Quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008 - 11h12
Amanda Mota
Agência Brasil
Manaus - Os médicos das unidades públicas de saúde de Manaus e do interior do Amazonas resolveram suspender as atividades por tempo indeterminado, já que não chegaram a um acordo sobre as reivindicações da categoria de reposição de perdas salariais e implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários.
A decisão foi tomada em assembléia na noite de ontem (13). Os serviços essenciais serão mantidos. A greve foi deflagrada pelo Sindicato dos Médico do Amazonas, que reúne 60% da categoria.
Ainda na manhã de hoje (14), uma comissão dos grevistas visita a Câmara Municipal, para debater suas reivindicações com os vereadores. Outra comissão vai ao Ministério Público pedir intermediação nas negociações.
A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que ainda não recebeu o comunicado oficial da greve, mas que encaminhou à Procuradoria Geral do Estado toda a documentação que recebeu desde o início das discussões, para o devido acompanhamento.
As reclamações da categoria são antigas e, segundo a diretora de Relações Intersindicais do Simeam, Roselis Bitar, as negociações com as Secretarias de Saúde do estado e do município começaram em 2005, mas todos os pedidos foram negados. Na época, os médicos promoveram uma greve de 15 dias e tiveram como resultado o ganho de R$ 900 para quem atuava na rede municipal e de R$ 600, para os da rede estadual.
A sindicalista ressalta que os salários estão defasados e que, por causa disso, a maioria dos profissionais tem mais de um emprego, sobrecarregando suas rotinas de trabalho e podendo comprometer a qualidade dos atendimentos.
"Não temos um piso para a categoria. Nosso salário-base é de R$ 300 no município e R$ 350 no estado há mais de dez anos. Para melhorar isso é preciso incluir abonos, gratificações e muitos plantões. Mesmo assim o ganho está longe do piso definido pela Federação Nacional dos Médicos, que é de R$ 7,3 mil. Queremos um piso de R$ 6,9 mil", diz Roselis.
De acordo com o Simeam, o Amazonas conta com cerca de 3,1 mil médicos, sendo que apenas 500 estão distribuídos entre os 61 municípios do interior. "Nosso desejo é alcançar o nível de necessidade de saúde da população e agregar valores ao trabalho do médico. Existem ainda outros direitos trabalhistas que não chegam até nós como auxílio transporte, alimentação e até plano de saúde", acrescentou a representante do sindicato.
A Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) informou que espera receber uma contraproposta. Segundo o secretário Wilson Alecrim, a reivindicação salarial foi considerada inviável porque teria impacto de R$ 90 milhões na folha de pagamento dos médicos do estado.
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