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Sergio Pires

Governador quer expulsar pessoas de suas casas e desapropriar imóveis + O radicalismo e o direito de opinar + Casos crescem no Estado


Governador quer expulsar pessoas de suas casas e desapropriar imóveis + O radicalismo e o direito de opinar + Casos crescem no Estado - Gente de Opinião

GOVERNADOR QUER EXPULSAR PESSOAS DE SUAS CASAS E DESAPROPRIAR IMÓVEIS. NÃO SERÁ O ESTADO DE SÍTIO?

O governador do Piauí implantou o regime de terror no seu Estado. Entre outras coisas, decidiu que agentes policiais podem invadir casas, retirar pessoas à força e até desapropriar imóveis, por causa da crise do corona vírus. Lá, ao menos até agora, a Justiça não se pronunciou sobre esse assunto, que está deixando o país inteiro de cabelos em pé. Quem é Wellington Dias? É um governador eleito pelo PT, que faz oposição ao governo Bolsonaro e que está entre os que consideram o chefe da Nação como ditador e fascista. Qual será o adjetivo a ser dado a um líder que toma uma medida como essas contra sua população? Em vários outros Estados, governadores, entre os que assinaram um documento de protesto contra o Presidente, considerando que alguns dos seus discursos são contra a democracia, ordenaram a retirada à força de pessoas das ruas. Cenas ridículas, de PMs prendendo e agredindo comerciantes, que querem trabalhar; de uma mulher que estava sentada sozinha num  banco de praça sendo agredida ou de uma jovem de biquíni, que caminhava à beira do mar, retirada à força, foram mostradas a todo o país. Será que nesses casos todos, não haverá intervenção judicial? Se permitirá que esse verdadeiro estado de sítio seja decidido por governadores e seja implantado no país, sem qualquer reação? Para o STF, as decisões dos governadores e prefeitos têm valor legal. Mas será que só para os que são a favor do isolamento e da violência contra a população?

Porque o que se tem observado – Rondônia é um exemplo claro disso – que decisões que não rezem pela cartilha do absoluto isolamento, são consideradas ilegais pela Justiça. Tanto decretos do governador Marcos Rocha quanto do prefeito Hildon Chaves, com alguma flexibilidade e o retorno gradual às atividades econômicas, mesmo com todos os cuidados, foram derrubados por decisão judicial, sem sequer terem tido tempo de serem praticados. No caso do decreto da Prefeitura, o Judiciário correu para derrubar a decisão em plena madrugada, horas depois que ele foi assinado. Provavelmente, deve ser um recorde de uma decisão, mesmo que liminar, em tão pouco tempo, em todo o sistema judicial brasileiro. Para os leigos, fica difícil entender. Um governador que assume posição de déspota, extrapolando qualquer ação de racionalidade e desrespeitando os direitos do povo, esse não é contestado imediatamente e nem corre o risco até de cassação. Mas os que pensam diferente e que acham que a doença tem que ser controlada e combatida, mas que para isso não é preciso quebrar o país, esses estão completamente errados? Dá para entender uma coisa dessas, num regime democrático, onde a lei deveria ser aplicada igualmente para todos? 

 

O RADICALISMO E O DIREITO DE OPINAR

Não há espaço para radicalismos, tanto de um lado como de outro. A defesa da volta do regime militar, da ditadura, do AI 5, é um daquelas loucuras coletivas que precisam ser contidas. Embora há que se respeitar o direito à manifestação (e até esses exageros têm que ser respeitados, tanto quanto o são os defensores da maconha livre ou de crianças em exposição tocando pessoas nuas), mas é óbvio que isso é muito ruim para o país. Quem viveu na era da ditadura militar, certamente não gostaria que aquele sistema, mesmo que tenha livrado o país do comunismo, num primeiro momento e depois se tornou um período de 20 anos de dureza, não torce pela volta dos militares ao poder. Temos que batalhar pela democracia, embora, claro, algumas medidas tomadas no Congresso e nos tribunais – e principalmente no STF – revoltem muita gente. Só aprimorando o regime democrático, melhorando a qualidade dos membros de todos os poderes (os pelo voto e os por indicações), certamente teremos um país melhor, sem necessidade do uso da força bruta.  

 

CASOS CRESCEM NO ESTADO, MAS SEM ASSUSTAR

Foram 29 novos casos de pessoas com confirmação de estarem infectadas pelo corona vírus em Rondônia, nas últimas 24 horas. Até a noite desta terça, 223 rondonienses estão com a doença. Na segunda, um erro divulgou 199 casos, quando na verdade eram 194. Há 12 pacientes internados e, na maioria dos casos, não se constatou gravidade, ao menos até agora. Temos já, entre esses 223, um total de 40 pessoas totalmente curadas. O total de casos descartados subiu para 1.220 e há, ainda, 115 aguardando resultados de exames. Dos novos casos, a grande maioria é de Porto Velho. Foi também o primeiro caso registrado em Pimenta Bueno. Porto Velho tem agora 163 pessoas atingidas pela doença. Nesta terça também foi registrada, infelizmente, a quinta morte no Estado, dessa vez em Cacoal. Todas as vitimas fatais tinham mais de 60 anos.  A segunda cidade com o maior número de casos é Ariquemes. São 39 casos no total, segundo números oficiais da Secretaria de Saúde. Desses, 34 estão se recuperando em casa. Há duas pessoas internadas e outras duas transferidas para Porto Velho.

 

 

SÃO 153 DIAS POR ANO PARA PAGAR IMPOSTOS

Trabalhamos 153 dias do ano, em 2019, apenas para pagar impostos. Ou seja, cerca de 42 por cento de todos os dias  que nos esforçamos para nos sustentar e sustentar nossas famílias, são dedicados a encher os cofres de Municipais, Estados e União. Nesses 113 primeiros dias do ano, completados nessa quarta, mais de 45 dias foram dedicados a mandar o resultado do nosso suor para os cofres governamentais. O país inteiro, até o início da tarde desta terça, em pleno feriado, havia pago quase 650 bilhões de reais, segundo o Impostômetro. Para os cofres públicos do Estado, os valores já chegaram a perto de 2 bilhões e 900 milhões de reais.  Para a Prefeitura, os impostos pagos já estavam entrando na casa da 184 milhões de reais. Obviamente que os números não continuarão crescendo nesse mesmo ritmo, por causa da paralisação da economia, causada  pelo corona vírus, mas até agora, os valores que pagamos para manter toda a obesidade mórbida dos poderes, continuam crescendo.

 

A CRISE DO DECRETO DA PESCA

Veio de um dos seus mais fiéis auxiliares, membro daquele time de parceria de primeira hora, um dos mais duros eventos contra o governo de Marcos Rocha. A tal ponto que, numa atitude inédita na recente história do Estado, um Governador veio a público, protestar contra uma medida tomada por um secretário, desautorizando-o e cancelando a ordem dada pelo assessor de primeiro escalão. O caso envolveu o poderoso secretário do Meio Ambiente, Elias Rezende. Sem consultar o chefe, aquele que manda e decide, aquele que tem a autoridade para dizer “faça” ou “não faça”, Rezende, orientado pelo procurador da Sedam, Matheus Dantas,  emitiu decreto proibindo a pesca esportiva e de lazer por 120 dias, ou seja, quatro meses, embora não tenha explicado no texto, mas provavelmente por causa da crise do corona vírus, o que não só irritou o Rocha, como, pela primeira vez desde que assumiu, se sentiu um tom de voz um pouco mais agressivo, ao proibir a proibição e desautorizar seu secretário. O caso ainda pode ter desdobramentos, mas uma coisa é  certa: a partir de agora, nenhum outro secretário vai tomar qualquer decisão importante sem consultar o chefe...

 

SEM EVENTOS IMPORTANTES, ESTADO PERDE MUITO

Rondônia Rural Show, Expo Porto, Arraial Flor do Maracujá: três dos  maiores eventos promovidos pelo governo do Estado, já estão fora do calendário, ao menos neste primeiro semestre. A crise do corona vírus direcionou todo o esforço de várias secretarias e do próprio chefe do Executivo para prevenir e combater a doença. “Nunca imaginei que fosse governador de Rondônia num momento como esse, numa crise desse tamanho. Mas vamos trabalhar duro e vamos vencer!”, disse o Governador sobre o tema. O que ele e nenhuma outra pessoa sabem é se os grandes eventos, que já se tornaram tradição em Rondônia, poderão ser realizados ainda esse ano e muito menos quando. A não realização da Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná, por exemplo, pode representar um prejuízo financeiro na ordem de 700 milhões de reais, afora os negócios indiretos que proporciona. Já a parada do Arraial Flor do Maracujá será, certamente, uma grande perda para a cultura de Porto Velho e de Rondônia, já que é o maior evento semelhante entre os maiores da região norte e atrai visitantes de todo o Estado e de regiões vizinhas. A Expo Porto voltou há pouco e ainda não pode ser considerado um grande prejuízo.

 

VACINA EM HUMANOS COMEÇA TESTES

Claro   que o que interessa é a notícia ruim. O número de contaminados. O número de mortos. O fato de mais da metade dos que pegaram o corona vírus estarem curados é detalhe secundário. Mais secundário ainda, no noticiário que prioriza a tragédia; que politizou a doença; que tenta jogar médicos, enfermeiros e a população contra as autoridades, ficou a informação de que, já nesta quinta-feira, será testada a primeira vacina, com chances reais de conter a Covid 19. É verdade. A vacina foi produzida na Universidade de Oxford, na Inglaterra e já teria dado resultados positivos em testes de laboratório. Sua aplicação em humanos, voluntários contaminados, deve acontecer a partir desta quinta. Como a grande mídia ignorou a informação, porque o importante é divulgar apenas o que assusta a população, há quem pense que possa ser apenas uma grande Fake News. Tomara que não seja....   

 

PERGUNTINHA

Você concorda ou discorda com a organização Repórteres Sem Fronteira, que acusa o presidente Bolsonaro e seus filhos de insultarem e humilharem jornalistas de todo o país, indo contra a liberdade de imprensa, sem qualquer motivo? 

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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