Segunda-feira, 3 de julho de 2023 - 08h20

Há
frestas ainda pequenas, mas significativas pelas quais já se infiltram as luzes
da futura Amazônia. Uma interessante fresta vem de ser aberta com a notícia da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP, de que a bioespuma feita com a
folha do buriti pode substituir o isopor. Em sua cândida brancura, presente na
vida de todos nas mais variadas formas, o isopor é, na verdade, uma bomba
ambiental que põe em risco até a saúde humana. A bioespuma de buriti, porém, tende
a ser mais eficiente que o isopor em sua maior função: o isolamento térmico.
Outra
fresta digna de nota foi a presença no Brasil da presidente da Comissão
Europeia, Ursula von der Leyen, líder da democracia-cristã na Alemanha, notabilizada
por propor a criação dos Estados Unidos da Europa. Além de encantar com sua
gentileza, ela anunciou que os países europeus vão comprar 10 milhões de
toneladas de hidrogênio renovável por ano.
Fonte
de energia renovável, inesgotável e não poluente, o hidrogênio é tido como combustível
do futuro, a lâmpada de Aladim que levará a humanidade a realizar seu maior
desejo: sobreviver. A Amazônia tem plenas condições de formar um portentoso
mercado de hidrogênio, mas essa tarefa requer visão estratégica e competência
administrativa. Que as duas não faltem aos mais lúcidos líderes amazônicos para
alargar as frestas e iluminar o Brasil concretizando o potencial da bioeconomia.
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Perdendo força
Com
o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ), agora inelegível, se constata
que o bolsonarismo perdeu força, as reações nas ruas indicam que as forças
conservadoras já esperavam o desfecho e por isto já procuram outras lideranças
para ocupar o vácuo de uma possível candidatura presidencial. A chapa
presidencial da direita para 2026, portanto, começa com a escalação do atual
governador de São Paulo Tarcísio de Freitas na cabeça e Michele Bolsonaro,
esposa do mito, a vice. Mas serão quase quatro anos até a próxima eleição ao
Planalto podendo mudar muita coisa até lá.
Nos municípios
Os
partidos ligados a base do ex-presidente estimam eleger até 1000 prefeitos nas
eleições municipais do ano que vem. Mas sem Bolsonaro candidato a presidente para
puxar votos as contas deverão ser refeitas, inclusive em Rondônia, o terceiro
maior reduto bolsonarista, mas onde não teve também manifestações de protestos
contra a decisão do supremo, tornando o ex-presidente inelegível. Mesmo porque
Bolsonaro sem recursos públicos para pagar cercadinhos, carreatas, e grandes
manifestações era uma coisa. Duro e com a má fama de apunhalar aliados,
Bolsonaro ainda mantém um baita patrimônio eleitoral, mas também vai ter que
refazer suas contas e seu planejamento.
Investindo na capital
Por
falar em bolsonarismo, o senador Jaime Bagatolli (PL-RO) começa a centrar
esforços em Porto Velho, onde estão dois terços do eleitorado rondoniense. Ele
nem disfarça mais, é um possível candidato à sucessão do governador Marcos
Rocha (União) e deve se bater com o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves
(União). O pontapé inicial de Bagatolli em abrir trincheira em Porto Velho é a
conquista de recursos para infraestrutura, inclusive para a conclusão do anel
viário de Porto Velho cuja obra tem sido postergada nos últimos anos.
Nazif animado
Animado
com a convocação das bases do seu partido e de lideranças de outras legendas de
sua aliança para disputar a prefeitura de Porto Velho, o ex-prefeito Mauro Nazif
(PSB) começa os primeiros movimentos para viabilizar sua postulação ao Paço
Municipal. O fracionamento das forças
conservadoras derivadas do bolsonarismo, com pelo menos quatro candidatos,
ajuda Nazif a chegar pelo menos ao segundo turno, caso consiga unir as forças
de centro-esquerda. Do Diretório Nacional, Nazif tem a garantia que se for
candidato contará com o apoio e a presença do atual vice-presidente Geraldo
Alckmin no seu palanque na capital rondoniense;
Primeira projeção
Sempre
lembrando que política não é uma ciência exata e tampouco lido com picaretagens
de pesquisas tão antecipadas, vejo a possível candidata Mariana Carvalho
(Progressistas) como a mais prejudicada com a presença da candidatura Nazif.
Ele atinge muito o eleitorado da ex-tucaninha, agora candidata da igreja universal,
o que que poderá ser útil também para outros postulantes conservadores
como Leo Moraes (Podemos), Fernando Máximo
(União) e Cristiane Lopes (União) ou algum postulante com apoio do ultraconservador
Bagatolli (PL) com grande interesse na eleição da capital.
Via Direta
*** Volto a cobrar a instalação de um distrito
policial na região do porto Cai N’Água, região onde funciona agora o terminal
rodoviário provisório de Porto Velho *** A incidência de roubos, assaltos com inúmeros
drogados é enorme e as autoridades de segurança precisam dar uma resposta a
sociedade a respeito desta situação que se arrasta também para todo o centro histórico da capital
rondoniense *** Ainda vai longe para a
prefeitura de Porto Velho atender as necessidades da regularização fundiária
urbana *** Algumas regiões, casos do setor chacareiro e as margens da BR
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processos em andamento.
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