Domingo, 28 de janeiro de 2024 - 08h20
Com o
início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de
dengue, chikungunya e Zika tende a aumentar. O vírus da dengue é transmitido
por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti. Existem quatro
sorotipos que causam a dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
De julho
de 2023 até janeiro deste ano, o Brasil registrou 370,205 casos prováveis de
dengue, segundo dados do Ministério da Saúde. Conforme a pasta, foram cerca de
182 casos a cada 100 mil habitantes. O número de casos é 17,6% maior que o
registrado em 2022. As regiões com os maiores coeficientes de incidência de
casos são Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Entre os estados, Acre, Minas Gerais,
Espirito Santo e o Distrito Federal apresentam as maiores incidências.
Em meio a
alta registrada de casos da doença no Brasil nas primeiras semanas de 2024,
medidas de combate e prevenção contra a proliferação do mosquito transmissor da
doença precisam ser intensificadas. Conforme o médico infectologista, Werciley
Júnior, para o combate à dengue são necessários um conjunto de ações em
diversas frentes.
“A
estratégia de combate à dengue tem que ser em várias posições. Primeiro,
prevenção do indivíduo com a vacinação. Segunda parte de prevenção, os cuidados
para prevenir sítios e criatórios, ou seja, higiene, limpeza de terrenos
baldios, orientação para todas as famílias para cuidados dentro e fora do
domicílio. Terceira coisa, o uso de repelente e outro ponto seria diagnóstico
precoce e intervenção rápida, ou seja, pessoas com sintomas ser rapidamente
avaliadas e gerar intervenção naquelas comunidades que têm casos aumentados”,
avalia.
O
Ministério da Saúde recomenda que medidas simples implementadas à rotina
podem ajudar na eliminação do mosquito. São indicadas as seguintes ações:
evitar deixar água parada em recipientes ao ar livre (potes, garrafas ou outros
recipientes que possam acumular água) para que não se tornem criadouros de
mosquitos; cobrir adequadamente os tanques e reservatórios de água para manter
os mosquitos afastado e evitar acumular lixo.
Morador
de Brasília, o empresário Felipe Oliveira, de 30 anos, conta como tem
procurado se prevenir contra a dengue. “A gente está redobrando o cuidado aqui
em casa. Colocando areia nos vasos de plantas, tirando água da calha, não
deixando acumular nenhum entulho, porque realmente tem que ter essa
preocupação”, relata.
Sinais e Sintomas
A dengue
pode variar desde uma doença sem manifestação de sintomas até quadros graves
com hemorragia e choque. Geralmente, os sinais aparecem de 4 a 10 dias após a
picada do mosquito infectado. O infectologista Werciley Júnior destaca os
principais sintomas da dengue.
“Paciente
com suspeita de dengue normalmente apresenta febre, dor no corpo associado a
dor articular, dor acima dos olhos e muita prostração. Então, na suspeita, o
ideal é sempre buscar assistência médica para que possa ser feito um exame de
sangue para avaliar a taxa de desidratação do paciente e as plaquetas. Caso o
exame não esteja alterado e a pessoa consiga se hidratar, o tratamento base
para a dengue sempre é a hidratação”, explica.
Situação de Emergência
Na manhã
deste sábado (27) o governo de Minas Gerais decretou situação de emergência
devido ao aumento dos casos de dengue, no estado. A determinação, assinada
pelo governador Romeu Zema (Novo), foi publicada no Diário Oficial do Estado. O
decreto vale por 180 dias. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG),
até a última sexta-feira (26) foram registrados 21.573 casos de dengue. As
regiões de Belo Horizonte e Itabira apresentaram os maiores índices de casos.
Além de
Minas, o Distrito Federal e o Acre declararam situação de emergência. No DF,
até o dia 20 de janeiro, houve 16.079 casos prováveis notificados da doença. Já
no Acre, de acordo com o Informe Semanal das Arboviroses Urbanas, entre as
semanas epidemiológicas 1 a 3 deste ano foram registrados 1.765 casos prováveis
de dengue. Em 2023, houve notificação de 411 casos prováveis.
A partir
dos decretos, os estados e o DF vão poder acelerar os processos para a
aquisição de insumos e materiais para o tratamento médico dos pacientes e a
contratação de serviços.
Vacina contra a dengue
Aprovada
pela ANVISA em 2023, a vacina da Dengue QDenga passa a ser mais um importante
recurso na prevenção dos casos de dengue no Brasil. O imunizante possui em
sua composição as quatro variantes do vírus causador da doença. No
Brasil, a vacinação está prevista para iniciar em fevereiro para crianças e
adolescentes de 10 a 14 anos.
Conforme
o Ministério da Saúde, 521 municípios de 16 estados e o Distrito Federal
preenchem os requisitos para o início de vacinação. Ao todo, 5,2 milhões de
doses da vacina deverão ser entregues ao longo de 2024. A pasta prevê que cerca
de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas neste ano.
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