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Carlos Sperança

Ariquemes de asas crescidas e MDB busca a renovação dos seus quadros


Ariquemes de asas crescidas e MDB busca a renovação dos seus quadros - Gente de Opinião

Para sempre

Há decisões e iniciativas que geram consequências e que apenas se limitam a efeitos publicitários. Ao anunciar em Nova York o investimento de US$ 1 bilhão no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, o presidente Lula da Silva se propôs a “liderar pelo exemplo”. Sugeriu as supostas lideranças – os demais países do mundo – aportarem contribuições semelhantes ao Fundo para permitir o início das operações, mas por agora o anúncio só teve efeitos publicitários, dos quais o inferno está cheio.

O Fundo, de fato, só será criado na COP30, em Belém, quando, novamente anunciado, passará a ter as obrigações de produção mais que os efeitos publicitários. Importa que vá além da propaganda, sobretudo depois do anúncio da recandidatura do presidente. A propaganda é uma obsessão elementar de qualquer candidato, mas sem as consequências possíveis, até anunciar maravilhas acabando virando demérito. Não se pode esquecer que isso já aconteceu com o PAC: mesmo sendo uma peça de maior propaganda do governo Dilma, não evitou que ela fosse cassada por motivos pífios.

Vale dizer que o Fundo é uma necessidade e fará bem ao mundo que tenha consequências, pois o bilhão anunciado por Lula é apenas um dos US$ 125 bilhões que precisam integrá-lo. Independente da propaganda e da recandidatura, é importante que haja de fato as consequências esperadas para que o feitiço não vire contra o feiticeiro. No caso, consequências para sempre.

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Uma renovação

Com seus atuais deputados estaduais desgastados, e no plano federal, perdendo seus federais eleitos, o MDB busca a renovação de seus quadros para formatar seus chapas para a disputa das cadeiras na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados   nas eleições do ano que vem. Um dos incumbidos para a garimpagem de novas lideranças é o dirigente José Luís Lenzi, participante das gestões do partido. A medida visa oxigenar o MDB que tem tradição de dar a volta por cima quando está fora do poder. É o partido que mais elegeu governadores no estado.

Coração balança

 O ex-governador Ivo Cassol ainda não decidiu quem irá apoiar a sucessão do governador Marcos Rocha. Entre um churrasco e outro, uma pescaria daqui e dali, e um chimarrão, seu coração balança entre o atual prefeito de Cacoal, Adailton Fúria e o senador Marcos Rogério Se escolher Adailton Fúria voltará a pular cirandinha com seu mentor, o ex-deputado federal Expedito Junior depois de uma ruptura de quase uma década. Se optar por Marcos Rogério, será exclusivamente com seu eleitorado, já que Rogério se tornou uma espécie de herdeiro dos votos de direita.

Asas crescidas

 Ariquemes que está de asas crescidas tem cogitados candidatos ao Senado e ao governo do estado nesta temporada.   São eles o presidente da ALE Alex Redano e o senador Confúcio Moura ao CPA Rio Madeira e o deputado estadual da extrema direita, Delegado Camargo ao Senado. Também figura com dois deputados federais na peleja pela reeleição, que são o delegado Thiago Flores e o populista Rafael Fera, aquele que ingressou na cadeira do deputado afastado Eurípedes Lebrão. O Vale do Jamari alcança atualmente sua maior representatividade, já que também possui excelentes deputados estaduais.

Os de th

Típicos das temporadas que antecedem as eleições ao governo do estado, as bolhas de ensaio se sucedem para ver o que pode colar, ou inserir políticos no contexto de candidaturas a vice-governadores. Mas num cenário tão incerto com tantas indefinições até sobre os postulantes às cargas majoritárias, os balões acabam se esvaziando rapidamente. É certo que lideranças expressivas, que participarão fora da peleja pelo Palácio Rio Madeira, sede do governo estatual, tentarão indicar vícios, casos de Ivo Cassol no interior e Leo Moraes na capital, Alex Redano no Vale do Jamari.

Corrida ao bolsonarismo

No momento de crescimento do atual presidente Luís Inácio Lula da Silva nas pesquisas, em investimentos expressivos do governo federal em Rondônia, casos da BR 364, ponte binacional em Guajará Mirim e a possível confirmação da construção da usina hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste, esta aposta dos políticos rondonienses numa corrida aos partidos conservadores poderá se transformar num tiro no pé. Na capital, por exemplo, o bolsonarismo não tem a importância que existe no interior e a iniciativa precisa ser reavaliada.

Via Direta

*** Mesmo sem a expectativa da presença do ex-presidente Jair Bolsonaro acompanhando sua candidatura em Rondônia, já que está preso e com tornozeleira em sua residência, o pecuarista Bruno Scheit já está montando sua equipe de campanha. É fé no mito e pé na estrada *** O Cone Sul rondoniense, depois de décadas, espera eleger novamente deputado federal. O último foi Natan Donadon, que foi cassado. Mas a região já vê parlamentares de peso, como os pioneiros Reditário Cassol e Arnaldo Lopes Martins *** O PT rondoniense, depois de várias temporadas de arraso nas urnas já está otimista com as eleições 2026. Se constata vários candidatos já se movimentando para a disputa das cadeiras na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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