Segunda-feira, 2 de junho de 2025 - 08h49
O
mínimo que se pode dizer a respeito do novo Atlas da Amazônia Brasileira,
produzido pela Fundação Heinrich Böll, é que se trata de uma importante
ferramenta para todos aqueles que se interessam pela região como alvo de
estudos para investimentos de toda ordem. Longe de ser um material emanado de
algum Olimpo, do qual deuses acadêmicos emitiriam seus raios de sabedoria
eurocêntrica, impressão que poderia advir do nome da instituição, o Atlas foi
elaborado segundo as regras da mais ampla diversidade, por 58 autores, dos
quais 19 são indígenas, cinco são quilombolas e dois são ribeirinhos.
Os
únicos “defeitos” que o Atlas teria são não deixar margem a críticas deste ou
daquele setor à ausência de suas próprias vozes na elaboração desse importante
material e ser a Fundação vinculada a partidos políticos da Alemanha. O
primeiro suposto defeito apenas impede que o Atlas venha a ser mais comentado,
porque a polarização reinante no Brasil transforma qualquer coisa em argumento
para gritarias, ofensas e fake news.
Quanto
à Fundação ser ligada a partidos alemães isso só poderá ser defeito se os
interesses amazônicos também não fossem defendidos por todos os partidos
brasileiros. Aliás, o Atlas interessa também a eles, por sua qualidade e
exatidão. No mais, cada um dos 58 autores está bem identificado para receber as
críticas eventuais que poderia merecer por erros ou distorções.
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Aberta jornada
Num
encontro realizado sexta-feira à noite, a coalizão de centro e esquerda, reuniu
os movimentos da Caravana Esperança, que conta com oito partidos em Rondônia já
com vistas às eleições do ano que vem. A coalizão tem como protagonistas o
senador Confúcio Moura (MDB), o ex-senador Acir Gurgacz (PDT), o presidente estadual
do PT Anselmo de Jesus e sua filha,
deputada estadual Claudia de Jesus, o ex-prefeito de Porto Velho Roberto
Sobrinho, bem como as demais lideranças da aliança como o PC do B, do seu ideólogo
Francisco Pantera, Partido Verde da liderança Aires da Mota, a Rede de Samuel
Costa, o PSB de Vinicius Miguel, além do PSOL e dos convidados para evento.
As articulações
Com
a reunião, a aliança marca o início das suas articulações para formar chapas ao
governo do estado, as duas cadeiras ao Senado, as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa
e a oito vagas para a Câmara dos Deputados. Mais do que uma confraternização entre
os partidos, se viu o engajamento das militâncias para a campanha 2026, que
provavelmente trará como seu candidato ao governo do estado, o atual senador Confúcio
Moura (MDB), homem de confiança do presidente Lula em Rondônia que acompanha
todas as obras federais em andamento e a recepção dos ministros da gestão
federal em Rondônia.
Caiado nas paradas
No
cenário político o final de semana também marcou a presença em nosso estado do
presidenciável Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás na Rondônia
Rural Show, abrindo suas visitas a região Norte, que vão se estender ao Acre, Amazonas
e demais estados da região. Ele esteve acompanhado de um aliado, o desenvolto
prefeito de Rio Branco, Tião Bocacon, sendo recepcionado por lideranças
rondonienses. Carismático, o mandatário goiano elencou como prioridades na sua
campanha a segurança pública, sua marca administrativa no estado de Goiás e a saúde
pública. Bem recepcionado em Ji-Paraná, Caiado deixou uma boa impressão.
Racha ao Senado
Não
bastasse o bolsonarismo estar rachado na disputa ao governo de Rondônia para o
ano que vem, o segmento conservador também está bem dividido para a disputa das
duas cadeiras ao Senado. O ex-presidente Jair Bolsonaro já adiantou que vai apoiar
o pecuarista Bruno Scheidt nesta peleja, sendo o deputado federal Fenando Máximo
(ambos do União Brasil) a sua segunda opção. Fica fora deste arco de apoio
então, a deputada federal Silvia Cristina (PP), que deve integrar a chapa ao
Senado do vice-governador Sergio Gonçalves juntamente com o governador Marcos
Rocha (União Brasil).
Quatro bolsonaristas
São duas vagas ao Senado em disputa nas
eleições 2026 com quatro bolsonaristas se pegando, como tigres raivosos num
mesmo capão. Em Rondônia ainda poderá se constatar a ingratidão de Bolsonaro
com Marcos Rocha, um verdadeiro punhal da traição, se ele confirmar alinhamento
só com Bruno Scheidt e Fernando Máximo. Lembro que nas disputas de Bolsonaro a presidência,
uma que foi bem-sucedida e outra fracassada, em ambas oportunidades Rocha
cerrou fileiras com o mito desde os primeiros momentos das disputas. Agora,
Rocha, como pagamento do apoio poderá ser apunhalado
Via Direta
*** Em Porto Velho, os grandes
predadores dos deputados estaduais com mandato são os vereadores. A maioria
entra na peleja com as garras afiadas para barrar os estaduais *** Considero um
deputado estadual quase certo, o ex-presidente da Câmara de Vereadores Marcio
Pacele que está em boa cotação para ingressar no legislativo estadual. Tem
bases fortes na Ponta do Abunã e na sede, Porto Velho *** E podem ser considerados favoritos para se eleger federais: Rafael
Fera (em Ariquemes), Jesualdo Pires (Ji-Paraná), Joliane Fúria (em Cacoal) e
Natan Donadon (Vilhena). As projeções são de grandes mudanças também na Câmara
dos Deputados para as eleições 2026.
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