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Saúde pública não está preparada para detecção precoce de insuficiência renal


A detecção precoce da insuficiência renal, além de evitar que a doença se agrave no paciente, pode representar a diminuição no número de hemodiálises no Brasil, segundo informou o médico especialista Walquir Silva dos Santos, que, neste final de semana, ministrou aula a médicos da Capital e do interior, durante o segundo módulo do Curso de Educação Médica Continuada, realizado pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero).

Abordando o tema Nefrologia, com ênfase em gasometria e insuficiência renal aguda, Walquir Silva explicou que, apesar de a doença ser detectada precocemente, o serviço público de saúde não dispõe dos aparelhos necessários para o atendimento à população. “No geral, até os pacientes que fazem hemodiálise encontram dificuldade para atendimento”, lamenta.

Segundo abordagem do especialista durante o curso, a insuficiência renal pode ser detectada em estágios, dispostos na sigla em inglês R.I.F.L.E (Risco, Injuria, falência, louse (perda), estado final). “Se detectado ainda no primeiro estágio, a doença pode ser tratada com maior eficácia”, sustenta.

Além da falta de estrutura no serviço público, o especialista aponta também a cultura de alguns médicos, que só consideram o risco quando a doença já está num estágio avançado. “Falta aparelhagem nos hospitais públicos para trabalhar o atendimento ao paciente precoce, mas se houvesse o aparelho era preciso ainda trabalhar o médico para que haja uma mudança de costume”, salienta.

Walquir Silva faz ainda um alerta para o aumento de pacientes com problemas renais. Segundo ele o número de paciente tem aumentado a cada ano, enquanto o de médico permanece o mesmo. “Isso gera superlotação e filas nos hospitais porque um médico só tem que atender a centenas de pessoas, o que é humanamente impossível”.

O aumento no número de pacientes, segundo Walquir, se dá devido à expectativa de vida do brasileiro ter aumentado. “De três anos pra cá, o índice de mortalidade diminuiu. Ou seja, com as pessoas vivendo mais, aumenta o número de doenças degenerativas”.

Walquir sugere ainda que, para evitar a insuficiência renal, a população precisa mudar o estilo de vida, com mudança alimentar, ingestão de liquido e prática esportiva. “Evitando-se algumas doenças, se evita a insuficiência renal. Até porque há medicamento que são tóxicos para os rins”, alerta.

Fonte: Ascom/Cremero
 

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