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Saúde

Nutricionistas discutem desafios para o século


Alana Gandra
Agência Brasil

Rio de Janeiro – Nutricionistas brasileiros e estrangeiros vão discutir, até a próxima segunda-feira (30), os desafios na área da nutrição para este século. Eles participam do Congresso Mundial de Nutrição em Saúde Pública (Rio 2012), organizado pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) e pela Associação Mundial de Nutrição em Saúde Pública.

Segundo o presidente da Abrasco, Luiz Augusto Facchini, a ênfase do congresso será a nutrição no campo da saúde pública, no contexto das políticas sociais e do desenvolvimento. “Esse é um debate importante”, avaliou. Facchini esclareceu que, no entanto, não se trata de entender a nutrição somente no contexto da atividade individual e das questões clínicas, que são importantes, mas resultam insuficientes para enfrentar os desafios existentes nas áreas de alimentação e nutrição em nível global.

“Mais de 40% da população mundial vivem abaixo da linha da pobreza, o que é um problema grave do ponto de vista de acesso à alimentação saudável e às condições mínimas de uma boa nutrição”, declarou. De acordo com o presidente da Abrasco, o problema abrange também as pessoas que têm acesso à nutrição, mas não a alimentos saudáveis, com fibras e nutrientes essenciais, e consomem mais alimentos processados, com muito teor de gordura, sal e carboidratos.

Para ele, o debate nesse campo é fundamental porque há, ao mesmo tempo, uma boa fatia da população mundial com obesidade e sobrepeso. É o caso do Brasil e dos Estados Unidos, por exemplo. Na discussão, serão levados em conta os determinantes sociais das condições de vida e saúde da população.

Segundo Facchini, as consequências do aquecimento global para a agricultura e para as populações que vivem em margens de rios e em lugares vulneráveis às ações climáticas tendem a gerar prejuízos e sofrimento significativos. Outra preocupação é quanto ao uso abusivo de pesticidas que contaminam as águas dos rios e das fontes de abastecimento da população, o que pode provocar câncer e outras doenças degenerativas.

O conjunto de acordos que serão firmados durante o congresso resultará na Declaração do Rio sobre Nutrição em Saúde Pública. O documento poderá ser a base para o estabelecimento de políticas futuras nessa área. “Nós temos possibilidade de enfrentar essas situações no nosso país que, pela sua magnitude e tamanho da população, representam desafios importantes que, se devidamente enfrentados, podem resultar em vantagens para a população mundial”.

Facchini espera que o documento sirva de subsídio para as autoridades nacionais e internacionais. No domingo (29), à noite, será divulgado, no congresso, um dossiê sobre a ação dos agrotóxicos na saúde dos brasileiros. O documento traz estudos sobre a contaminação provocada pelo uso, sem controle, dos agrotóxicos.
 

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