Terça-feira, 5 de novembro de 2024 - 07h25
No Dia
da Padroeira do Brasil, 12 de outubro, o papa Francisco enviou um importante recado
aos fiéis católicos: “Sigam em frente, com essa mensagem da Virgem, que é toda
a harmonia: harmonia entre todos os cristãos, harmonia com toda a humanidade e
harmonia climática. Temos que cuidar um dos outros e cuidar do clima”.
Seguir
em frente é não perder tempo com as disputas do passado. A harmonia entre os
cristãos significa a própria palavra religião: religar o ser humano ao todo
universal, que é harmonioso. Sem harmonia os planetas colidiriam, o sol já
teria queimado a Terra e a humanidade não existiria mais.
São
reflexões naturais quando se trata de uma compreensão superior do ser humano e
sua vivência espiritual. Mas o recado final do líder religioso vai além do que
já é eterno e permanente: “Temos que cuidar um dos outros e cuidar do clima”. Viver
às turras por motivos egoístas, preferindo brigas e insultos a sanar as causas
da piora climática é o contrário do religar espiritual.
Francisco
manda um recado gentil de união, mas a ONU avisa, duramente, que hoje quase 750
milhões de pessoas passam fome no mundo enquanto cerca de 1 bilhão de refeições
por dia vão para o lixo. O Brasil vai fazendo sua parte, produzindo alimentos
em quantidades crescentes. Se a mensagem “cuidar um dos outros” for atendida,
não haverá mais ninguém com fome.
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A transição
Começou
a transição entre a administração do prefeito Hildon Chaves (PSDB), detentor de
uma gestão histórica, mas não tão popular como acreditava com 90 por cento de
aprovação, e a nova gestão do prefeito Leo Moraes. Uma transição onde o alcaide
atual está colaborando muito, até antecipou o início dos trabalhos a pedido de
Leo. Hildão era para estar bem irado com o punhal da traição do CPA, mas foi
bom cabrito, não berrou e aceitou tudo numa boa. Vamos ver se lá adiante não coloca
sua bancada de vereadores –elegeu quase toda ela – para fustigar Leo Moraes.
Pedra cantada
Eu
vou de pedra cantada e sem querer voduzar ninguém, não acredito que o prefeito
Hildon Chaves se eleja a uma cadeira ao Senado ou ao governo estadual em 2026,
embora em Porto Velho conquiste uma grande vitória sejam quais forem os
concorrentes. Ocorre que no interior do estado, com dois terços do eleitorado
rondoniense, ele está nu com a mão no bolso. E com a derrota de Mariana, os adversários
apararam as asas do tucano em pleno voo. Tudo isto para dizer, que daqui a
quatro anos, Hildon Chaves volta com tudo na disputa do Prédio do Relógio. E mesmo
Leo fazendo uma grande gestão, vai sofrer na unha com o tucano. Leo e Hildon
são as duas grandes lideranças da capital e com certeza vão se enfrentar mais à
frente em disputas de cargos eletivos.
Troca-troca
Circula
nos bastidores políticos rondonienses uma troca-troca de políticos nos partidos
para 2026. Em Porto Velho, o deputado federal Coronel Crisóstomo (PL), que está
sendo expulso a sua legenda, e o ex-prefeito Mauro Nazif, deixando o PSB, em
Ouro Preto do Oeste por conveniências partidárias o deputado federal Lucio
Mosquini (MDB), em Ji-Paraná o ex-prefeito Jesualdo Pires e assim por diante.
Trata-se de acomodações para as eleições de 2026. Também, em Porto Velho, o ex-prefeito
Roberto Sobrinho, que foi expoente do PT tem convite de vários partidos para
disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados em 2026.
Uma trégua
Existem
costuras em andamento entre o prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) e a expressiva
bancada de vereadores eleita pelos seus adversários na recente eleição de
outubro. Com isto, possivelmente teremos pelo menos uma boa trégua para o novo
prefeito começar a administrar o município de Porto Velho sem tantos percalços.
Na grande maioria, a intenção inicial de alguns vereadores oposicionistas era colocar
Leo de joelhos, se adonar de secretarias importantes, nomear parentes e
apadrinhados, vender de pão da merenda escolar a maquinários a municipalidade
além do abastecimento de insumos para a saúde e educação.
O pedagiamento
Não
demora, o cara pálida de Porto Velho vai pagar pedágio caro na BR- 364, a
rodovia Marechal Rondon entre a capital e Vilhena, conforme as tratativas do
Ministério dos Transportes e as licitações anunciadas para as obras de
restauração e duplicação da rodovia. Trafegar na BR vai ficar caro. De Onix,
umas cem pratas daqui a Vilhena. Promete-se que a rodovia da morte será
impecável, com duplicação de toda pista, qualidade de asfaltamento, etc, etc.
As empreiteiras já devem estar comemorando. Sempre elas enchem os bolsos com os
pedagiamentos e nós pobres aldeões é que pagamos o pato.
Virando a casaca
O
prefeito Hildon Chaves, descansando da campanha eleitoral, lambendo as feridas
da derrota da sua ungida Mariana Carvalho, mas deve estar se contorcendo de
indignação com os vereadores eleitos na sua aliança, que foram todos os 23
edis. Ocorre que a maioria já virou a casaca, justificando a necessidade de dar
governabilidade a nova gestão. Hildon é bom cabrito, não berra, mas com certeza
não esperava tantas deserções. No serpentário político, o punhal da traição é
algo constante e algumas traições políticas são de dar um nó na garganta. O
czar tucano deve estar entalado e se perguntando: “Até tu, Brutus?”.
Via Direta
*** Em Rio Branco, o prefeito reeleito
Tião Bocalon anunciou que vai interferir na eleição da nova mesa diretora da Câmara
dos Vereadores. Lá, ele pode, já que elegeu uma boa bancada *** Já, em Porto Velho,
fica mais difícil para o prefeito eleito Leo Moraes eleger algum ungido na presidência
da casa de leis. Os 23 vereadores eleitos são da oposição, embora boa parte já
tenha virado a casaca para dar governabilidade ao novo alcaide *** A propósito da eleição da nova mesa diretora
da próxima legislatura pegou bem o pronunciamento do vereador reeleito Everaldo
Fogaça dando com que não aceita participar de conspirações *** Ele entende
que é possível manter a harmonia entre os poderes Legislativo e o Executivo sem
recorrer aos velhos esquemas.
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