Quinta-feira, 15 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Saúde

Hospitais universitários se especializam após governo investir R$ 4 bilhões


lano Andrade/Portal Brasil 
Gente de Opinião

Nova estrutura da área cardíaca do HUB pode
atender a 1/3 dos casos de infarto em Brasília

A voz calma da auxiliar de limpeza Cleonice Lúcia Barbosa, de 50 anos, dita o tom da disposição dela para enfrentar o câncer de colo do útero descoberto no final de 2014. Moradora de São Sebastião, cidade-satélite a cerca de 30 km do centro do Distrito Federal, Cleonice faz tratamento no Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Tem hospital aí que você chega e tem gente deitada do lado de fora porque não tem onde ficar. Aqui não. Aqui acolhe todo mundo e não tem de ficar em plantão de cadeira”, conta.

Paciente do HUB há 17 anos, desde quando deu à luz a seu filho, Cleonice acompanhou a evolução do hospital nos últimos anos, a partir da compra de equipamentos, reforma e criação de novas instalações, como o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), onde ela se trata. “A cada dia o nosso hospital está se valorizando”, diz.

O centro médico ligado à Universidade de Brasília (UnB) é um dos beneficiados pelo Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Desde 2010, o programa administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) já destinou R$ 4 bilhões para melhorar a infraestrutura de 49 hospitais.

O dinheiro também financiou a compra de equipamentos novos e a contratação de mais médicos e técnicos. Somente no primeiro semestre de 2015, o Rehuf alocou R$ 291 milhões nos hospitais vinculados às universidades federais subordinadas ao Ministério da Educação. "Temos a expectativa de repassar no segundo semestre algo próximo a esse valor", diz a vice-presidente da Ebserh, Jeanne Michel.

Segundo ela, o programa surgiu em 2008 por orientação do então ministro da Educação e hoje prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. “Todos os reitores da universidades tinham queixas dos gastos excessivos e do sucateamento dos hospitais”, relata. “O programa surgiu para reverter essa situação histórica de deterioção e para recuperar o parque tecnológico”, afirma.

Expansão

 A reestruturação incluiu, além de equipamentos e reformas, a contratação de mais de 15 mil profissionais da saúde. O próximo passo será reduzir os repasses do Rehuf com custeio, que deverá ser coberto pelo Serviço Único de Saúde (SUS) a paritr do atendimento maior que nos hospitais.

O HUB, por exemplo, recebeu mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos. O montante foi usado para aumentar o total de leitos de 225 para 350, além de reformas e ampliações de vários serviços: Unidade de Emergência (de 18 para 35 leitos), Unidade Intermediária Clínica (criação de 12 leitos), UTI Adulto (de 6 leitos para 10 leitos), UTI Neonatal (de 4 para 10 leitos), Maternidade (de 21 para 30 leitos) e Centro Cirúrgico (de 6 para 10 salas).

O resultado é visto no aumento expressivo de atendimentos. No primeiro semestre de 2015, foram realizados 624 mil atendimentos: crescimento de 30% em relação ao mesmo período em 2014. O aumento foi verificado também em consultas, internações, atendimento em odontologia, partos, cirurgias e exames. Em odontologia, de janeiro a junho, o número de atendimentos saltou de 15 mil para 25 mil entre 2014 e 2015.

O HUB realizou também 495 mil exames, contra 375 mil na primeira metade do ano passado. “Estamos nos referenciando num grande centro de alta complexidade tanto para o Distrito Federal quanto para a região Centro-Oeste”, afirma o superintendente do hospital, Hervaldo Sampaio Carvalho. “Um exemplo disso é que hoje nós somos uma das principais unidades de referência para o tratamento de oncologia”, diz.

Especializações

A principal novidade no HUB foi a reestruturação da área de atendimento cardíaco, que ganhou neste ano uma sala de hemodinâmica na qual são feitas as cirúrgias de marca-passo. Segundo Carvalho, o hospital tem agora uma estrutura capaz de atender a um terço dos casos de enfarto no Distrito Federal, onde vivem 2,8 milhões de habitantes.

“Até um ano atrás, a nossa capacidade diagnóstica de realizar exames dentro da cardiologia era muito pequena. Hoje, o hospital se coloca como o de maior capacidade de investigação em cardiologia da cidade”, compara Carvalho.

Já o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) recebeu R$ 16,37 milhões entre 2012 e 2014. Aproximadamente R$ 3,6 milhões foram aplicados em obras já concluídas, com destaque para ampliações das áreas de quimioterapia, endoscopia e clínica cirúrgica. Outros R$ 4 milhões estão sendo destinados a reformas dos núcleos de neurociências e oftalmologia, e do pronto socorro.

A exemplo do que ocorreu com a cardiologia em Brasília, os recursos do Rehuf estão sendo usados para os hospitais universitários assumirem novas especialidades. É o caso do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI), que recebeu R$ 2,4 milhões para instalar uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon). A unidade deve receber R$ 10 milhões a Ebsher até 2016.

Será a primeira unidade de tratamento de câncer em hospital público do estado vinculado ao SUS. Hoje, todos os pacientes com a doença no Piauí são atendidos na capital Teresina por um hospital filantrópico. “Existe uma demanda reprimida de pacientes oncológico no Piauí. Agora, o HU trará um serviço oncológico inteiramente do SUS”, ressalta oncologista Vanessa Castelo Branco.

A equipe da Unacon terá 8 oncologistas clínicos e 3 cirurgiões oncológicos. A meta, de acordo com o superintendente José Miguel Luz Parente, é fazer o hospital “se firmar como referência no Piauí no que se refere ao diagnóstico e tratamento do câncer”.

Gente de Opinião

Fonte: Portal Brasil, com informações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh)

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 15 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Governador Marcos Rocha avança com recursos aplicados diretamente nas ações de saúde dos municípios

Governador Marcos Rocha avança com recursos aplicados diretamente nas ações de saúde dos municípios

Os 52 municípios de Rondônia receberam em 2024 mais de R$ 142.7 milhões do governo de Rondônia para aplicar na saúde. Um aumento de 1.837,34%, em co

Prefeitura entrega 349 tablets para modernizar o trabalho dos agentes comunitários de saúde de Porto Velho

Prefeitura entrega 349 tablets para modernizar o trabalho dos agentes comunitários de saúde de Porto Velho

Com objetivo de melhorar a qualidade, agilidade e eficiência do trabalho nos atendimentos dos serviços de saúde, a Prefeitura de Porto Velho, por meio

Nota de Esclarecimento da Sesau sobre um sinistro ocorrido no HB

Nota de Esclarecimento da Sesau sobre um sinistro ocorrido no HB

A Secretaria de Estado da Saúde de Rondônia (Sesau) informa que, na noite desta quarta-feira (14/05), foi registrado um sinistro envolvendo uma das

GL Club Ensino agora faz parte da renomada Mentoring League Society

GL Club Ensino agora faz parte da renomada Mentoring League Society

Ao lado de sua esposa e sócia Dra. Zhara Longuini o Dr. Gabriel Longuini, reconhecido médico em Porto Velho, acaba de anunciar que o GL Club Ensino,

Gente de Opinião Quinta-feira, 15 de maio de 2025 | Porto Velho (RO)