Quinta-feira, 28 de agosto de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Saúde

Suspeita de febre amarela não é motivo para 'pânico'


Hugo Costa
Agência Brasil


Apesar da morte recente de duas pessoas com suspeita de febre amarela e do temor da população que lota postos de saúde do Distrito Federal e de Goiás em busca de vacinas, o clima de “pânico” é desnecessário. A opinião é do virologista e professor do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, Paolo Zanotto, entrevistado hoje (9) na Rádio Nacional.

“A preocupação da população tem que ser com questões mais pragmáticas e diretas. Ou seja, o controle do vetor, do Aedes aegypti, que ao mesmo tempo vai ajudar a combater a dengue, e a busca da vacina. Acho que a gente não tem razão para entrar em pânico numa situação dessas”, opinou o especialista, ao explicar que o mosquito transmissor da febre amarela é o mesmo responsável pela dengue.
Outro aspecto relacionado à febre amarela ressaltado pelo professor é a característica silvestre da doença. Segundo ele, a transmissão do vírus em centros urbanos é incomum no Brasil.

“Temos que considerar o fato de que a febre amarela é uma zoonose. É uma doença de animais que é bem estabelecida numa relação entre macacos e mosquitos Aedes haemagogus , que ficam ali na mata, em região não-urbana, transmitindo vírus entre os macacos. Eventualmente, esse vírus pode ser transmitido pelo Aedes aegypt entre humanos”.

Na África, de acordo com o virologista, a transmissão do vírus em cidades ocorre de maneira mais freqüente.

Zanotto afirmou que a razão de não temer um surto de febre amarela está relacionada às medidas adotadas pelo governo até agora. “Não tenho tantas preocupações, dado que se tem a combinação de vacinas e controle de vetores. Acho que o ministério [da Saúde] está agindo de forma muito rápida e intensa”.

Os casos de macacos encontrados mortos com indícios de febre amarela  precisam ser avaliados com cautela, segundo o professor. Nos últimos meses, vários animais foram encontrado em situação suspeita nos municípios de Goiás e no Distrito Federal. A região da cidade de Unaí, Noroeste de Minas Gerais, também registrou ocorrência de micos e macacos mortos após apresentarem sintomas da doença. 

“A morte de macacos pode ser uma indicação de que o vírus esteja conseguindo uma certa prevalência, ou seja, está aumentando a quantidade dos vírus, mas isso precisa ser acompanhado em detalhes e com muito cuidado”, alertou o professor. Segundo ele, o período de incubação do vírus no corpo humano varia entre sete e dez dias.


 

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 28 de agosto de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Comunidade celebra inauguração da Unidade de Saúde da Família Três Marias

Comunidade celebra inauguração da Unidade de Saúde da Família Três Marias

Há quase 14 anos, moradores dos bairros Três Marias, Lagoinha e adjacências, na zona Leste de Porto Velho, enfrentavam uma dolorosa ausência: a falta

Governador Marcos Rocha investe mais de R$ 1,6 milhão na manutenção de hospitais

Governador Marcos Rocha investe mais de R$ 1,6 milhão na manutenção de hospitais

Para manter a saúde pública de Rondônia com espaços dignos e eficientes para pacientes e servidores, o governador Marcos Rocha investiu R$ 1.682.925

Após mais de uma década, USF Três Marias é entregue à comunidade

Após mais de uma década, USF Três Marias é entregue à comunidade

O final da tarde desta segunda-feira (25) ficará marcado na memória das comunidades dos bairros Três Marias, Lagoinha e adjacências. Depois de 13 anos

Graças à fiscalização do TCE-RO, ala infantil do Cosme e Damião ganha conforto térmico e atendimento mais humanizado

Graças à fiscalização do TCE-RO, ala infantil do Cosme e Damião ganha conforto térmico e atendimento mais humanizado

O calor excessivo já foi um desafio para quem precisava de atendimento na ala de internação rápida do Hospital Infantil Cosme e Damião, em Porto Vel

Gente de Opinião Quinta-feira, 28 de agosto de 2025 | Porto Velho (RO)