Domingo, 7 de julho de 2019 - 09h59
Médicos voluntários salvam a vida de dois
pacientes após queda de árvores no distrito de Surpresa
Na madrugada gelada no meio do
Rio Mamoré, uma rara frente fria completa o cenário de filme de terror:
sensação térmica próxima de 10 graus, escuridão total, sangue, correria e
dois homens em estado grave - tudo isso muito longe de qualquer cidade ou
hospital.
Uma árvore havia caído e
atingido o primeiro paciente, que já tinha ficado desacordado e sangrava
também pelo ouvido. O segundo estava em estado ainda pior, teve uma crise
epiléptica com diversas convulsões seguidas durante todo o dia. Tudo
aconteceu nessa sexta-feira, dia 5, e ambos estavam no distrito de Surpresa,
sem atendimento médico especializado e nem mesmo transporte para o hospital
mais próximo, em Guajará-Mirim. Para o desespero dos familiares das vítimas,
parecia que não havia mais o que fazer.
Mas os Doutores Sem Fronteiras
estavam na região e viajavam a caminho da aldeia Barranquilha no Barco
Hospital Walter Bártolo. Ao saber da ocorrência, a equipe foi resgatar os
dois pacientes e os levou para a embarcação, onde receberam atendimento de
emergência. Com o quadro mais estável, ambos seguiram de lancha e
acompanhados pelos doutores até Guajará-Mirim.
No trajeto final até a cidade
foram mais de duas horas de tensão. A médica Patrícia Alarcão e o dentista
Felipe Machado foram os responsáveis por cuidar dos pacientes neste trecho.
“Estava escuro, balançava, fazia frio e o paciente estava muito assustado e
sem entender direito, chegou até a convulsionar no meio do rio”, conta a
doutora Patrícia, que entregou os dois homens à salvo para a equipe de
emergência dos bombeiros em Guajará-Mirim.
A ONG
A história dos Doutores Sem
Fronteiras em Rondônia começa em 2004, quando o paulista Caio Machado,
presidente da organização, veio atender pela primeira vez no Estado. Desde
então já foram várias expedições e milhares de atendimentos gratuitos,
principalmente em aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas. Só nos
primeiros sete dias desta viagem, foram mais de dois mil procedimentos
realizados e cerca de 200 óculos doados pela equipe, que conta com
profissionais de várias regiões do país e dois franceses.
“Pode parecer mentira ou loucura,
mas a gente não cobra nada dos pacientes e ninguém ganha nada para atender,
pelo contrário, cada um paga a própria passagem pra vir à Rondônia e ainda
deixa de trabalhar em São Paulo, ou seja, no final a gente está perdendo
dinheiro e tempo com a nossa família, mas é o nosso dever ajudar”, explica
Caio Machado. Além dos vários profissionais, os Doutores Sem Fronteiras
trazem também materiais e equipamentos de primeiro mundo: “Tem indígena aqui
que recebe exatamente o mesmo tratamento de cantor famoso ou jogador de
futebol, coisa que lá na cidade custaria mais de 30 mil reais”, completa o
presidente da organização.
Os atendimentos dos Doutores Sem
Fronteiras em Rondônia acontecem em parceria com a ONG Kanindé, o DSEI Porto
Velho, o Pólo Base GMI e o Barco Hospital Walter Bártolo.
Governo de Rondônia oferece atendimentos médicos em geriatria na Policlínica Oswaldo Cruz
Pessoas idosas podem usufruir gratuitamente, de atendimentos na especialidade médica de geriatria, disponibilizados pelo Governo de Rondônia na Poli
Veja a entrevista:
Cremero realiza fiscalização em unidade de saúde após chuvas e alagamento
A Unidade de Saúde da Família Ernandes Índio, localizada no bairro Esperança da Comunidade em Porto Velho, passou por fiscalização do Conselho Regio
TCE em parceria com Poder Público busca soluções para saúde em Porto Velho
Em atenção ao trabalho que tem desenvolvido, focado na cooperação e no diálogo, o Tribunal de Contas (TCE-RO) encaminhou ao Município de Porto Velho