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Saúde

População evita postos de saúde e superlota João Paulo II



A falta de atendimento básico dos Postos de Saúde e das Policlínicas da prefeitura de Porto Velho está superlotando o Hospital e Pronto-Socorro Estadual João Paulo II (JPII). Na maioria dos casos, a população evita os serviços municipais e para ser atendida, segue diretamente para o João Paulo II. Os números são impressionantes, em 2008, a unidade do Estado atendeu 18.156 pessoas somente com procedimentos ambulatoriais. O volume representa 49,6% do atendimento geral do pronto-socorro que, no mesmo período, recebeu 36.608 pessoas.

O serviço ambulatorial é considerado de baixa complexidade e deve, por determinação do Ministério da Saúde (MS), ser oferecido pelas prefeituras. "Nossa unidade está, a cada dia, recebendo mais pessoas da Capital que buscam atendimentos básicos, a impressão é que os postos de saúde não suportam a demanda. O número de atendimentos ambulatoriais representa metade dos serviços gerais do pronto-socorro, essa porcentagem é considerada altíssima, pois a unidade é responsável pelos atendimentos de urgência e emergência", afirmou Marcos Amaral, diretor geral do JPII.

Porto Velho é o município que mais encaminha pacientes para o JPII. A afirmação pode ser constatada pelos números globais de serviços realizados pela unidade. Dos 36.608 atendimentos feitos este ano, 31.704 foram provenientes da Capital. No mesmo período os 51 municípios do interior encaminharam 4.904 pacientes. Como exemplo da falta de atendimento básico por parte da prefeitura da capital, muitos dos atendimentos ambulatoriais são de casos de virose e inalação.
 
"Pacientes com sintomas de febre e dores de cabeça devem ser atendidos nas policlínicas e postos municipais, pois são obrigações da atenção básica. Muitas pessoas também procuram a unidade para realização de pequenas suturas ou a utilização de uma simples sonda. Se o JPII realizasse somente serviços de urgência e emergência, o atendimento à população teria ainda melhor qualidade", afirmou o diretor geral do JPII.

Pacientes do interior responsáveis por 90% das internações

Se considerarmos o número de atendimentos do João Paulo II de pacientes provenientes do interior do Estado, explica Amaral, é relativamente pequeno, estando em torno dos 13% do atendimento geral. "Porém, dos atendimentos do interior, cerca de 90% deles são casos de internação. Para se ter uma idéia, no mês de julho, o hospital atendeu 1363 casos de ortopedia, sendo que cerca de 50% deles são provenientes do interior, porém, segundo ele, cerca de 300 casos poderiam ser resolvidos nos próprios municípios de origem, diminuindo custo e superlotação", avaliou.

É também neste sentido que o diretor do HJPII diz que a população deve conhecer como funcionam as competências de cada área para quê, quando necessitarem dos serviços, ambulatoriais ou complexos, possa se deslocar para os locais com maior segurança de atendimento. Além disso, na opinião do diretor do JPII, a população informada tem como acionar os mecanismos de cobrança dos serviços por parte das autoridades competentes.

Marcus Amaral explica ainda que a equipe do João Paulo II trabalha com um agendamento prévio também para os casos de média e alta complexidade. "Isso possibilita que o paciente chegue e já tenha um leito previamente reservado, para não ocorrer dele ter que esperar no corredor" exemplifica o diretor, sugerindo uma das piores imagens para a população, a espera do paciente antes do atendimento, como também o desdobramento do deslocamento de pacientes com acompanhantes, sem conhecimento da cidade e referência para acomodação e hospedagem. "Tudo isso afeta no andamento do hospital, não forem observados os trâmites e competências de cada área", justifica o diretor da unidade.

João Paulo II recicla mais de dezessete toneladas de lixo hospitalar

Um programa de reciclagem desenvolvido pelo Hospital Estadual e Pronto-Socorro João Paulo II (JPII), há cerca de um ano, já reciclou 17.874 quilos de materiais como papelão e frascos. O produto da coleta é vendido e o dinheiro revertido para o Comitê de Humanização do hospital. Além da conscientização ambiental o trabalho possibilita economia para o Estado, pois o material selecionado era descartado como lixo hospitalar que tem um alto custo de processamento.

"O material selecionado envolve caixas de papelão e de remédios, plásticos, frascos de soro fisiológico e de água destilada. O projeto prevê ainda uma norma de regulação de recipientes recicláveis. Como exemplo, a farmácia do JPII só libera um novo frasco de álcool se o solicitante trouxer o recipiente vazio do último álcool utilizado", destacou Marcos Amaral, diretor geral do JPII.

O projeto, desde sua implantação, possibilitou uma economia de cerca de 130 mil reais. Anteriormente o material era pesado como lixo hospitalar e gerava alto custo para manipulação e incineração. Vale destacar ainda que os materiais reciclados no JPII são provenientes de setores clínicos e não tiveram nenhum contato com agentes contaminadores ou de manipulação no atendimento direto a pacientes. São resíduos comuns, iguais aos produzidos por empresas ou casas.

Consciência ambiental dos servidores - As mais de 17 toneladas de materiais reciclados renderam, para o comitê de humanização, aproximadamente R$ 02 mil reais. O dinheiro é utilizado na promoção de atividades e programações voltadas para os servidores da unidade. No final do ano passado foram compradas 50 cestas de natal para sorteio entre os funcionários. O programa visa ainda estimular a consciência ambiental dos servidores.

Fonte: Decom

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