Turismo valoriza terra indígena no Acre

DIEGO GURGEL
De Rio Branco

A Secretária de Turismo e Lazer (Setul) e Lazer Ilmara Lima recebeu os representantes de aldeias indígenas e da empresa licitada para assinar a ordem de serviço para as obras de infraestrutura que beneficiarão comunidades dos municípios de Jordão e Tarauacá.
 

Os recursos para as aldeias Nova Esperança e Mutum, em Tarauacá, e Lago Lindo, no Jordão, foram obtidos no BNDES V, fruto de iniciativas das etnias envolvidas, da Assessoria Especial dos Povos Indígenas e da Setul.
 

As estruturas construídas nestes locais são basicamente alojamentos para recepcionar os visitantes, principalmente em época de festivais indígenas, e também refeitórios adequados. Esses empreendimentos garantem a inclusão social dos povos indígenas, com o objetivo de garantir a gestão ambiental e integridade de suas terras, assim como as formas sustentáveis de produção, e novas alternativas de renda.
 

Previamente foram feitos estudos ambientais e culturais aferidos pelo Ibama, garantindo a redução dos impactos causados. A Funai garantiu a construção de estruturas em pequenas zonas já desmatadas nas aldeias, minimizando os danos causados à natureza. O Grupo de Trabalho criado em 2011 pela Setul para o desenvolvimento do etnoturismo no Estado do Acre acompanha as obras.
 

“O Acre está mostrando o respeito pelos povos indígenas de todo o Brasil, não apenas do nosso estado, por dar atenção a projetos importantes como este”, opina o representante da etnia yawanawá, Biraci Brasil.
 

Para a secretária da Setul, Ilmara Lima, o desenvolvimento do turismo promove a difusão da cultura indígena: “Uma vez mais, o Governo do Estado promove a inclusão social dos povos indígenas, e este é um grande passo para o turismo regional”, ela diz.
 

Para Biraci, a quantidade de visitantes a cada a no aumentará, graças à infraestrutura oferecida em 2011, quando as aldeias receberam visitantes de 18 países, uma situação que não ocorre no restante do País.