Segunda-feira, 13 de junho de 2016 - 05h07
As carótidas são artérias localizadas nos dois lados do pescoço, responsáveis por transportar sangue rico em oxigênio para o cérebro. Quando um desses vasos calibrosos não está em pleno funcionamento, talvez pelo acúmulo de placas de gordura (calcificadas ou não) em suas paredes, o cérebro fica sem o suprimento necessário e o paciente pode sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). Estudo recentemente publicado no JAMA Internal Medicine, jornal da Associação Médica Americana, avalia que mais de 90% das ultrassonografias das carótidas em pacientes assintomáticos foram solicitadas de forma inapropriada. Atualmente, há novas recomendações.
A equipe liderada pelo médico Salomeh Keyhani, da Universidade da Califórnia (Estados Unidos), destacou a necessidade de melhorar a base de evidências de testes de ultrassom da carótida. Esclarecer as diretrizes atuais e desenvolver ferramentas de suporte à decisão com base em evidências tem se mostrado fundamental para selecionar bem o paciente que precisa fazer exames de imagem das carótidas – sendo útil no longo prazo. Até 15% dos AVCs isquêmicos são causados por aterosclerose das carótidas.
Além de servir para diagnosticar doenças nessas artérias, esse exame tem a função de avaliar o espessamento médio-intimal (EMI) da parede da artéria carótida comum, que é considerado fator de risco cardiovascular, incluindo doença arterial coronariana precoce. “Vale lembrar que a disfunção erétil de origem arteriogênica pode ser a primeira manifestação de doença cardiovascular por aterosclerose”, diz Leonardo Piber, médico ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo.
Piber afirma que cerca de 50% dos pacientes que sofreram infarto já tinham também placas obstruindo vasos do coração. “De modo geral, as pessoas não devem achar que podem comer de tudo, sem censura, e que o organismo não vai se ressentir mais adiante. Quando você tem uma dieta pouco saudável, rica em carnes vermelhas, carboidratos, sal e açúcar, mais cedo ou mais tarde surgem problemas de saúde. Principalmente se, além disso, você for fumante, sedentário ou se tiver pais que já sofreram infarto ou derrame”.
O médico explica que o ultrassom das carótidas com Doppler é um dos melhores exames para avaliar o problema. “Trata-se de um procedimento rápido e indolor que evidencia o espessamento da artéria carótida. O resultado costuma ser usado como referência da doença vascular. Por exemplo, quando um paciente adulto (menos de 65 anos) tem um espessamento de artéria maior que um milímetro, o risco de ele sofrer um infarto ou um AVC é seis vezes maior. Neste caso, seu médico cardiologista deverá fazer um controle mais rígido das taxas de colesterol e triglicerídeos, da pressão arterial e, inclusive, um controle do peso”.
Na opinião do especialista, quem tem histórico familiar de doenças do coração deve se prevenir desde os 35-40 anos. “Nessa faixa etária, é sempre bom procurar um médico, fazer todo o check-up do coração e dar início a um projeto de vida que contemple evitar o acúmulo de placas de gordura nas artérias. Até mesmo um simples exame de sangue poderá apontar o risco de a pessoa sofrer um infarto em cinco ou dez anos. Mas quem tiver condições de fazer toda a bateria de exames, incluindo o ultrassom das carótidas, terá uma noção mais próxima da realidade sobre o que deve fazer para preservar a saúde por mais tempo e evitar um infarto ou um derrame cerebral. Geralmente, mudanças na dieta, a prática de exercícios aeróbicos e o abandono do fumo e do álcool em excesso, vão ajudar bastante – associados, muitas vezes, a medicamentos de uso contínuo”.
Fontes: Dr. Leonardo Piber, médico ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica – www.cdb.com.br
http://www.auntminnie.com/index.aspx?sec=ser&sub=def&pag=dis&ItemID=113993
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