesitos é mesmo, como de abastecimento de água e coleta de esgoto. Já, a narrativa situacionista, é que o prefeito Hildon Chaves detém elevada popularidade e isto é decorrente dos avanços ocorridos na cidade nos últimos anos. Hildão é campeão de asfaltamento, de regularização fundiária e de urbanização, conforme os chapas brancas. Vamos ver que narrativa vai prevalecer nas eleições deste domingo. A vitória de Mari é a continuidade, a sua derrota opção pela mudança.

Minhas impressões

Com o final desta campanha no primeiro turno em Porto Velho é possível considerar algumas coisas: 1-Teremos eleições em dois turnos com Mariana na pole position  no primeiro e a segunda vaga ainda indefinida 2- Que os aldeões do QG chapa branca preferem disputar o segundo turno com o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) do que com Euma Tourinho (MDB) 3 – Que os institutos de pesquisas, para não se desmoralizar de vez, serão obrigados a publicar resultados mais perto da realidade nestes últimos dias de campanha 4 – Já está em curso a definição do voto útil que vai redundar na escolha do candidato oposicionista em melhores condições de bater a representante situacionista, Mariana.

Ritmo acelerado

Impressiona a devoção do prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) ante as obras em fase de conclusão do novo terminal rodoviário de Porto Velho. O ritmo é realmente acelerado, o número de funcionários da Madecon foi ampliado e no meio dos trabalhadores temos a informação de que a capital rondoniense contará com a nova rodoviária ainda em novembro, no máximo até o Natal. Todo dia Hildão comparece as obras para conferir tudo direitinho e com suas asas tucanas protegendo o novo terminal. Todo esmero para o grande legado da sua cuja gestão que acaba em dezembro.

 Crime organizado

A população precisa ficar atenta ao avanço do crime organizado na política na capital rondoniense, uma prática constatada há décadas por aqui. Em toda a eleição a vereador as facções tem seus candidatos no trecho para conquistar mandatos e influenciar em contratos públicos, na contratação de servidores fantasmas, nas rachadinhas, na formulação de negociatas com a municipalidade, para vender de agulha a avião. É lamentável que ano a ano, com o seu poder econômico, os mafiosos conquistem mais terreno. A compra de voto é uma das práticas comuns desta gentalha.

 

Via Direta

*** Aviões de pequeno porte se multiplicam no Vale do Guaporé, Zona da Mata e BR 319, transportando cocaína da Bolívia para o Brasil *** Só neste ano vários deles foram interceptados, alguns identificados por radares e derrubados por caças da FAB. O narcotráfico está tomando conta também do espaço aéreo de Rondônia *** O final de ano em Porto Velho é marcado com vários lançamentos imobiliários, alguns de luxo, mostrando um mercado novamente em ascensão *** Nas eleições municipais neste domingo dia 6: teremos uma compra de votos sem precedentes. Boa parte dos vereadores se elege com a compra de votos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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