Domingo, 19 de outubro de 2025 - 08h05

A atuação estratégica
e contínua do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) nos hospitais
de Porto Velho tem revelado avanços importantes, mas também desafios que ainda
comprometem a qualidade do atendimento à população.
Durante fiscalizações
realizadas no Hospital de Base, na Assistência Médica Intensiva (AMI) e no
Hospital João Paulo II, neste sábado (18), a equipe técnica do TCE-RO
identificou melhorias, mas também apontou problemas sérios, que exigem atenção
imediata.
A ação integra o Programa Permanente de Fiscalização da Saúde, que une rigor técnico e escuta humanizada para induzir melhorias no atendimento à população e nas condições de trabalho dos profissionais da saúde.
HOSPITAL DE BASE: ESTRUTURA RENOVADA, MAS COM
FALHAS QUE AFETAM O ATENDIMENTO
No Hospital de Base,
os ambientes estavam limpos e bem cuidados, com os protocolos de higienização
sendo seguidos. Pacientes e acompanhantes demonstraram satisfação com as
condições de acomodação.
“Vocês estarem aqui
olhando pelos pacientes e profissionais, para melhorar a saúde, ajuda a
auxiliar para sermos bem assistidos. Espero que não parem, estão de parabéns”,
afirmou Nilde Silva, acompanhante.
Apesar das melhorias,
a equipe técnica do TCE encontrou pontos críticos: um setor desativado por
falta de profissionais, equipamentos danificados, escassez de insumos básicos e
farmácias com abastecimento irregular.
Esses problemas têm
dificultado atendimentos e cirurgias, além de aumentar o tempo de internação e
o risco de infecções hospitalares.
“A gente tem que ter alguém para contar, né? Para cobrar, porque além deles cobrarem muito da gente, a gente tem que cobrar também. Querendo ou não, a gente paga imposto, então tudo é cobrado”, disse Jessica Moreira, acompanhante de paciente.
JOÃO PAULO II: SUPERLOTAÇÃO E FALTA DE INSUMOS PREOCUPAM
No Hospital João
Paulo II, foram observadas algumas melhorias, como a entrega de insumos para
exames e reformas em alas de enfermaria, que trouxeram um pouco mais de
conforto aos pacientes.
No entanto, a
superlotação continua sendo um dos principais desafios, junto com a falta de
médicos em sobreaviso, falhas em equipamentos como tomógrafos, ultrassons e
raio-X, além de problemas elétricos na UTI. A escassez de medicamentos e
insumos básicos também são problemas identificados.
“A fiscalização é um sinal de transparência. O Hospital João Paulo II é uma unidade que recebe pacientes de outros estados. É onde, quando ninguém mais pode fazer alguma coisa, o João Paulo está aqui para dar suporte para essa população”, destacou o médico Daniel Romano, que acompanhou a fiscalização no hospital.
AMI: MELHORIAS PONTUAIS, MAS PROBLEMAS PERSISTEM
Na Assistência Médica
Intensiva (AMI), alguns problemas antigos ainda não foram resolvidos. A escala
de plantão segue com número insuficiente de profissionais, o que sobrecarrega a
equipe.
Houve melhorias na
infraestrutura, como a retirada de entulhos e a organização de fios, mas ainda
há banheiros com ferrugem e materiais mal armazenados.
Equipamentos essenciais,
como ventiladores mecânicos e impressoras para raio-X, continuam sem funcionar.
Persistem também falhas na limpeza e na higienização, com equipamentos
descartados e fiações expostas.
COMPROMISSO COM A SAÚDE PÚBLICA
Com base nas visitas, o TCE-RO elaborou relatórios técnicos com recomendações à gestão estadual. O propósito é transformar os apontamentos em ações concretas que melhorem o atendimento à população e as condições de trabalho dos profissionais da saúde.
“Além de ouvirmos
profissionais e pacientes, verificamos se os apontamentos realizados em outras
ações foram corrigidos, para garantir que os serviços sejam prestados da melhor
forma possível aos cidadãos”, explicou o auditor de Controle Externo do TCE-RO,
Wesler Neves, coordenador da ação.
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