Domingo, 16 de novembro de 2025 - 07h55

Ainda não há informação oficial, até porque o secretário de saúde Coronel Jefferson Rocha, embora considere “uma ótima área”, diga que não sabe nada, oficialmente, sobre o assunto. Mas o negócio já estaria fechado. O Governo de Rondônia estaria adquirindo, por 67 milhões de reais, toda a área de 80 mil metros quadrados e 30 mil metros construídos, em dois grandes prédios, o imóvel que pertencia à antiga Faculdade Uniron, localizado na avenida Mamoré, zona leste, a pouca distância da BR 364. Inaugurado em 2003, como um dos maiores campos universitários de Rondônia e da região norte, a Uniron se uniu, em 2016, ao Centro Universitário Norte. Em 2023 passou a integrar uma só organização, liderada pelo Grupo Sapiens, criado por Milton Pellucio e dirigido por seu filho, o empresário Guto Pellucio.
O governo pode anunciar em breve a conclusão do negócio e os planos para que toda a estrutura seja transformada num grande hospital. É possível que, feitas as adaptações necessárias, o local se torne o tão sonhado Heuro de Rondônia, uma promessa que o governador Marcos Rocha havia feito, para que, finalmente, a Capital dos rondonienses tivessem seu hospital público para urgências e emergências.
Até a noite da sexta-feira, quando uma fonte muito bem informada sobre o assunto confirmou que o prego foi batido e a ponta virada, não havia confirmação oficial do negócio nem da Sesau e nem do Governo do Estado. Questionado, ao menos até o final do sábado, o secretário Coronel Jefferson preferiu afirmar que não sabe nada sobre o caso da compra, embora elogie a área.
O que se sabe é que o pedido dos proprietários dos 80 mil metros quadrados e dos prédios haviam pedido 70 milhões de reais. Na negociação que aconteceu, ouviu-se, nos bastidores, que o preço teria caído 3 milhões, fechando nos 67 milhões de reais. O pagamento, pelo acordo, deverá ser feito até 15 de dezembro.
O governador Marcos Rocha já havia comentado sobre o assunto do Hospital várias vezes, mas não citou a área da Uniron. O assunto vazou, contudo. O Estado já havia reservado um valor aproximado de 70 milhões para investir ou na construção de um novo prédio para abrigar o Heuro ou na compra de uma área e edificações já existentes. A opção, no final, teria sido pela área da Uniron.
Nos próximos dias, devem começar a ser dadas informações oficiais sobre
o assunto, inclusive nos investimentos que ainda precisarão ser feitos, para
adaptação dos prédios, que somados, têm 30 mil metros de área construída. Estas
construções representam, por exemplo, três vezes o tamanho do nosso Hospital de
Base, que tem 10 mil metros no prédio físico. Agora, é aguardar para termos,
enfim, o grande hospital que Porto Velho tanto precisa e para que o Governo Marcos
Rocha consiga, enfim, comemorar este grande avanço para todos os rondonienses.
SENADORES, DEPUTADOS E
PRODUTORES NÃO VÃO ENTREGAR OS PONTOS PARA A BRUTALIDADE DA FUNAI
Rondônia não vai se entregar tão
fácil à ideologia e a decisões judiciais incríveis, que mandam retirar de suas
terras gente pobre, trabalhadora, que vive do seu suor em alguns casos há 40
anos e com toda a documentação exigida.
A decisão monocrática do agora
ex-ministro Luís Roberto Barroso, que ignorou documentos emitidos pelo Incra e
mandou defenestrar toda esta gente, nas áreas no entorno da terra dos
Uru-Weu-Wau-Au, é dessas excrescências jurídicas que só são aceitas mesmo neste
Brasil da politização de parte do Judiciário.
Duas comitivas do Senado já vieram ao
Estado, para ver a situação de perto. A última, composta pela senadora Damares
Alves e os senadores rondonienses Jaime Bagattoli e Marcos Rogério, mais que
comprovaram abusos absurdos contra os direitos humanos. Como por exemplo
destruir bens e queimar casas, os lares de famílias, algo que não foi
autorizado pelo STF e por nenhum tribunal.
Um dos que mais têm lutado contra
esses abusos da Funai e da Força Nacional, entre outros grupos que atacam as
propriedades, o deputado Lúcio Mosquini,
continua desafiando a Funai a provar que o erro da demarcação das terras não
foi do Incra.
Ambos são órgãos do mesmo governo,
mas a tirania da destruição tem gritado mais alto. Damares e seus companheiros
prometem que o Senado tomará providências. Mosquini garante que vai batalhar
até o fim. Vários deputados estaduais também estão envolvidos na luta. Não
vamos nos entregar tão fácil à força bruta.
ROCHA DEFENDE CUIDADOS AMBIENTAIS, MAS LEMBRA QUE “AS PESSOAS TAMBÉM PRECISAM SER PRESERVADAS”!
Toda a preocupação com as questões
ambientais, investimentos pesados, busca de inovação e olhos sempre voltados
para energia
limpa, industrialização verde, agricultura sustentável, educação ambiental e
governança climática. Mas jamais sem esquecer as pessoas que aqui vivem. Este é
o resumo da posição de Rondônia durante a COP 30. Num vídeo postado nas redes
sociais, o governador Marcos Rocha destaca que “Rondônia não poderia ficar fora
da COP 30 e apresentar seus em defesa do
meio ambiente, como o Plano Futura – Rondônia Rumo ao Desenvolvimento
Sustentável e Inclusivo”
“Contudo, tão importante quanto isso
– destacou o Governador rondoniense – “mas também é muito importante lembrarmos
que existem milhares e milhares de pessoas e que também merecem ser
preservadas”, disse, num jogo de palavras criativo em relação à preservação da
floresta. Rocha afirmou que não se pode mais viver apenas repetindo jargões. O
é necessário, opinou, que se saiba que na COP não se trata só de ambiente, mas
também de negócios e empresas.
Neste pacote de convivência positiva
entre meio ambiente, empresas e pessoas, Rocha lembrou que “queremos atrair
cada vez mais empresas. Não é à toa que somos hoje o menor índice de desemprego
do país. Temos que cuidar das questões ambientais, mas nunca podemos esquecer
das pessoas que aqui vivem”, gravou.
BANDIDOS ROUBAM
FIAÇÃO DA CAERD E PARTE DO CENTRO DA CAPITAL PODE FICAR SEM ÁGUA NOS PRÓXIMOS
DIAS
Eles chegaram na calada
da madrugada. Arrancaram oito “pernas” de cabos de energia de 185 milímetros,
caríssimos. Os cabos são vitais para a captação de água bruta, que depois de
passar pelos processos de decantação, são distribuídos aos porto-velhenses pela
rede da Caerd. Os bandidos sabiam o que estavam fazendo. O crime deles pode
deixar pelo menos 30 por cento das residências da área mais central de Porto Velho completamente sem água, por
pelo menos dois dias, mas pode ser até mais. Como o sábado foi feriado e o
roubo foi na madrugada de sexta, teríamos ainda um domingo pela frente e só na
segunda, se tudo der certo, um novo material poderá ser adquirido.
Ex-diretor
da Caerd e hoje secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, o engenheiro
Lauro Fernandes, personagem dos mais respeitados onde quer que atue, divulgou
um vídeo se solidarizando com seus ex-colegas da Caerd e, ao mesmo tempo,
conclamando as autoridades policiais para que localizem e prendam estes
bandidos. Por causa deles, milhares de pessoas poderão ser prejudicadas,
ficando alguns dias sem água nas suas casas.
Para Fernandes, “isto não pode ficar
impune!”. Lembrou que os cabos de energia furtados, de cobre, “custam uma
fortuna”” e pediu que os bandidos responsáveis sejam capturados e que sofram os
mais duros rigores da lei. Disse ainda que "muita gente precisa dessa
água, porque água é vida. Daí vêm estes covardes e fazer um negócio desses com
a população”. A Caerd já está trabalhando no sentido de resolver o problema,
mas as máquinas terão que ser retiradas e consertadas, antes de voltarem a
funcionar. Não é trabalho para pouco tempo. Portanto, quem vive na região
atingida, que economize o máximo possível de água.
LEILÃO EM BENEFÍCIO DO
HOSPITAL DO AMOR, QUE ATENDE MILHARES DE PACIENTES DE CÂNCER, SERÁ DIA 7
Todos os meses, o Hospital do Amor,
que atende mensalmente 16 mil porto-velhenses para tratamento de câncer (sem
contar as pessoas que vêm de outras cidades), precisa uma suplementação de
recursos na ordem de 4 milhões de reais. Os 7 milhões que ele recebe do SUS são
insuficientes para cobrir os 11 milhões de custo mensal. O que ajuda o Hospital
a sobreviver são doações, campanhas, movimentações sociais e os leilões,
promovidos por gente caridosa do agronegócio, que se mobiliza para ajudar seus
semelhantes, nas horas mais difíceis de suas vidas.
É neste contexto que está em
andamento e terá seu ápice no dia 7 de dezembro próximo, o tradicional Leilão Beneficente Direito de
Viver, que chega à sua 10ª
edição. O leilão principal vai acontecer no Rancho Alto (BR-364, Km 16 –
sentido Acre). O evento reunirá produtores rurais, empresários e profissionais
de diversos setores em uma grande corrente solidária em prol do Hospital de Amor Amazônia. As
doações já estão acontecendo e, no final do leilão, a meta é chegar a uma
arrecadação total de 2 milhões de reais.
O coordenador do evento, o pecuarista Ivanir Gurgel do Amaral,
acompanhado do coordenador geral de arrecadação do Hospital do Amor, Leandro
Oliveira, participaram do programa Papo de Redação, na Rádio Parecis FM, com os
Dinossauros do Rádio, aproveitando para conclamar a coletividade a contribuir
com a ação em benefício do Hospital do Câncer. Além do leilão de gado, este ano
o evento terá dois outros prêmios: um carro zero quilômetro e também uma moto
zero.
POR QUE A LCP ATUA HÁ
MAIS DE 25 ANOS E NUNCA FOI TRATADA COMO ORGANIZAÇÃO TERRORISTA?
Há uma preocupação de algumas
autoridades em tentar mante o grupo terrorista e criminoso da Liga dos
Camponeses Pobres (LCP) como se apenas alguns líderes devessem ser
encarcerados, enquanto a maioria dos membros do grupo seria gente cooptada,
gente pobre sem-terra, seguindo falsas promessas. Claro que isso é um erro
grave e, tirando-se a ideologia que ainda protege este tipo de bandido, não há
explicação para esta visão distorcida.
Fortemente armada, com fuzis,
espingardas e armas pesadas, com munição utilizada em guerras (de onde eles
conseguem tudo isso?) a LCP ataca em Rondônia há mais de 25 anos. Destrói
propriedades, máquinas, equipamentos, derruba a floresta e depois negocia a
propriedade invadida. Foi isso, aliás, que levou as autoridades, lideradas pelo
Ministério Público, a envolver mais de 400 policiais numa megaoperação nesta
semana, quando um criminoso, líder do bando, morreu em confronto com Polícia e
a mulher dele foi ferida.
Ora, se este grupo tivesse sido
contido quando iniciou suas atividades criminosas, no final dos anos 90,
certamente a situação não chegaria ao que chegou hoje. Depois de muitas mortes
de inocentes, prejuízos, incontáveis, usando armas que nem a Polícia usa,
treinando táticas de guerrilha e atacando propriedades, os líderes do grupo
fizeram fortuna. Alguns foram pegos, mas há muitos outros, à solta, que
continuam sua trajetória de crimes.
INVASORES DESTRUÍRAM A
FAZENDA E A PLANTAÇÃO DE MOGNO. PREJUÍZOS SUPERARAM OS 300 MILHÕES DE REAIS
No final da operação desta semana,
foram congelados bens no valor de mais de 2 bilhões de reais do grupo
criminoso. Vários produtores perderam senão tudo, quase tudo o que tinham e,
até hoje, os que morreram não puderam deixar nada para seus descendentes. Há
inúmeros exemplos. Um deles foi o caso do falecido líder dos produtores rurais
do Estado, Sebastião Conti Neto. No Seringal Bom Futuro, também chamada de
Fazenda do Conti, os ataques seguidos do grupo ocorreram por vários anos.
Quando Conti conseguiu uma
reintegração de posse, tinha que providenciar todo o apoio logístico para o
cumprimento da decisão judicial. Quando conseguia, os bandidos fugiam. Dias
depois, retornavam, destruindo tudo de novo. E o proprietário tinha que começar
todo o processo do zero. Morreu certamente ao ver sua propriedade, onde tinha
uma grande plantação de mogno, se destruída dia após dia, sem ter nenhum apoio
e sem ter a quem recorrer.
Os bandidos arrancaram as árvores de
mogno, algumas ainda crescendo, venderam toda a madeira, destruíram a fazendo,
colocaram fogo, roubaram tudo o que puderam. Na época, o prejuízo calculado era
de 300 milhões de reais. A família de Conti, até hoje, luta na Justiça para que
sei direito seja respeitado. Algum dia o será?
O fracasso do Estado, da legislação
que já naquela época protegia bandidos, considerando-os apenas pobres sem-terra
e o lava-mãos, que permitiu que a LCP chegasse onde chegou, é uma mancha na
História de Rondônia, que permanecerá por longos anos.
CÂMARA: CASO TEZZARI,
LIXO E PROJETO POLÊMICO SERÃO TEMAS NESTA SEMANA QUE INICIA
A Câmara de Vereadores de Porto
Velho ferve nos últimos dias. Há casos que terão desdobramentos importantes nesta semana que se inicia. O
primeiro deles envolve o vereador Thiago
Tezzari, afastado e sob investigação, sob suspeita de rachadinha. O Ministério
Público e a Polícia Civil pediram que ele fosse mantido longe da Câmara por
seis meses, mas a Justiça concedeu apenas mais 30 dias. Outra questão complexa
é o caso do lixo, que tem sido pauta constante dos vereadores. Há pedidos para
comparecimento de secretários, mas até o final de semana não havia informação
definitiva sobre o assunto.
A questão do lixo ainda está
pendente. Vários bairros continuavam sem atendimento normal, pelo menos até a
sexta-feira. Entre eles, o bairro Lagoa, a Campo Sales, perto do INSS; bairros
da zona sul e leste. As reclamações continuam em grande número, apesar do
esforço da Prefeitura em exigir que a empresa que está com o contrato
emergencial cumpra na íntegra a missão de manter a cidade limpa. Há mais de
duas semanas as reclamações se acumulam, embora em algumas áreas já tenha
havido recolhimento pelo menos a cada três dias.
Outra questão polêmica envolve a
vereadora Sofia Andrade. Ela apresentou projeto, copiado da Prefeitura de
Florianópolis, que determina que quem chegar na Rodoviária em Porto Velho sem
endereço e sem trabalho, seja mandado de volta de onde veio. O caso repercutiu
e o projeto, aprovado pelos vereadores, está com o prefeito Léo Moraes, para
sanção ou veto. A tendência era de veto, segundo comentários dos
bastidores.
PROJETO DE CRISPIN QUER
PROTEGER PRODUTOR RURAL DA CONCORRÊNCIA DO LEITE IMPORTADO
Foi pensando no produtor de leite
rondoniense, que acorda de madrugada para a ordenha e sobrevive com
dificuldades, que o deputado estadual Ismael Crispin apresentou projeto de lei,
na Assembleia, proibindo a importação de leite. A proposta proíbe a
reconstituição de leite em pó e derivados de origem importada para fabricação
de alimentos em Rondônia.
“Estamos falando de famílias que
acordam cedo, enfrentam sol e chuva, e que veem seu trabalho ser desvalorizado
por produtos estrangeiros que chegam ao mercado a preços inviáveis para o
produtor rondoniense competir”, afirma o deputado.
O texto do projeto proíbe que
indústrias, laticínios ou qualquer pessoa jurídica utilizem leite em pó,
composto lácteo, soro de leite e outros derivados importados na fabricação de
produtos destinados ao consumo humano. A exceção vale apenas para produtos
embalados para o consumidor final e dentro das normas da Anvisa.
Além de proteger o produtor, o
projeto também reforça a segurança alimentar, garantindo ao consumidor produtos
com origem rastreável e conformidade com as normas sanitárias nacionais. Para
Crispin, “fortalecer o setor leiteiro significa garantir renda, dignidade e
permanência das famílias no campo, preservando a vocação agropecuária de
Rondônia”.
A proposta foi inspirada em legislação
semelhante aprovada no Paraná, a proposta incentiva a industrialização local e
estimula que o valor agregado permaneça dentro do Estado, impulsionando o
agronegócio.
PERGUNTINHA
Qual sua opinião sobre as
declarações do senador amazonense Plínio Valério, um dos grandes defensores da
nossa região, quando disse que “enquanto
o mundo aplaude discursos bonitos, os verdadeiros Amazônidas, nossos indígenas,
estão protestando porque sabem que são usados por ONGs e aproveitadores. O
indígena não quer ser vítima. Quer ser protagonista da própria história”?
Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Mega operação liderada pelo MP acaba com quadrilha do LCP e aliados responsáveis por vários crimes
Prisões, mais de 2 bilhões de reais em bens bloqueados. Perto de 25 mil hectares de área devastada, algo como se tivessem sido abertos na

Uma semana e meia depois, o problema da troca de empresas para recolhimento do lixo em Porto Velho continua afetando a população e, mesmo sem culpa

É uma história que tem o lado bom da resiliência, da luta familiar, da batalha contra uma doença terrível. E o lado tétrico da bandidagem,

Imagine-se você, cidadão brasileiro comum, andando por sua cidade com uma arma não registrada e, por azar, ser abordado pela polícia. Pelo
Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)